OBELISCO


Obelisco: estrela sumiu e a pintura confunde motoristas

Jornal do Brasil

RIO - Não se vê mais vestígio da estrela de oito pontas sobre a qual o obelisco de Ipanema estava assentado quando foi erguido, em 1996. Com pontas azuis sobre um enorme círculo amarelo, o desenho chamava a atenção dos pedestres que passavam pela Praça Espanha. O amarelo ainda está lá, embora bastante desgastado, com remendos de asfalto sobre a pintura. A falta de manutenção também confunde os motoristas, que não conseguem mais distinguir no asfalto a faixa de pedestres, alerta o comerciário Alberto Ferreira da Rocha, do Bazar São Judas Tadeu, situado em frente ao obelisco.

– Veja só. Cada carro para em um ponto diferente. Não dá mais para ver a faixa que antecede a de pedestres e nem a de pedestres – aponta Rocha. – Aquela outra pintura que avisa para os carros seguirem para lados diferentes também está bem desgastada.

A falta de cuidado com o monumento pode ser percebida pelas pichações no obelisco e na passarela, em cujos pilares pode ser lida a inscrição “intervenha aqui”. Na ponte de metal que liga um lado da construção a outro, podem-se observar muitos pontos de ferrugem nos degraus. Outra crítica feita pelos moradores dos prédios das cercanias é o abrigo de moradores de rua sob a passarela.

– Virou moradia para os mendigos de Ipanema. Os pombos também sujam tudo isso daí – conta Stela Poian.

O síndico do Edifício Astória, Almir Barbosa, sugere que seja mudada a cor d meio-fio, ou então a do asfalto. Segundo o síndico, o amarelo acaba confundindo os motoristas. Ele atribui a essa confusão os vários acidentes que diz ter testemunhado da janela do prédio.

– Uma vez, um táxi entrou ali com tudo – relatou Almir. – A culpa é daquele meio-fio amarelo, que tem a mesma cor da pintura do asfalto. Confunde os motoristas. Não dá para saber onde começa um e termina outro.

Perigo no cruzamento

A falta de conservação da pintura da pista, aliada à má posição dos sinais de trânsito, diz Almir, também causa acidentes de trânsito no local. Ele explica que poucos motoristas respeitam o sinal, e param o carro quase na esquina da Rua Visconde de Pirajá com a Rua Paul Redfern.

– Quando aparece o sinal amarelo, os motoristas aceleram. Como há uma distância até o cruzamento, o risco de colisão é imenso.

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