Associações de moradores da Zona Sul incentivam votação do Obelisco
JB Online
RIO - A iniciativa de fazer democracia direta a partir do Poder Executivo – proposta pelo prefeito Eduardo Paes em parceria com o Jornal do Brasil, a fim de decidir pela demolição ou não do Obelisco de Ipanema por meio da enquete promovida até sexta-feira pelo JB-Online – começa a cair nas graças das associações de moradores do Rio. Ipanema e Leblon já começam inclusive a mobilizar os moradores.
– A queda do Obelisco poderá ser um marco na administração de Eduardo Paes no sentido da reaproximação com os cidadãos, após tantos anos de distanciamento entre os desejos da população e os desmandos do governo anterior – defendeu o presidente da Associação dos Proprietários de Prédios do Leblon e Ipanema, Augusto Boisson. – O desgaste com a antiga administração, por exemplo, culminou no movimento de Boicote ao IPTU, provocou um desgaste imenso e influenciou nas eleições.
Boisson já se encarregou inclusive de tornar-se cabo eleitoral de oposição ao Obelisco, pedindo que a população participe da votação por meio de reuniões junto ao Conselho Comunitário de Segurança, conversas e e-mails. Contra o polêmico monumento, Boisson lista a poluição visual, a falta de privacidade junto aos moradores das redondezas, o acúmulo de sujeiras e os focos de doenças como meningite e dengue, além de riscos ao fluxo do trânsito na região.
A presidente da da Câmara Comunitária do Leblon e Associação Comercial do Leblon, Evelyn Rosenzweig, também apóia a votação. Ela ressaltou, porém, que medidas de aproximação com a comunidade foram adotadas no início do governo Cabral e que, hoje, não mais acontecem.
- É muito bom ter esse canal aberto com o poder público. Demonstra respeito - comentou. - No início do governo Cabral, tivemos um encontro no qual ele prometeu revogar o decreto que permitia a construção do Shopping Flamengo, o que de fato aconteceu. Na ocasião, ele disse que esses encontros voltariam acontecer, mas infelizmente foi o único. É uma iniciativa boa porque a própria sociedade amadurece e passa a ter mais responsabilidades com o que cobra dos governantes eleitos.
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