OBRIGADO A TODOS

Amigos de Ipanema e de todos os cantos:

É com tristeza que o editor deste blog se despede de todos vocês. Infelizmente, por motivos pessoais, sou obrigado a deixá-los sem sequer completar um mês aqui, mas deixo, com a feliz impressão de ter agradado à maioria.

O Projeto está bem entregue, o blog continua e Ipanema continua linda.

Abraços e obrigado a todos.
Ricardo Froes

COMENTÁRIOS DE UMA MORADORA

Bom dia,

Sou moradora do bairro. Há muitos anos e achei ótima idéia, Ipanema se unir para tentar a melhoria do nosso direito de ir e vir.

Leitora assídua do blog, tenho visto muitas reclamações e poucas resoluções. Sei que é complicado lidar com certas autoridades. Na maioria das vezes se julgam superiores a tudo e não admitem opiniões.

Durante o PAN, foi uma beleza! Sem mendigos, sem camelôs, a segurança melhorou, enfim tudo deu certo. Agora, os camelôs voltaram a atacar com suas bancas, principalmente na hora do almoço da guarda municipal. Os moradores de rua se instalaram nos seus devidos escritórios, são verdadeiros empresários. Têm lugar fixo, e ninguém consegue tirá-los. As praças totalmente abandonadas; General Osório, vergonhosa, cheia de mendigos, suja, etc...todos sabem. Não fosse vagabundo tentar roubar as tartarugas de bronze do chafariz, tudo ficaria como antes no quartel de Abrantes. Só aí é que se deram conta do total abandono e então vieram com a notícia que as bichinhas tinham sido retiradas para recuperação, MENTIRA, foram achadas em um canto da praça. Caso fosse verdade por que não retiraram justamente a que estava sem cabeça e sem as pernas? Só as que estavam perfeitas é que precisavam de recuperação? Estranho não?

A Praça da Paz igualmente destruída, portões quase caindo em cima das pessoas, grade sem ferros que dão acesso aos moradores de rua que lá dormem no caramanchão, sujando e emporcalhando um local destinado a crianças, carteado regado a drogas, (antigamente eram idosos que lá se encontravam para distração), a iluminação foi trocada, só que esquecem de apagar as luzes durante o dia. Ficam tão cansadas que à noite sua claridade não funciona de tão fraca.

Na Praia apesar de várias denúncias (vejam no blog) os camelôs fazem a festa.Consomem drogas, fazem suas necessidades (o cheiro que fica é assustador), atrapalham a caminhada dos pedestres e ainda por cima são estrangeiros.o que é o cúmulo do descaso das autoridades, deixar que gente que veio para o Brasil sabe-se lá como, venha emporcalhar e afrontar essas mesmas autoridades. Isso prova a que ponto chegou a impunidade no nosso país.Deveriam se sentir envergonhados pela falta de pulso. Aqui, tudo pode, desde que não sejam incomodados.

Por aí vai, eu mais que ninguém gostaria de poder ser uma das primeiras a relatar nossos progressos, nossas vitórias, para a melhoria do bairro onde fui criada.

Espero que esse projeto consiga ter sucesso, espero que as autoridades civis e militares dêem o apoio necessário para que um dia Ipanema volte a ser o que era, cantada em verso e prosa.

IPANEMENSE INDIGNADO

De Luís, um ipanemense indignado:

“Se através de ordem se obtem também segurança, notei que falta neste blog qualquer alerta sobre o completo CAOS no trânsito de ipanema. A total falta de educação das pessoas só contribui ainda mais para a desordem. Não há respeito nenhum! Carros são estacionados nas calçadas e, pior, em locais proibidos na rua, agravando ainda mais o trânsito.Taxis que fazem ponto em qualquer lugar, ônibus que transitam ns três faixas da visconde de pirajá. Desordem sem fim... O mais triste é saber que famosos restaurantes de ipanema, com seus manobristas, estacionam os carros dos clientes SEMPRE em cima das calçadas ou reservam vagas loteando a rua com cones. Todos são bons em reclamar, mas na hora de fazerem a sua parte, desaparecem...”

