Faltam banheiros públicos na orla carioca
João Pequeno, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - Ao mesmo tempo em que declara guerra ao xixi na rua e estuda uma forma de punir com multa aqueles que o fizerem, a prefeitura não disponibiliza banheiros públicos em locais com grande demanda, como as praias de Ipanema e Leblon, onde quiosques ficam abertos durante a noite e seus clientes não têm opção melhor do que ir até o mar para satisfazer suas necessidades fisiológicas, após algumas cervejas.
Em toda a orla dos dois bairros, há apenas um banheiro químico, no mirante da subida da Avenida Niemeyer, no Leblon. mesmo assim, ele funciona de forma bastante precária, como o Jornal do Brasil constatou na noite de ontem.
Em menos de meia-hora, diversos clientes se irritaram com o banheiro, instalado pela empresa Clear Channel, por fatores que iam de a descarga não funcionar ao sistema de cobrança automática engolir moedas sem abrir a porta para o uso.
Sem descarga nem luz
A estudante Yasmin Campello, 17 anos, que vinha do Méier (Zona Norte) teve a mesma impressão ao entrar no banheiro e ainda ficou literalmente no escuro ao procurar a “deixar o ambiente mais limpinho”. Ela procurou a descarga, mas não achou e, após poucos segundos, a luz se apagou.
– O que era para ser uma solução acabou virando um problema. A prefeitura é que deveria ser multada por nos fazer pagar para usar um banheiro desses – desabafou.
Uma amiga da tia dela, de 43 anos, que não quis se identificar, teve uma experiência ainda mais enervante, pois pagou os R$ 0,50 para usar o banheiro, mas a porta não abriu. Ela, então perdeu a paciência e fez xixi ao ar livre, entre o banheiro e a mureta.
Segundo o balconista Ednardo pereira da Silva, de 25 anos, que trabalha em um quiosque no mirante, a descarga costuma ser acionada automaticamente, “assim que a pessoa abre a porta para sair. Isso, quando ela está funcionando”.
Descendo a orla, a situação só piora. Nas praias Leblon e Ipanema, só há banheiros nos postos de salva-vidas do Grupamento Marítimo dos Bombeiros, que, no entanto, não funcionam depois da meia-noite, enquanto muitos quiosques permanecem abertos.
Para Renato Girardi, 28, balconista de um quiosque na Praia de Ipanema próximo ao Posto 9, restaurantes, durante o dia, e o mar, à noite, acabam sendo as saídas, “para trabalhar 10 horas por dia, sem c ondição de pagar R$ 1 no posto cada vez que precisar ir ao banheiro”.
A Secretaria do Ordem Pública (Seop) estuda uma forma para que os guardas municipais possam aplicar multar – o que não é permitido por sua condição funcional – para quem fizar xixi na rua.
De acordo com a prefeitura, não há previsão para a instalação de novos banheiros públicos nas praias de Leblon e de Ipanema.
João Pequeno, Jornal do Brasil
RIO DE JANEIRO - Ao mesmo tempo em que declara guerra ao xixi na rua e estuda uma forma de punir com multa aqueles que o fizerem, a prefeitura não disponibiliza banheiros públicos em locais com grande demanda, como as praias de Ipanema e Leblon, onde quiosques ficam abertos durante a noite e seus clientes não têm opção melhor do que ir até o mar para satisfazer suas necessidades fisiológicas, após algumas cervejas.
Em toda a orla dos dois bairros, há apenas um banheiro químico, no mirante da subida da Avenida Niemeyer, no Leblon. mesmo assim, ele funciona de forma bastante precária, como o Jornal do Brasil constatou na noite de ontem.
Em menos de meia-hora, diversos clientes se irritaram com o banheiro, instalado pela empresa Clear Channel, por fatores que iam de a descarga não funcionar ao sistema de cobrança automática engolir moedas sem abrir a porta para o uso.
Sem descarga nem luz
A estudante Yasmin Campello, 17 anos, que vinha do Méier (Zona Norte) teve a mesma impressão ao entrar no banheiro e ainda ficou literalmente no escuro ao procurar a “deixar o ambiente mais limpinho”. Ela procurou a descarga, mas não achou e, após poucos segundos, a luz se apagou.
– O que era para ser uma solução acabou virando um problema. A prefeitura é que deveria ser multada por nos fazer pagar para usar um banheiro desses – desabafou.
Uma amiga da tia dela, de 43 anos, que não quis se identificar, teve uma experiência ainda mais enervante, pois pagou os R$ 0,50 para usar o banheiro, mas a porta não abriu. Ela, então perdeu a paciência e fez xixi ao ar livre, entre o banheiro e a mureta.
Segundo o balconista Ednardo pereira da Silva, de 25 anos, que trabalha em um quiosque no mirante, a descarga costuma ser acionada automaticamente, “assim que a pessoa abre a porta para sair. Isso, quando ela está funcionando”.
Descendo a orla, a situação só piora. Nas praias Leblon e Ipanema, só há banheiros nos postos de salva-vidas do Grupamento Marítimo dos Bombeiros, que, no entanto, não funcionam depois da meia-noite, enquanto muitos quiosques permanecem abertos.
Para Renato Girardi, 28, balconista de um quiosque na Praia de Ipanema próximo ao Posto 9, restaurantes, durante o dia, e o mar, à noite, acabam sendo as saídas, “para trabalhar 10 horas por dia, sem c ondição de pagar R$ 1 no posto cada vez que precisar ir ao banheiro”.
A Secretaria do Ordem Pública (Seop) estuda uma forma para que os guardas municipais possam aplicar multar – o que não é permitido por sua condição funcional – para quem fizar xixi na rua.
De acordo com a prefeitura, não há previsão para a instalação de novos banheiros públicos nas praias de Leblon e de Ipanema.
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