Ah, as marchinhas
A diferença que a música faz. Com toda a simpatia que tenho por alguns blocos que têm seu próprio samba, fiquei observando a passagem pela praia de um dos mais tradicionais da cidade. Boa parte das pessoas ficava parada nas laterais, latinha de cerveja na mão, observando estática o movimento, sem ter noção do que era cantado.
Na rua, um grupinho seguia animado, pulando e cantando. E a maioria ia atrás, muda e devagar, como num cortejo. Como diz o colunista da "Folha" Jânio de Freitas:
- Não são blocos. São passeatas. Milhares de pessoas assardinhadas, tangidas por um trio elétrico que abaiana e desencarioca em definitivo a passeata arritmada, sem marchinha na alma e sem samba no pé.
Já quando a música é conhecida a coisa muda de figura. Vi também a passagem da Banda de Ipanema, que toca marchinhas tradicionais e sambas-enredos clássicos. Uma festa. Cantoria a toda, palmas ritmadas, pulos entusiasmados. Não deu para acompanhar por muito tempo e saber se houve confusão, mas o pouco que vi excedia em animação.
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