MARCHA DA MACONHA

Marcha da maconha

Maconha legal para quem?

Artigo do leitor Raphael Gonçalves da Silva


Viver em uma sociedade partida pela violência, como é o caso do Rio de Janeiro, se torna um drama muito maior quando se vê que o problema pode nunca mais deixar de existir. Esse grande problema, que nos atrasa como sociedade e humanos, são as drogas.

Ao considerar que as drogas nada causariam se não houvesse aqueles que as admirassem, tenho muito claro que, na minha cabeça, o usuário não é livre da culpa. Muito pelo contrário, é fornecedor, cúmplice e o maior causador dessa desordem.

A cada papelote de cocaína vendida, uma criança ganha emprego no "movimento". Vai aprender a se drogar também, matar porque aquilo é "normal", "fortalecer" os amigos, ou seja, se colocará à margem da sociedade para sempre e fará parte do poder paralelo.

Está impregnado na pele de alguns cariocas a total alienação pela situação. Devem achar que um tapinha na Praia de Ipanema com os amigos ou na balada com a namorada não fará mal algum... é só um "tapinha". E ainda se protegem da polícia, como ocorrido na mesma praia neste último verão, onde maconheiros jogaram cocos e pedaços de paus em policiais que prendiam um outro de sua laia. É para proteger? É para prender um cara que foi conivente e usou o poder paralelo para um prazer vil como esse? E por que outros o protegem e se revoltam?

Agora defendem a legalização daquilo que destrói a nossa sociedade. Francamente. Legalizar as drogas seria um tapa na cara da nossa Constituição. E seria legal para quem isso?

Legal para os maconheiros que não precisarão mais subir morros para comprar? Legal para traficantes, que poderão estender seus serviços ilícitos para outras áreas e tipos? Legal para o governo, que continuará a reprimir entorpecentes e matar e morrer?

Legalização é legal para quem? Quem sai ganhando com isso? O povo que protege o usuário? O homem que vê seu filho indo para o tráfico? Quem?

Para haver discussão sobre um tema como esse, há aqueles que defendem a legalização e outros que defendem a droga mesmo.

Eu defendo a destruição da droga, prevenção de novos casos e educação, o principal de tudo.
Abram os olhos para a verdade, porque o sentimento que "já é tarde demais" está no ar.