Jardim de Alah, no Leblon, vira 'point' de cães abandonados
Cachorros de raça como este também são abandonados na praça Foto: Fernando Souza
.Mario Hugo Monken, JB Online
RIO - – As pessoas de posse abandonam cachorros de raças que já saíram de moda e deixam os bichinhos amarrados aqui.
A constatação é da aposentada Maria Antônia Leão Cavalcanti, 63 anos. Sem conseguir explicar os motivos, ela diz que a tradicional praça do Jardim de Alah, na divisa entre Ipanema e Leblon (Zona Sul) virou ponto de abandono de cães.
Maria conta que, em quatro anos, já recolheu 25 animais no ponto da praça próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Leva todos para a casa que tem em Sepetiba (Zona Oeste), onde cria mais de 200.
– Tenho pastor alemão, golden retriver... é uma covardia o que fazem – reclama.
Criação
A dona-de-casa Cátia Panes Lins, 41, entregou vários cachorros a Maria Antônia. Ela mesmo tem seis, três deles encontrados na Praça dos Cachorros, ponto destinado a lazer de cães no Jardim de Alah.
A líder comunitária local Gladys Nunes também achou sua cachorrinha, Morena, que morreu há um mês, na mesma praça.
No início do ano, dois cães da raça akita foram encontrados amarrados em um poste.
– Nos últimos seis meses, tive a informação de que mais de 20 cachorros foram abandonados no Jardim de Alah – conta Gladys.
A menos de um mês, um homem tentou deixar um poodle preto na praça. Após muita conversa, Cátia Panes impediu.
Os animais são amarrados nas árvores ou deixados dentro de caixas. Quando alguém os encontra, estão com fome e sede.
– Minha cachorra Joana foi achada em uma caixa, toda debilitada. A outra, a Preta, foi deixada por um mendigo – afirma Cátia.
Alguns, por sorte, conseguem ser adotados. Os dois akitas, que tinham 10 anos, por exemplo, ganharam um lar em Búzios (Região dos Lagos).
“Beber água”
Segundo Gladys, as pessoas chegam com o cachorro na praça, dizem que vão “beber água” e somem.
– Outro dia, uma mulher abandonou o cão e gritou dizendo que ele estava abandonado. Um outro me deu um husky siberiano e foi embora – afirma.
Segundo frequentadores da praça, a maioria dos que passeiam por ali têm animais que foram achados na rua.
É o caso da golden retriver Natália, de 6 anos. Ela foi amarrada a um poste por sua dona, que estava em uma loja. Por sorte, foi achada e ganhou um novo lar. Ontem, passeava pelo Jardim de Alah.
O vira-lata Pingo, hoje com 5 anos, foi encontrado ainda filhote debaixo de um carro
Cachorros de raça como este também são abandonados na praça Foto: Fernando Souza
.Mario Hugo Monken, JB Online
RIO - – As pessoas de posse abandonam cachorros de raças que já saíram de moda e deixam os bichinhos amarrados aqui.
A constatação é da aposentada Maria Antônia Leão Cavalcanti, 63 anos. Sem conseguir explicar os motivos, ela diz que a tradicional praça do Jardim de Alah, na divisa entre Ipanema e Leblon (Zona Sul) virou ponto de abandono de cães.
Maria conta que, em quatro anos, já recolheu 25 animais no ponto da praça próximo à Lagoa Rodrigo de Freitas. Leva todos para a casa que tem em Sepetiba (Zona Oeste), onde cria mais de 200.
– Tenho pastor alemão, golden retriver... é uma covardia o que fazem – reclama.
Criação
A dona-de-casa Cátia Panes Lins, 41, entregou vários cachorros a Maria Antônia. Ela mesmo tem seis, três deles encontrados na Praça dos Cachorros, ponto destinado a lazer de cães no Jardim de Alah.
A líder comunitária local Gladys Nunes também achou sua cachorrinha, Morena, que morreu há um mês, na mesma praça.
No início do ano, dois cães da raça akita foram encontrados amarrados em um poste.
– Nos últimos seis meses, tive a informação de que mais de 20 cachorros foram abandonados no Jardim de Alah – conta Gladys.
A menos de um mês, um homem tentou deixar um poodle preto na praça. Após muita conversa, Cátia Panes impediu.
Os animais são amarrados nas árvores ou deixados dentro de caixas. Quando alguém os encontra, estão com fome e sede.
– Minha cachorra Joana foi achada em uma caixa, toda debilitada. A outra, a Preta, foi deixada por um mendigo – afirma Cátia.
Alguns, por sorte, conseguem ser adotados. Os dois akitas, que tinham 10 anos, por exemplo, ganharam um lar em Búzios (Região dos Lagos).
“Beber água”
Segundo Gladys, as pessoas chegam com o cachorro na praça, dizem que vão “beber água” e somem.
– Outro dia, uma mulher abandonou o cão e gritou dizendo que ele estava abandonado. Um outro me deu um husky siberiano e foi embora – afirma.
Segundo frequentadores da praça, a maioria dos que passeiam por ali têm animais que foram achados na rua.
É o caso da golden retriver Natália, de 6 anos. Ela foi amarrada a um poste por sua dona, que estava em uma loja. Por sorte, foi achada e ganhou um novo lar. Ontem, passeava pelo Jardim de Alah.
O vira-lata Pingo, hoje com 5 anos, foi encontrado ainda filhote debaixo de um carro
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