Veja na foto W1 a posição relativa da guarita da PM visão ampla sem obstáculos
Corte de árvores para obra do metrô causa polêmica em Ipanema
- Medida visa à construção de estação na Nossa Senhora da Paz
RIO - O início da remoção de árvores para a construção da estação de metrô da Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, reacendeu a polêmica que envolve moradores e o governo do estado em torno da obra. A coordenadora do movimento Projeto Segurança de Ipanema, Ignez Barretto, denuncia que três árvores já foram cortadas desde segunda-feira.
Com base em fotografias feitas por integrantes do movimento, Ignez diz que restou apenas parte dos troncos. A coordenadora lamenta o início da derrubada das árvores antes da realização de uma perícia judicial na praça. Ela sustenta que a análise técnica comprovaria que não é necessário derrubar as árvores:
— Temos fotos que mostram a derrubada das árvores. Para que a perícia possa ser feita de forma eficiente, é preciso manter a prova pericial.
A assessoria da Linha 4 Sul do metrô confirmou o início da retirada das árvores, mas ressaltou que das 292 espécimes existentes na praça, 215 permanecerão intactas. As outras 77 serão removidas, sendo que 70% vão ser transplantadas para um sítio em Vargem Pequena, onde permanecerão até o retorno à praça. As espécimes que não puderem ser transplantadas serão substituídas por novos exemplares.
Nesta primeira fase, para a escavação da estação, a equipe de engenharia florestal do consórcio — responsável pelas obras da Linha 4 entre Ipanema e Gávea —, acompanhada de uma empresa especializada, removeu oito figueiras. Ainda segundo a assessoria, coqueiros e 38 palmeiras das espécimes jerivá e imperial serão transplantados. Outras 400 mudas serão plantadas na Nossa Senhora da Paz como compensação ambiental.
Sufoco: Metrô diz que seguiu protocolo
Sem mencionar o sufoco enfrentado por centenas de pessoas que ficaram presas por mais de uma hora em seus trens, na segunda-feira, após uma pane eletromecânica, a concessionária Metrô Rio alegou nesta terça-feira, em nota, que o procedimento de liberar a caminhada de passageiros sobre os trilhos seguiu normas de segurança do plano de contingência.
Segundo ela, “pouco mais de 800 passageiros” foram retirados das composições, sendo registrados três atendimentos, sem gravidade. A empresa diz possuir sistemas adequados de ventilação/exaustão ao longo dos túneis, “dentro dos melhores padrões internacionais”.
A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes disse nesta terça-feira que investigará como ocorreu o resgate dos usuários. A previsão é que a perícia termine em um mês. A penalidade pode atingir até 0,5% do faturamento total do ano anterior da concessionária.