Luís, suas reclamações são as mesmas de todos e sua indignação é igual à nossa. Mas não é fácil lidar com tantos problemas. Na maioria das vezes nós temos que vencer a desconfiança das autoridades pelo convencimento da nossa firmeza de propósitos, vencer sua inércia pela insistência e vencer sua prepotência pelo trabalho incessante.

Para que cada vez menos se demore a ter soluções para tantos problemas se faz necessária a participação de todos que querem ajudar. Junte-se também a nós, exponha seus problemas e apresente suas soluções. Compareça às nossas reuniões das terças-feiras e você vai ver que não só se reclama, mas também se resolve muita coisa.

LUZ DEMAIS III

Nós, aqui de Ipanema, já somos iluminados pela natureza do nosso Sol - de dia, é claro - portanto não necessitamos da colaboração extra da prefeitura que insiste em manter acesas, há dias, as luzes da Praça da Paz e da Rua Visconde de Pirajá, com Sol a pino. Nem sabemos mais a quem recorrer para que alguém entenda que, de dia, as luzes públicas são desnecessárias. A impressão que dá é que a prefeitura não concorda com isso, até porque, no ano que vem eles aumentam o valor do IPTU para compensar os gastos extras.

O mais interessante é que, no caso da Praça da Paz, as luzes que ficam acesas durante o dia não iluminam nada à noite. Não, ainda não chegaram ao despautério de manter as luzes acesas de dia e apagá-las à noite, mas pouco falta para isso.

O caso é tão insólito e preocupante que até alunos de jornalismo da UniverCidade escolheram o tema para um trabalho. Já passou dos limites do ridículo tolerável.

HISTÓRIA DE IPANEMA II

Continuando a história de Ipanema, em 1584, nove anos depois do assassinato dos tamoios, por Antônio de Salema, para possibilitar o funcionamento do o Engenho D`El Rei, foi sugerida sua venda. O engenho não tinha dado certo, e só quatorze anos depois, em 1598, ele foi vendido ao vereador Diogo de Amorim Soares (1558 -1609), vindo da Bahia, que o rebatizou de Engenho de Nossa Senhora da Conceição da Lagoa. Soares, retirou-se da cidade em 1609, mas um ano antes, revendeu as terras a seu genro, Sebastião Fagundes Varela, natural de Viana do Castelo (1563-1639), casado com sua filha D. Maria de Amorim Soares (1589-1676). Fagundes logo ampliou as instalações do engenho e, para tal, cobiçou para sua empresa os terrenos de marinha.

Os primeiros proprietários das praias da zona sul carioca, afora os índios tamoios, foram poucos portugueses. Em 1603 Antônio Pacheco Calheiros (1569 -1634), vereador em 1619, casado com D. Inês de Leão, obteve enfiteuse de terras que iam do engenho de Diogo de Amorim Soares (Lagoa) até a “costa brava” (Leblon), correndo até a Gávea (Vidigal). Em 1606, Afonso Fernandes e sua esposa, D. Domingas Mendes obtiveram carta de sesmaria da câmara que lhes davam o aforamento de “300 braças começadas a medir do Pão de Açúcar ao longo do mar salgado para a Praia de João de Souza (Botafogo) e para o sertão, costa brava, tudo o que houvesse”. Eram todos os terrenos de marinha do Leme ao atual Leblon, incluindo-se aí, é claro, a futura Ipanema. Pagavam foro de 1000 réis.

Depois tem mais.

BAGUNÇA URBANA

Reproduzimos aqui um post de hoje, de David Zylbersztajn, do seu blog http://oglobo.globo.com/rio/ancelmo/dz , com sua devida autorização, a qual, agradecemos.

