Carlos Braga , Jornal do Brasil
RIO - De acordo com depoimentos de comerciantes da região, a passarela vizinha ao Obelisco de Ipanema, além de não cumprir a função de facilitar a vida dos pedestres, conduzindo-os ao outro lado da rua, trai o objetivo de toda obra pública: o de revitalizar uma área.
Donos de lojas e comerciários, que trabalham nos arredores, estimam que o movimento de fregueses caiu entre 20% e 30%, depois que ergueram a passarela. O espanhol Ernesto Chapa Morale, dono do salão de beleza Salamanca, acredita que sua situação é mais grave. Diz que a frequência de clientes caiu 50%.
– Essa passarela tapa a visão de quem está na rua ou na calçada. Ficamos escondidos – lamenta Morale. – Ainda por cima esse negócio acumula sujeira que não acaba mais. À noite, então, fica tão escuro que ninguém consegue enxergar o meu salão. Outros comerciantes daqui também se queixam da passarela. Fui o primeiro a fazer um abaixo-assinado para demolir isso. Mas nunca deu em nada.
A vendedora Shirlley Rodrigues, da ótica Visual, apelidou a área em que a loja se instalou de “pedaço esquecido de Ipanema”. Ela conta que nem imaginava que existia a ótica quando passava por ali. A quem se interessar, informa que estão querendo passar o ponto.
– Essa passarela esconde a loja e o letreiro – conta a comerciária. – A maioria das pessoas passa atrás da passarela e não nos vê. Já apareceram interessados em alugar a loja, mas pedem desconto por causa da passarela.
Donos de lojas do Centro Comercial Astória também sentiram a queda no vaivém de fregueses por seus corredores. Benta Sacramento de Jesus, dona do Cochicho da Vovó, uma loja de artigos religiosos, avalia que as vendas caíram cerca de 40%. Benta conta que uma cliente se mudou do prédio que fica em cima da galeria, por causa das luzes que iluminavam a passarela e invadiam seu apartamento.
– Diminuiu muito o número de clientes – disse Benta. – Isso aqui virou uma bagunça. Fica cheio de pivetes e de mendigos.
A mesma queixa é feita por Flávia Rametta, dona da sorveteria Obelisco. A passarela oculta a fachada das lojas e torna o lugar mais sombrio. Ela tentou também mudar a situação com um abaixo-assinado, que não teve resultado.
– Essa é a área mais esculachada de Ipanema. Acredito que o movimento de clientes pode crescer 30% se tirarem esse trambolho.
RIO - De acordo com depoimentos de comerciantes da região, a passarela vizinha ao Obelisco de Ipanema, além de não cumprir a função de facilitar a vida dos pedestres, conduzindo-os ao outro lado da rua, trai o objetivo de toda obra pública: o de revitalizar uma área.
Donos de lojas e comerciários, que trabalham nos arredores, estimam que o movimento de fregueses caiu entre 20% e 30%, depois que ergueram a passarela. O espanhol Ernesto Chapa Morale, dono do salão de beleza Salamanca, acredita que sua situação é mais grave. Diz que a frequência de clientes caiu 50%.
– Essa passarela tapa a visão de quem está na rua ou na calçada. Ficamos escondidos – lamenta Morale. – Ainda por cima esse negócio acumula sujeira que não acaba mais. À noite, então, fica tão escuro que ninguém consegue enxergar o meu salão. Outros comerciantes daqui também se queixam da passarela. Fui o primeiro a fazer um abaixo-assinado para demolir isso. Mas nunca deu em nada.
A vendedora Shirlley Rodrigues, da ótica Visual, apelidou a área em que a loja se instalou de “pedaço esquecido de Ipanema”. Ela conta que nem imaginava que existia a ótica quando passava por ali. A quem se interessar, informa que estão querendo passar o ponto.
– Essa passarela esconde a loja e o letreiro – conta a comerciária. – A maioria das pessoas passa atrás da passarela e não nos vê. Já apareceram interessados em alugar a loja, mas pedem desconto por causa da passarela.
Donos de lojas do Centro Comercial Astória também sentiram a queda no vaivém de fregueses por seus corredores. Benta Sacramento de Jesus, dona do Cochicho da Vovó, uma loja de artigos religiosos, avalia que as vendas caíram cerca de 40%. Benta conta que uma cliente se mudou do prédio que fica em cima da galeria, por causa das luzes que iluminavam a passarela e invadiam seu apartamento.
– Diminuiu muito o número de clientes – disse Benta. – Isso aqui virou uma bagunça. Fica cheio de pivetes e de mendigos.
A mesma queixa é feita por Flávia Rametta, dona da sorveteria Obelisco. A passarela oculta a fachada das lojas e torna o lugar mais sombrio. Ela tentou também mudar a situação com um abaixo-assinado, que não teve resultado.
– Essa é a área mais esculachada de Ipanema. Acredito que o movimento de clientes pode crescer 30% se tirarem esse trambolho.
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