Reunião
do PSI – 02/06/2014 – Colégio Notre Dame – Ipanema
Compareceram mais uma vez, moradores
do bairro preocupados com o andamento da obra do Metrô ( Linha 4).
Foi comentado o sucesso da passeata,
realizada no sábado, dia 31/05. Foi uma manifestação pacífica, verdadeira com a
participação de pessoas indignadas e amedrontadas com a possibilidade de ter
suas vidas arriscadas e seus patrimônios ameaçados de desabamento se o método
usado pelas empreiteiras, não for totalmente reformulado, obedecendo o padrão
de segurança ao realizar as escavações subterrâneas com o equipamento comprado (‘tatuzão”)
pelo Governo do Estado, com o propósito de perfurar terreno arenoso de
características semelhantes aos subsolos de Ipanema e Leblon.
Dentre os presentes, foram apresentadas
várias opiniões sobre o assunto. Porém, considerando-se a gravidade da situação,
por unanimidade, foi sugerido que se dê entrada numa Ação Cautelar por
antecipação de provas, devido ao acidente ocorrido no dia 11/05, quando duas
crateras se abriram nas calçadas da Rua Barão da Torre, no trecho entre as Ruas
Teixeira de Melo e Farme de Amoedo, justamente onde a máquina começou a
trabalhar a 18 metros
de profundidade, onde o ideal estipulado pelo fabricante seria a 40 metros , obedecendo o
limite de segurança para as estruturas dos prédios.
Foi comentado que a razão deste absurdo, dentre diversos tipos
de interesses do Governo e empreiteiras, está ligado ao fato de ter sido encomendada
à Fundação Getúlio Vargas, uma pesquisa entre a população, que desconhece
totalmente os riscos e detalhes técnicos de uma obra de tal importância, para
opinar como gostaria que fosse a Estação N. s. da Paz. Pois bem, segundo a
pesquisa, a maioria das pessoas queriam que os acessos fossem imediatos,
próximos à superfície para que não fosse preciso descer muito como as estações
Arco Verde , Cantagalo e Gal. Osório que são bastante profundas. A população,
mal informada, ignora o porquê da profundidade e não tem noção dos riscos de
uma estação à 12 metros
de profundidade, como está sendo construída. Sendo assim, o “tatuzão” que
deveria está trabalhando com segurança a 40 metros , na verdade
está fazendo o percurso com uma elevação de 18 para 12 metros até chegar à
praça N. S.da Paz.
O acidente acontecido, só não teve graves
conseqüências, por ter sido de madrugada, quando não passava ninguém nas
calçadas afetadas.
Os moradores do bairro, principalmente da
Barão da Torre, sugerem também, que se adote outros tipos de “batalha”, devido
ao tempo que uma Ação judicial tramita no Fórum.
Foi comentado também, que devido a um
inquérito policial, proveniente de uma denúncia de moradores de um prédio
ameaçado de desabamento, a obra está paralisada por tempo indeterminado. Estão
todos aguardando uma solução segura para a situação.
Todos foram unânimes em se utilizar todos
os recursos possíveis para que o projeto seja refeito, respeitando os padrões
de segurança que este tipo de obra requer.
Em relação à Praça N. S. da Paz, foi
comentado que a Ação Popular que envolve dentre outras coisas, crime ambiental,
ao patrimônio público, foi encaminhada para Brasília, para ser julgada pelo
STJ. Devido ao fato, foi sugerido que a quantia arrecadada pelas ruas do
bairro, objetivando o pagamento de uma
perícia designada pela justiça, para comprovar método sugerido por geólogos e
engenheiros competentes. Método esse, seguro e sem destruição das características da
praça e das árvores. Porém, esta quantia não foi utilizada, devido ao alto valor
cobrado (R$158.000,00), fosse entregue à Advogada Regina Carquejo, que vem
trabalhando no processo, desde o início, sem nunca ter cobrado nenhum centavo
sequer, como honorários. Todos presentes votaram à favor. O valor a ser
entregue, foi o que restou dos R$ 17.000,00 arrecadados totalmente. Foram então
utilizados quase R$ 7.000,00 com despesas em cartórios, cópias, cartazes,
deslocamentos, petições etc. Todos então, acharam por bem, que os R$ 10.600,00
disponíveis, deverão ser entregues à Advogada, para os próximos gastos com o
processo em Brasília.