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Denúncias de leitores do GLOBO vão orientar próximas operações de choque de ordem no Rio

Madalena Romeo


RIO - A secretaria municipal de Ordem Pública (Seop) vai orientar as próximas operações de choque de ordem com a ajuda das denúncias dos leitores do GLOBO. Em dois dias, o site do jornal recebeu 165 reclamações sobre irregularidades na cidade. Por meio da seção Eu-Repórter, os leitores puderam contar os problemas do bairro onde moram. As reclamações mais comuns são população de rua, com 32 denúncias. Em seguida, estacionamento irregular (31), ambulantes (21) e ocupação irregular de calçadas por estabelecimentos comerciais (13). A maioria dos leitores falou de várias irregularidade em uma mesma denúncia.

Qual o problema na cidade que mais te incomoda?

Todas elas foram encaminhadas para a Secretaria municipal de Ordem Pública, que ainda não possui uma ouvidoria. Enquanto o serviço não é criado, a Seop orienta os cariocas a utilizarem o teleatendimento das outras secretaria e órgãos municipais.

- A partir das denúncias feitas no site do GLOBO vamos criar um banco de dados que vai orientar as próximas operações - comprometeu-se Rodrigo Bethlem, secretário municipal de Ordem Pública. - A participação dos cariocas é fundamental para o sucesso das operações. A população pode ajudar com denúncias e também fazendo cada um a sua própria parte, como não jogar lixo na rua e estacionar o carro somente em locais permitidos - acrescentou.

O aparecimento de uma nova favela no final da Rua Álvaro Ramos, em Botafogo, buracos nas ruas e vans piratas também foram alvo da crítica dos leitores. Três deles reclamaram da sujeira de uma família que mora embaixo do viaduto que dá acesso ao Túnel Santa Bárbara, em Laranjeiras. De acordo com Christiana Buarque de Alcazar, bebês vivem no local onde drogas são consumidas à luz do dia.

Tadeu de Amorim Marques escreveu sua reclamação em letra maiúscula, tamanha a revolta. Ele conta que a desordem reina na Rua Silva Teles, na Tijuca, durante os ensaios de carnaval e bailes funk na quadra do Salgueiro: barracas nas calçadas, fios elétricos pelo chão, carros estacionados nas calçadas, flanelinhas, barulho acima do permitido, falta de policiamento. "Por favor um choque de ordem já! Urgente!", implora. O leitor Leo Dias contou 37 buracos na Estrada da Fontinha, que começa em Bento Ribeiro e termina na Rua Intendente Magalhães. Leitor reclama que guardas municipais só ficam conversando

Tem leitor até de olho no trabalho da Guarda Municipal. Segundo José Eckbert, na esquina da rua Princesa Isabel com a Praia, em Copacabana, há diversos agentes, mas é raríssimo ver algum trabalhando. José conta que na maior parte de tempo eles ficam conversando.

No site do GLOBO, chegou também sugestões para que a prefeitura não cometa injustiças, como aconteceu, de acordo com Sérgio Duarte Velasco, na Praça Radial Sul, na Rua Eduardo Guinle, em Botafogo. Ele sugere a legalização de florista que fazia a manutenção da praça e que foi expulso do local pela nova prefeitura. "A prefeitura atual deu um 'choque de ordem', retirando todas as benfeitorias que o florista havia incorporado ao ambiente. Resultado: a praça está suja, mal varrida e nem sombra da atual prefeitura. Alguns mendigos voltaram a dormir na praça."

Já Paulo Sérgio pede para que a prefeitura não se esqueça de cuidar da Zona Norte. Ele reclama da grande quantidade camelôs na Rua Dias da Cruz, no Méier, que "ninguém fala nada".Os leitores também estão atentos à proliferação dos mosquitos transmissores da dengue. Marcelo Machado denunciou que na Rua Camarista Méier, onde mora no Engenho de Dentro, uma casa abandonada virou depósito de lixo e criadouro de mosquitos.

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