"Eu sei que é chover no molhado, mas vamos lá: Ipanema, que seguramente é um microcosmo do que também ocorre no resto da cidade, é um dos melhores exemplos do caos urbano em que vivemos, especialmente nos fins de semana de sol. O bairro é invadido por uma horda organizada, um enxame controlado por alguém que os dispõe organizadamente a cada tantos metros, em cada rua do bairro, nos espaços entre a Lagoa e o mar. Estes fora-da-lei passam a extorquir impunemente qualquer um dos incautos que se aventure a estacionar seu carro.

Além destes bandidos, é impressionante a ausência, a negligencia, a omissão e a incompetência da Guarda Municipal, que admite a ocupação das calçadas, das faixas de pedestres e as filas duplas institucionalizadas pelos manobristas dos restaurantes da região.

E qual a explicação para a ocupação impune de uma faixa de rolamento da Rua Prudente de Moraes pelos carros que freqüentam o Country Club? Qual o motivo do privilégio? Na melhor das hipóteses, além daquelas acima aventadas, a leniência, a cumplicidade e o desrespeito pelo cidadão ordeiro e que não se submete às bolas brancas e pretas. Na pior das hipóteses, bem, você sabe..."

CONSELHOS DE COMUNITÁRIOS DE SEGURANÇA PÚBLICA

Algumas considerações sobre os Conselhos de Comunitários de Segurança Pública:

Estes conselhos foram criados pelo Luiz Eduardo Soares na primeira gestão do governo Garotinho. Como na época não existia nenhum canal de comunicação sociedade/poder público a criação desses conselhos foi um enorme avanço.

Os conselhos se organizam por batalhões. De modo que o nosso de Ipanema abrange toda a área do 23o BPM, ou seja: Ipanema, Leblon, São Conrado, Gávea e Jardim Botânico.Ele se reúne a cada mês com a presença dos delegados titulares das delegacias da circunscrição, do comandante do BPM, Guarda Municipal e Sub Prefeitura.

O que acontece: estes conselhos têm mais ou menos oito anos, e nunca conseguiram trazer uma modificação real ou a baixa dos índices de criminalidade em suas áreas. Esse insucesso pode ser atribuído à uma abrangência muito grande em termos de bairros. São vários locais, cada um com suas características e que se reúnem para decidir ações estratégicas de segurança regionais que acabam ficando muito vagas. Segurança se faz no seu entorno imediato. Só nos incomodamos, de maneira conceitual, com o bandido ou o mendigo que está no Jardim Botânico, mas queremos tirar imediatamente o que está na esquina da nossa rua. A violência nestes oito anos piorou muito e necessita de respostas mais concretas o que não é viabilizado pelos conselhos. Lá se discute muito e não se chega a resultado algum.

Em Ipanema, ao contrário de Santa Tereza, em que o projeto de Segurança se reúne a cada quinze dias, estão na 38a reunião e nunca os órgãos públicos: PC, PM, sub prefeitura e GM deixaram de comparecer, os representantes do poder público estão colocando a falsa questão de que o único fórum para se discutir segurança com a sociedade seria no conselho. Isto é um escudo para não comparecer diante da sociedade e dar a ela satisfação pelos seus atos.Quanto mais integração sociedade/poder público, tanto melhor para ambos. Quando um dos lados corta um canal alegando que toda a sociedade poderia querer se reunir, cada qual cuidando de seu espaço, e que eles não teriam condições de atender á tal demanda, fica patente que o poder público perdeu seu rumo. O fato é que, se toda a sociedade quisesse ficar eternamente reunida com o poder público seria um sinal ou de que ela estaria muito necessitada, e aí se justificaria qualquer esforço, ou que ela está de tal forma integrada na cooperação com seus dirigentes, que certamente levaria à solução de todos os problemas que a afligem.

