As obras da linha 4 do metrô no bairro de Ipanema, na Zona Sul do Rio de
Janeiro, vêm causando transtornos para a vizinhança que mora no entorno e Monique Evans é um das pessoas que estão sofrendo
com as intervenções. Nesta segunda-feira (28), a ex-modelo compartilhou em sua
conta no Twitter duas fotos que mostram enormes rachaduras na
sua casa, localizada na Rua Barão da Torre.
Em março deste ano, foi nesta rua em que se abriram duas crateras, bem
perto da vila em que Monique mora. "Quando aconteceu isso, o
'tatuzão' (equipamento utilizado na escavação do subsolo) parou. E
eles já avisaram que só vão arrumar todas as casas com rachaduras quando o
'tatuzão' voltar a andar. Só que ninguém sabe quando essa obra vai
terminar", reclama ela, em conversa com Purepeople.
Monique
conta que, antes da obra, funcionários da concessionária responsável pela
implantação da linha 4 do metrô fotografaram toda sua casa. Na época, ela tinha
acabado de fazer uma obra no imóvel de três quartos, em que gastou cerca de R$
200 mil. Após as rachaduras, eles fizeram novas fotos.
"Não
cheguei nem a tirar as minhas coisas das caixas, onde havia guardado tudo por
causa da primeira obra que fiz. E, agora, vão continuar lá. Não sei quando vão
consertar tudo, mas não vou tirar os objetos para daqui a pouco ter poeirada
novamente", diz.
Segundo
Monique, as rachaduras não acontecem apenas na sua casa, como na vizinhança
também. "Em todas as janelas, há mensagens de S.O.S. Estou muito
assustada, assim como os demais moradores. Quando o tatuzão passava aqui na
frente, tremia tudo e era sempre à noite. Um horror", relembra.
A
ex-modelo diz que, além das rachaduras, o receio de surgirem novas crateras na
rua preocupa os moradores. Em março, os buracos tiveram aproximadamente quatro
metros de largura por dois metros de profundidade. "Afundou sem nada por cima,
imagina depois com carro passando? Está todo mundo apavorado", diz
Monique.
Na época
dos afundamentos em Ipanema, a concessionária responsável pela obra do metrô
informou que as rachaduras surgidas em alguns prédios não são estruturais e que
os edifícios não correm riscos, uma vez que as escavações não ocorrem sob eles.
A mesma constatação foi feita pela Defesa Civil Estadual. Ainda segundo a
concessionária, a obra é monitorada durante 24 horas por sismógrafos. A Linha 4
do metrô vai ligar a Zona Sul do Rio à Barra da Tijuca, na Zona Oeste.
(Por Anderson
Dezan)
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