CARNAVAL 2011





Folia com mutirão contra a desordem e pela Lei Seca

Governos municipal, estadual e federal montam esquemas de vigilância de foliões nas estradas, ruas e avenidas do Rio

POR DIOGO DIAS

Rio - Motoristas e pedestres que se programam para aproveitar os dias de folia no Rio terão que andar e dirigir na linha. Prefeitura, governo estadual e Polícia Rodoviária Federal preparam verdadeiro mutirão para combater a desordem pública e a desobediência à Lei Seca.


No fim de semana, ação preventiva de acidentes apresentou a foliões de Ipanema o personagem ‘homem-balão’, que carrega o símbolo da Lei Seca Foto: Divulgação
Segundo a Secretaria Estadual de Governo, de sexta-feira até a Terça-feira Gorda, serão 35 operações para coibir o consumo de bebida no trânsito e 30 ações para orientar foliões em blocos do Grande Rio sobre o perigo de combinar álcool e direção. No fim de semana, agentes da Lei Seca já distribuíram panfletos no desfile do ‘Simpatia É Quase Amor’, em Ipanema.


Também sexta, a partir da 0h, a Polícia Rodoviária Federal inicia a Operação Carnaval nas estradas federais que cortam o estado, com uso de bafômetros. A polícia vai fiscalizar também o tráfego pelo acostamento das estradas.
Já a Secretaria Municipal de Ordem Pública define hoje o número de agentes que vai intensificar o combate a desordem e aos ‘mijões’ durante os dias de folia. Serão, ao menos, 2 mil homens. No último fim de semana, 214 pessoas foram detidas urinando nas ruas.

'Quantidade de blocos de rua chegou ao limite’, diz Paes

O prefeito Eduardo Paes anunciou ontem que o número de blocos de rua não vai aumentar no Carnaval de 2012. Para ele, a quantidade de festas nas vias da cidade já chegou ao limite. Ano que vem, alguns dos 424 blocos registrados podem, inclusive, não ter autorização para desfilar.

“A quantidade de blocos já chegou ao limite. A festa de rua tem pontos positivos, como a espontaneidade. No próximo ano, não teremos mais blocos do que em 2011. Caso exista alguma diferença, será para menos”, garantiu Paes, durante visita aos barracões das escolas de samba do Grupo Especial ontem.

Paes criticou a organização dos blocos que preveem a participação de grande público para obter permissão para desfilar e a adesão acaba não se confirmando. Por esperar número considerável de foliões, a prefeitura mobiliza infraestrutura maior — e mais cara — do que a realmente necessária. “Muitos blocos não justificam a estrutura que colocamos a sua disposição”, critica.

Já o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira de Melo, tocou no outro extremo do problema. “Alguns blocos anunciam a expectativa de mil foliões, mas comparecem dez mil”, reclama.

O secretário não poupou elogios aos blocos tradicionais, como Suvaco do Cristo e Cordão do Bola Preta: “Nesses, a gente não muda nada. Eles respeitam as regras e fazem um belo Carnaval”.

Trânsito muda sexta-feira e metrô abre 32 estações 24h

A partir de 13h de sexta-feira, já estarão interditadas ao trânsito ruas na Cidade Nova, Catumbi e Centro para os desfiles das escolas de samba. A Avenida Presidente Vargas é uma das que ficará fechada até a Quarta-Feira de Cinzas. O tempo também deve fechar: o Instituto Climatempo previu 70% de chances de chuva na passagem das agremiações pela Sapucaí.

Os moradores do entorno da Passarela do Samba devem ficar atentos: a recomendação é que tenham em mãos comprovante de residência para transitar nos locais bloqueados. O melhor é optar pelo transporte público, mesmo para quem não vai à Sapucaí. Com os desfiles de blocos, dezenas de ruas da cidade estarão fechadas. Por isso, 32 estações do metrô vão funcionar 24h de sábado a terça-feira, durante o Carnaval .

Segundo previsão do Climatempo, no sábado de Carnaval, o céu estará nublado e pode chover forte. De domingo a quarta, haverá nebulosidade de dia e condições de chuva à noite no domingo, segunda e na terça-feira de Carnaval.

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