ZAZÁ BISTRÔ






Terça, 3 de novembro de 2009, 10h23 Atualizada às 11h26
"Costumo inventar muitos quebra-galhos", diz dona do Zazá Bistrô

Mariana Canedo
Direto do Rio de Janeiro

André Valentim/Especial para Terra


Isabela Pierek diz que seus dotes culinários são resultado da sua experiência de vida


Dica para as mulheres que gostam de impressionar: é possível simplificar sem deixar de lado a sofisticação. Para Isabela Pierek (Zazá), proprietária do Zazá Bistrô, que fica em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, quinze minutos são o suficiente para surpreender na mesa.
Com hora marcada para ir ao dentista uma hora e meia após a chegada do Terra à sua casa e descobrir o desafio, Zazá nem pestanejou. "Já sei o que vou fazer", disse, tirando em seguida um brócolis de dentro da geladeira.
Totalmente familiarizada com o território, Zazá, que assina alguns pratos de seu restaurante, anunciou que iria preparar um Penne Tricolore. "Costumo inventar muitos quebra-galhos", disse ela, que contou ter se tornado chef não através de uma academia, mas espontaneamente. Pegou uma caixa da massa de três cores diferentes no armário, um alho, um vidro cheio de amêndoas e, na geladeira, um recipiente em que já havia tomates secos embebidos em azeite e alho. "Só ficou faltando o queijo parmesão para ralar na hora. Anota que é importante."
À medida que ia juntando os ingredientes, Zazá contou como a culinária entrou em sua vida. "Meu marido já tinha sido dono de alguns restaurantes quando morávamos em São Paulo e eu já gostava de cozinhar. Uma viagem em especial nos inspirou e foi à Tailândia. De lá, trouxemos esse sonho, de ter um restaurante com uma pegada meio tailandesa."
Segundo a chef "por natureza", alguns conhecimentos adquiridos ao longo de sua vida foram fundamentais para dar um "algo a mais" em seus dotes culinários. "Adoro receber amigos em casa para jantar e eu mesma preparar as coisas. Não cumpri nenhum programa de estudos muito longo de culinária, mas fui procurando temas que me interessassem. Fui buscar coisas mais típicas para entender melhor como aplicar os condimentos. Fiz um curso de culinária crioula em Nova Orleans e também aprendi muito no Marrocos, onde passei um mês este ano."
Outros toques considerados grandes diferenciais pela chef são a utilização do óleo e da manteiga na comida. "Uso muito pouco óleo na comida e gosto também de usar uma manteiga especial", disse, mostrando a manteiga "Ghee". "Prefiro grelhar as coisas do que fritar e uso esta manteiga, pois ela suporta altas temperaturas sem ficar hiper saturada. Esta é uma manteiga da qual foi tirada toda a gordura. Dá um trabalho danado fazer isto, por isso compro pronta. É necessário aquecer a manteiga para ir tirando o óleo para ficar como esta. É típico da culinária hindu."

Especial para Terra

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