NINGUÉM SE ENTENDE !


Após guerra contra outdoors, prefeitura quer tirar antenas da paisagem do Rio

Oito meses após decreto regulamentar instalação de antenas de telefonia móvel na cidade, a Seop começou a desmontar a primeira estrutura desse tipo em situação irregular


Poste com várias antenas de telefonia móvel junto à faixa de areia em frente ao Jardim de Alah, entre Ipanema e Leblon
Foto: Angelo Antônio Duarte / O Globo
Poste com várias antenas de telefonia móvel junto à faixa de areia em frente ao Jardim de Alah, entre Ipanema e LeblonANGELO ANTÔNIO DUARTE / O GLOBO
RIO - Oito meses após o prefeito Eduardo Paes publicar um decreto regulamentando a instalação de antenas de telefonia móvel na cidade, a Secretaria Especial de Ordem Pública começou a desmontar a primeira estrutura desse tipo em situação irregular. O equipamento localizado no Clube Costa Brava, no Joá, ficou com os dias contados após muitas reclamações de moradores do entorno. No entanto, esse tipo de operação ainda não vem sendo feito sistematicamente no Rio. A prefeitura explicou que, embora inicialmente as operadoras de celular tivessem seis meses para se adequar, o setor requisitou a ampliação desse prazo, que foi prorrogado para outubro. Até lá, a paisagem carioca — que valeu à cidade a candidatura a Patrimônio Histórico da Humanidade — continuará sob a interferência de torres e antenas.

Qualidade do sinal preocupaA retirada dos “trambolhos”, como o secretário municipal de Conservação, Carlos Roberto Osório, chama as Estações de Rádio Base (ERBs), gera divergências na própria prefeitura, que antes já abrira guerra contra os outdoors. Na avaliação de Osório, as estruturas irregulares só podem começar a ser desmontadas a partir de outubro, respeitando o novo prazo. A Secretaria de Conservação é responsável pela concessão de licenças para as antenas instaladas em áreas públicas, como postes da Rioluz. Já a Secretaria de Urbanismo, que reponde pelas ERBs em áreas privadas, como prédios, informou que já enviou à Secretaria de Ordem Pública quatro pedidos de remoção de estações.
O Ministério Público, por sua vez, diz que estruturas instaladas em locais proibidos pelo decreto, como orla, escolas, hospitais e áreas de proteção ambiental, podem ser retiradas independentemente do prazo. O custo do sumiço das antenas da paisagem, porém, recai sobre a qualidade do sinal de celular na cidade, segundo o diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e do Serviço Móvel Celular (SindiTelebrasil), Carlos Duprat.
— Os moradores do entorno do Costa Brava, que reclamaram da antena, agora vão ficar sem sinal de celular — diz Duprat, que avalia como precipitada a retirada do equipamento pela prefeitura, iniciada na quarta-feira passada. — Durante este novo prazo concedido pelo município, estamos criando um grupo de trabalho para reunir as melhores práticas mundiais e mostrar que não é preciso retirar nenhum equipamento. Temos que adaptá-los. Reconheço que as torres enfeiam locais como a orla. Por isso, estamos propondo trazer equipamentos menores, capazes de ser camuflados.
Para o diretor, em vez de retirar as estruturas, é preciso agilizar licenças novas, pois há o compromisso de oferecer sinal de melhor qualidade no Rio até abril de 2013, para a Copa das Confederações:
— Hoje a cidade tem cerca de duas mil antenas. Precisamos de pelo menos mais mil para cumprir o compromisso. A nova tecnologia de quarta geração (4G) exige pelo menos três vezes mais antenas, um compromisso firmado com a Fifa para a Copa de 2014.
A antena instalada no Costa Brava foi retirada porque se encontra em Área de Interesse Paisagístico e Ambiental, no entorno do Parque Nacional da Tijuca, uma unidade de conservação federal. Num condomínio próximo ao local, ao lado de uma cancela, há uma placa dizendo que ali não entram ERBs. A preocupação dos moradores é que a radiação não ionizante emitida pelo equipamento faça mal à saúde, aumentando, por exemplo, o risco de câncer.
— Na torre desmontada pela Seop e em outras espalhadas pelo Clube Costa Brava, havia mais de dez antenas. Associações de moradores, urbanistas e entidades de saúde devem denunciar as estruturas irregulares, para que o município, enfim, faça valer o decreto publicado no ano passado — defendeu o advogado Rogerio Zouein, especialista em causas ambientais.
Segundo Osório, soluções propostas pelas operadoras estão sendo analisadas, mas não há possibilidade de o prazo para regularização ser novamente estendido:
— As empresas têm que apresentar tecnologia alternativa e fazer um novo licenciamento. Do contrário, vamos retirar as estruturas a partir de outubro.
As empresas de telefonia dizem que o SindiTelebrasil fala por elas. Apenas a Oi, que tinha antenas na torre do Costa Brava, informou que trabalha para que o sinal não seja prejudicado na região e que está adotando providências para a solução do impasse junto à prefeitura.
Regras ficam mais rígidas com o decreto
O decreto 34.622, publicado no Diário Oficial do município, no dia 17 de outubro de 2011, apresenta regras mais rígidas para a instalação de antenas de celular na cidade. A justificativa é o impacto que esses equipamentos causam na paisagem. Pelas novas nornas, ficam proibidas antenas em marquises e fachadas de prédios, na orla, em áreas consideradas de risco e de proteção ambiental. Elas podem ser instaladas na laje da cobertura do último pavimento, mas devem respeitar a distância horizontal mínima de 30 metros em relação a outra edificação com altura superior. Quando se tratar de instalações em torres, a altura da estrutura de sustentação deverá corresponder à da maior edificação existente num raio de 50 metros ou ao gabarito do local acrescido de dez metros.
A partir da publicação, condomínios, que ganham entre R$ 3 mil e R$ 14 mil pelo aluguel mensal do espaço às empresas, se tornam corresponsáveis por qualquer irregularidade.


