Poluição do Rio Rainha é a fonte da sujeira na Praia do Leblon
Os cariocas se acostumaram com os boletins do governo do estado sobre as condições de balneabilidade da orla: a Praia do Leblon está quase sempre imprópria para banho e são raros os dias em que as autoridades recomendam a água nas cercanias do Morro Dois Irmãos. Mas Ipanema — exceto no trecho próximo ao Jardim de Alah —, Arpoador e Copacabana, porém, ganham classificações melhores e, normalmente, têm o acesso recomendado aos banhistas. A explicação para a diferença entre Leblon e seus vizinhos, por mais que compartilhem o mesmo espelho d’água, passa pelo Rio Rainha, que, desconhecido por muitos moradores da região, desemboca no canal da Avenida Visconde de Albuquerque.
O Rainha tem dois braços principais, um começa na favela da Rocinha e o outro na região acima do Parque da Cidade. Até chegar ao canal para desaguar na Praia do Leblon, o rio, límpido na nascente, muda de cara e ganha coloração escura, espuma e o cheiro inconfundível de esgoto.
O fenômeno tem explicação: são 43 pontos irregulares de despejo de dejetos no Rainha, de acordo com mapeamento do governo do estado. O destino é um só: a Praia do Leblon.
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