Rachadura em tubulação pode ter causado buraco na praia de Ipanema
Artesão de esculturas de areia foi engolido por cratera, que tem mais de dois metros de profundidade
RIO - A Cedae encontrou uma rachadura em uma tubulação que leva esgoto ao emissário submarino de Ipanema. O vazamento, que já foi contido, pode ter causado o buraco de dois metros de profundidade onde o jovem Carlos Henrique da Silva, de 24 anos, caiu na noite da segunda-feira. Para solucionar o vazamento, técnicos da Cedae abriram uma cratera na praia. O buraco deve ser fechado ainda hoje.
Técnicos da Cedae trabalharam durante toda a terça-feira vistoriando redes auxiliares do emissário submarino. O acidente deixou o artesão machucado na parte lateral esquerda do tórax. Durante a vistoria da Cedae, outros dois buracos foram isolados para que os técnicos pudessem analisar se existia algum vazamento ou infiltração.
Carlos Henrique estava esculpindo um castelo de areia que começara a erguer há três dias quando o acidente aconteceu. Segundo ele, quando caminhava pela parte de trás da obra, ele caiu no buraco. Ele não soube explicar como a cratera se abriu.
- Eu estava trabalhando e simplesmente caí e fiquei preso. A minha sorte é que o mendigo me ajudou a sair. Eu podia ter caído lá embaixo e ser arrastado pelo água do emissário. E sabe-se lá onde eu iria parar – contou Carlos Henrique.
O artesão Carlos Pita, que trabalha junto com Carlos Henrique, deitou-se no chão e colocou um pedaço de ferro, que mede 2,1 metros, dentro do buraco. E não atingiu o fundo. No local, na altura da Rua Gomes Carneiro, havia um forte cheiro de esgoto. Carlos Henrique e Pita cercaram o local com folhas de palmeiras.
- Isso aqui está muito perigoso. Não sei se um adulto passa pelo buraco, mas com certeza uma criança sim. Aqui é Ipanema. Tanto uma criança da favela ou filho de gente rica passam por aqui. Pode acontecer uma desgraça – disse Pita.
Um funcionário da prefeitura, que pediu para não se identificar, contou que ligou para a central de atendimento da prefeitura, pelo 1746 e não conseguiu contato. Ele também disse que tentou falar com o corpo de bombeiros, mas eles responderam que esse tipo de ocorrência não é de responsabilidade da corporação.
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