 

MEIO AMBIENTE

Comunidade pacificada da zona sul mostra diversidade de ações ambientais em sua programação para a Rio+20

Agência B

Paulo Virgilio

Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Pacificadas há dois anos e meio e em pleno processo de regularização fundiária, as comunidades do Cantagalo e do Pavão-Pavãozinho, que ocupam o mesmo morro entre Copacabana e Ipanema, na zona sul do Rio, encerram hoje (19) sua programação paralela à Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. A Feira Rio+20, que ocorre no Espaço Criança Esperança, reúne desde às 10h as diversas iniciativas ambientais e culturais em curso nas duas comunidades, em atividades gratuitas abertas aos moradores e aos visitantes, muitos deles pessoas que estão na cidade para eventos ligados à conferência das Nações Unidas.
Território de atuação de várias organizações não governamentais (ONGs) e de projetos governamentais no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), as comunidades do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo abrigam desde abril o projeto Geopolítica da Natureza em com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Sem fins lucrativos e até agora sem patrocinadores, o projeto propõe uma gestão ambiental sustentável e compartilhada, com ações que buscam conscientizar os moradores para questões como a reciclagem e o uso de tecnologias ecologicamente corretas.
Idealizado e coordenado pelo professor Luis Henrique Camargo, do Departamento de Geografia da Uerj, o projeto está caminhando para sua terceira fase, que consiste em um curso de formação de agentes ambientais comunitários, com inscrições no próximo mês de julho e aulas de agosto a novembro. A quarta fase, que dependerá de parcerias para a sua implantação, será a criação de uma rede de negócios ecológicos no Cantagalo e no Pavão-Pavãozinho.
O cenário de uma comunidade sustentável, concebido pela comunicadora socioambiental Cristiane Garcia e pelas designers Louise Prates e Flávia Arantes, ilustra o estande do Geopolíticas da Natureza no espaço comunitário com vista panorâmica para a Praia de Ipanema. Ao lado, outro estande mostra o Projeto Cantagalo, desenvolvido pela ONG Instituto Atlântico, com o apoio do governo do estado e da iniciativa privada.
Lançado em 2009, o Projeto Cantagalo fez o mapeamento dos imóveis da comunidade para a regularização fundiária definitiva, com a entrega de títulos de propriedade a cerca de 5 mil famílias. As primeiras 44 já receberam suas escrituras em maio do ano passado. 'O processo de concessão de títulos de propriedade já está quase concluído e as obras do PAC estão fazendo o resto, abrindo uma rua ao longo da comunidade, para sua transformação em um bairro', disse o presidente da Associação dos Moradores do Cantagalo, Luís Bezerra do Nascimento.
Para o coordenador do Geopolíticas da Natureza, é essencial o diálogo entre as diversas iniciativas ambientais em curso no local. 'O nosso projeto parte de uma concepção oposta à do Instituto Atlântico. É uma iniciativa literalmente anárquica, porque estamos fugindo do Estado e buscando a consolidação da organização comunitária', declarou o professor Luis Henrique Camargo. 'Mas não se pode radicalizar nem de um lado, nem do outro. A presença do Estado e das grandes empresas é um dado histórico em nosso país', completou.
Camargo considera que a Feira Rio+20 está permitindo aprofundar os contatos entre essas várias iniciativas. 'Estou conhecendo pessoas, de várias ONGs e convidando todas, sem exceção, para que possamos discutir. A gestão do espaço, a geopolítica vê a totalidade e não uma parte', disse.

Edição: Aécio Amado

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HOTEL FASANO

PF vistoria instalações do Hotel Fasano no Rio


Uma equipe da Polícia Federal com cães farejadores de explosivos vistoriam na tarde desta terça-feira as instalações do Hotel Fasano, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro.

