VARIEDADES

Eu estive lá: repórter descobre que é impossível se manter sóbria fazendo curso de bartender


Cláudia Amorim


RIO - É impossível manter a sobriedade nas aulas de Sandra Mendes. Primeiro, a professora ensina a gente a fazer cosmopolitan, mojito, caipirinha, Manhattan e afins; depois, é hora da prática - preparar e provar. Um é feito com vodca; outro, com rum; o terceiro, com cachaça; o quarto, com uísque e vermute... Já viu, né? Pois é, a professora do curso de bartender avisa que, no fim da sessão, os alunos costumam ficar mais dispersos mesmo.
Sandra conta que viu a procura pelo curso aumentar por causa da Lei Seca: em vez de sair para beber, grupos de amigos se reúnem em casa e vão ficando alegres ali mesmo, sem precisar dirigir para che$até o sofá mais próximo. Depois de uma aula, cada um dos alunos já vai estar apto a ser barman por uma noite para os amigos.
A apostila tem lições que garantem momentos altos no aprendizado. O sex on the beach e o orgasm (um short drink que leva Bailey's e Amaretto e é uma das bebidas mais caras da lista) fazem, invariavelmente, sucesso. Revelações igualmente prazerosas mas menos conhecidas são o B-52 (que a gente aprende a flambar) e o bom e barato sidecar. Com este, a lição é o que chamam de crustar a taça: fazer aquela casquinha de limão e açúcar na borda - nada que alguém na décima lição alcoólica da noite não consiga fazer.
As aulas incluem a decoração, o que torna uma piña colada, por exemplo, um monumento aos trópicos. A bartender dá o curso na sala que mantém no Centro ou onde o grupo de alunos preferir. A data e a carga horária também são negociáveis. Como trilha sonora, a professora, que é gerente do Dama de Ferro, em Ipanema, recomenda Billie Holiday ("Não dá para botar para tocar alguém que não beba, né?").
Curso de bartender: Sáb, das 17h às 22h. R$ 150 (por pessoa, num grupo de cinco alunos, com ingredientes incluídos). Informações: 8196-7707 ou no blog .

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