TOLERÂNCIA ZERO




Zona Sul com tolerância zero

UOP do Leblon, com guardas 24h, será inaugurada dia 27; Ipanema e Copacabana terão as suas em dezembro



Ana Claudia Costa (accosta@oglobo.com.br)

RIO - As Unidades de Ordem Pública (UOPs) da Zona Sul serão implantadas antes do Natal. A do Leblon, que deve abranger as avenidas Bartolomeu Mitre e Ataulfo de Paiva, além da Rua Dias Ferreira, será inaugurada no dia 27 de outubro. Já a de Ipanema será implantada em 5 de dezembro e a de Copacabana, no dia 20 do mesmo mês. Até agora já existem as UOPs em trechos da Tijuca e do Centro.

De acordo com o secretário especial de Ordem Pública, Alex Costa, a Rua Uruguaiana, fora da UOP do Centro, só será incluída no perímetro de tolerância zero em 2012. Até lá, serão feitas ações isoladas da Guarda Municipal para tentar coibir a ação de camelôs e o estacionamento irregular fora da área da UOP.

- Nessa região, teremos o combate comum do dia a dia, com ação pontual de guardas - explicou.

ILEGAL E DAÍ?: Carros estacionados em fila dupla e camelôs continuam sendo vistos dentro e fora da área da UOP, no Centro

Relatório sobre estrangeiros foi enviado à polícia

O secretário disse ainda que já enviou para as polícias Militar e Civil o relatório da Guarda Municipal que aponta a atuação de ambulantes estrangeiros na região da Uruguaiana. Costa admitiu que a explosão de ambulantes na área aconteceu após a inauguração da UOP do Centro.

- No ano que vem, teremos outros recortes na região do Centro. Será uma ocupação gradativa. Temos que trabalhar com inteligência nessa região, incluindo o auxílio da CET-Rio para regulamentar o estacionamento e a carga e descarga de mercadorias.

.Na segunda-feira, no Centro, fora do perímetro de tolerância zero da UOP - que compreende 70 ruas, da Avenida Rio Branco à Praça Quinze -, camelôs continuavam vendendo bolsas, roupas, óculos, chips de celulares, brinquedos, chapéus, camisetas e bonés, entre outros artigos. No trecho da Uruguaiana entre a Sete de Setembro e a Avenida Presidente Vargas os ambulantes ocupavam as calçadas, prejudicando o direito de ir e vir dos pedestres.

A ocupação da Rua Uruguaiana começa por volta das 10h. Timidamente, alguns ambulantes bolivianos, equatorianos e peruanos começam a estender suas lonas no chão. Uma hora depois, todas as calçadas já estão tomadas, fazendo com que o pedestre tenha que andar em ziguezague. Um dos ambulantes, por exemplo, estendeu sua lona em cima da grade de ventilação do metrô, na esquina da Uruguaiana com a Rua do Ouvidor.

No mercado a céu aberto em que se transformou aquele trecho do Centro, o espanhol é falado por boa parte dos ambulantes, que costumam levar para o local crianças e carrinhos de bebês. Próximo aos ambulantes, homens observam todo o movimento, como se fossem seguranças do comércio paralelo.

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