Nós temos duas situações muito nítidas: e num caso o 1o BPM e a 7a DP integrados e trocando experiências de forma contínua com a sociedade e no outro o 23o BPM e a 14a DP que se recusam a interagir com a comunidade. Em Santa Teresa (1o BPM e 7a DP) conseguiram 20% de redução das ocorrências durante o ano de 2006 só por conta desta integração. O Comandante do 1o BPM está organizando o seu Conselho Comunitário, nós do Projeto de Segurança estamos participando ativamente deste trabalho porque se entende que quanto mais colaboração melhor. Do outro lado temos o 23o BPM e a 14a DP que tentam de todas as formas brecar o trabalho do Projeto de Ipanema. Resultado - nós estamos avançando porque o grupo é organizado e perturba muito as instituições. O trabalho funciona e tem dado ótimos resultados; urnas, cursos dos porteiros, diminuição da população de rua, menos crianças nas ruas, uma discreta diminuição dos camelôs e pequena melhora na limpeza.O Irônico da estória é que as instituições estão, forçadas ou não, agindo e nem colhem os louros destas ações. Elas não dão a cara, ninguém conhece o comandante do 23o BPM, o sub prefeito e muito menos o delegado Lage. Acabamos tendo um trabalho dobrado fazendo reuniões além das do grupo para resolver tudo que fica pendente junto aos órgãos públicos. É lastimável.

PORCALHÃO ABUSADO

Essa eu tirei em um outro domingo, onde o mijão da foto é um dos barraqueiros das imediações do Posto 9. O grafite do boneco parece que está mostrando para todo mundo a porcaria que o engraçadinho faz questão de fazer com a maior sem-cerimônia. Parece até montagem, mas não é.

E depois o cara ainda serve seus fregueses...

EMBALOS DE DOMINGO À NOITE

E segue a rotina dos fins-de-semana de festa para mendigos e pivetes aqui em Ipanema. Ontem às nove da noite, dava medo andar pela Visconde de Pirajá, tal era a quantidade desses nossos vizinhos sem-teto e sem-vergonha. Eram hordas de gente(?) drogada e bêbada que abordavam a todos de maneira agressiva, muitas vezes cheirando cola ostensivamente, como se a exibirem seu poder intimidativo, acima da lei.

Desnecessária se faz a menção sobre a habitual ausência da polícia que, além disso, continua a considerar marginais como simples moradores de rua.

O CAOS DOMINICAL

Roberto Motta nos enviou essa matéria com fotos sobre a rua onde mora, Francisco Otaviano, onde o caos impera aos domingos. Imaginem quando chegar o verão.

“A Francisco Otaviano é passagem obrigatória para uma multidão que vem dos pontos de ônibus do início da Nossa Senhora de Copacabana. São essas pessoas – e não os moradores – os fregueses desses ambulantes. A rua vai virando um vazadouro de lixo ao longo do dia. É uma pena. Por aqui passa um fluxo grande de turistas que vem de Copacabana para Ipanema, incluindo muitos estrangeiros, que são recepcionados pela sujeira e caos urbano.

Na calçada em frente ao Parque Garota de Ipanema monta-se uma mini feira completa com carroça e van de cachorro quente, camelôs vendendo óleo de bronzear e quinquilharias. Conforme vê-se na foto, a calçada é completamente bloqueada. A carroça tem um botijão de gás sem proteção alguma. A van joga o lixo dela na calçada em frente à escola pública.”

ACAMPAMENTO

É sempre assim: chegam os fins-de-semana, principalmente os prolongados, a turma dos mendigos profissionais vem da baixada monta o seu QG na praia, bem em frente à Vinicius de Morais e, enquanto os mais velhos bebem e se drogam perto da calçada, as crianças saem pela praia a vender balas e os mais taludinhos a roubar banhistas distraídos.

Na areia, nenhum PM a dar o ar de sua graça e, na calçada os Guardas Municipais a fingir que não vêm nada enquanto tudo acontece. É claro, sem prescindir da sujeirada que esses vagabundos fazem na areia aliada a dos camelôs bolivianos, já donos do pedaço.