Um helicóptero do Exército sobrevoa a praia em frente ao hotel. Uma equipe do seis soldados do Exército também utiliza detectores de bomba radiológica nos quartos, corredores e nos arredores do prédio.


Na portaria do hotel não são fornecidas informações sobre os hóspedes que estão sendo aguardados. Provavelmente o Fasano hospedará um dos chefes de Estado que participarão, a partir de quarta-feira, da reunião de cúpula da Rio+20

ARPOADOR

Fendas na Pedra do Arpoador são cobertas por cimento

Secretaria do Meio Ambiente vai restaurar o patrimônio com ajuda da Comlurb


Dois anos atrás, bancos de cimento foram construídos no mesmo local
Foto: Foto do leitor Flávio Peixoto / Eu-Repórter
Dois anos atrás, bancos de cimento foram construídos no mesmo localFOTO DO LEITOR FLÁVIO PEIXOTO / EU-REPÓRTER
RIO - Caminho cimentado para a degradação. Dois anos após denunciar a construção de bancos de concreto, o leitor Flávio Peixoto mostra um novo ataque à Pedra do Arpoador, patrimônio cultural municipal tombado desde 1989. Alguém fez caminhos de cimento sobre os vãos e, em alguns pontos, instalou pedaços de tubos de PVC, provavelmente para o encaixe de varas de pescar. O flagrante foi feito do lado da Praia do Diabo.

Para o subsecretário de Patrimônio do Rio, Washington Fajardo, a Pedra do Arpoador constitui um dos patrimônios paisagísticos mais importantes da cidade e a remoção do material tem de ser imediata.“Agora o ‘mago do cimento’ se especializou em fazer mais degraus na pedra. Aos pouquinhos, a bela pedra está sendo deformada. Desta vez, tem até canos de PVC afixados. Precisamos cuidar do nosso Rio, já que tem muitos cariocas que fazem o contrário”, reclama Flávio.
- É um absurdo que degradem um monumento natural desse jeito. O Rio é candidato a virar Patrimônio da Unesco por sua paisagem cultural urbana e fatos desse tipo são inadmissíveis - afirma Fajardo.
Ele afirma que uma equipe do Patrimônio foi à Pedra nesta sexta-feira para verificar os danos e possíveis outras agressões ao monumento.
Antes, na manhã de sexta, uma patrulha da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAC) esteve no local para confirmar a denúncia. Em nota, a SMAC disse que, para fazer a remoção do cimento vai solicitar um auxílio da Comlurb, que tem os equipamentos necessários para o trabalho.
O prazo para a retirada do cimento não foi informado até o fechamento desta reportagem. A Comlurb disse que iria repassar as informações para a gerência responsável pela área e somente após isso poderia informar a data da retirada.
O ‘mago do cimento’ não foi identificado pela prefeitura, porém o leitor Flávio afirma que o autor é o mesmo frescobolista que colocou os bancos de concreto há dois anos.


 


PRAÇA DA PAZ !



Se a NS da Paz pudesse palpitar sobre a sentença de morte que se avizinha dela, com certeza repetiria o que a estátua de Pinheiro Machado deve murmurar, em horas de mau humor - as últimas palavras dele:  "Ah, Canalha! Apunhalaram-me!". O monumento ao senador, que foi assassinado com uma facada nas costas por um desafeto político, em 1915, domina o centro do charmoso quarteirão verde de Ipanema, patrimônio da população do Rio de Janeiro. A Praça está no centro da polêmica da passagem do metrô por Ipanema/Leblon, mas ela não impede a passagem do metrô nessa rota que substituiu a original, que passaria por Gávea, Jardim Botânico e Botafogo. A Praça também não incomoda os que defendem acessos do metrô na região central de Ipanema, pois é possível fazer acessos, escadas rolantes que darão acesso às plataformas, sem tocar na Praça. O fato é que a grande maioria dos moradores e usuários de Ipanema é contra a destruição da NS da Paz. O fato é que a NS da Paz não impede a empreiteira de cumprir o contrato de levar o metrô até a Barra. Também é fato que a NS da Paz não impede o governo de atender às necessidades da população, preocupação que certamente está no cerne de suas decisões. Então, Deixem a Praça NS da Paz em paz!  

SL

PROTESTO



Manifestantes protestam contra vinda de Ahmadinejad em Ipanema

Grupo é contra a vinda de presidente do Irã à Rio+20.

Faixa diz: "Rio não dá boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad".

Tássia Thum

Do G1 RJ


Um protesto contra a vinda do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, à Rio+20 ocupou a pista junto à Praia de Ipanema da Avenida Vieira Souto, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Os manifestantes exibiam cartazes contra o governante iraniano e também contra a intolerância religiosa e a homofobia. Uma faixa dizia, em inglês: "Rio não dá boas-vindas a Mahmoud Ahmadinejad". (Foto: Tássia Thum/G1)

SHOW SALVE A PRAÇA

http://youtu.be/zc601c-zWXk