GOLZINHO


Ipanema recebe campeonato de golzinho no fim de semana

Evento reúne peladeiros para disputar a tradicional brincadeira entre amigos

RENATO DE ALEXANDRINO


Praia de Ipanema recebe campeonato de golzinho neste fim de semana
DIVULGAÇÃO

RIO - Se você gosta de jogar futebol, uma coisa é certa: você já jogou golzinho. O esquema é simples e descontraído - para não dizer beirando o anárquico. A bola pode ser de papel, de meia, de qualquer coisa que tenha uma forma remotamente esférica - em alguns casos, até mesmo uma bola de futebol é utilizada! Como traves, vale tudo, desde chinelos a pedras, passando por tijolos ou mochilas. O campo pode ser a sala do apartamento, o quintal do vizinho, a rua em frente ("cuidado com os carros, menino!"). O importante é juntar os amigos e bater uma bolinha para se divertir, tentando emular aquela jogada que o camisa 10 do seu time fez no domingo anterior e evitando a qualquer custo perder um gol à la Deivid.
INFOGRÁFICO: Confira algumas regras do campeonato de golzinho
No Rio de Janeiro, com seus quilômetros e quilômetros de praias, nada mais natural que as areias fossem um palco clássico para o golzinho. Tentando organizar essa paixão nacional, será disputado neste fim de semana, em Ipanema, em frente à Rua Paul Redfern, o primeiro campeonato de golzinho do Rio. As partidas começam às 9h.
O esquema é simples: times com três jogadores, e a possibilidade de outros três reservas, disputando partidas de 15 minutos. Ninguém é goleiro, e quem ficar protegendo demais o gol é punido com um pênalti. O gol terá 1,5m de largura e 80cm de altura, e chinelos demarcarão as traves laterais, para manter a tradição.
O campeonato será disputado por 48 equipes, formadas por peladeiros e amigos. Bem no espírito do golzinho que todos conhecem.
- Sempre joguei futebol society e participo de uma pelada toda semana, no Recreio. Lá fiquei sabendo do campeonato e achei legal poder voltar a jogar na areia, pois quando era mais jovem eu jogava bastante na Praia do Pepê - conta o administrador Bernardo Zarro, 26 anos, que formou um time com dois irmãos e mais dois amigos.
- Lembro de jogar futebol quando eu tinha apenas três anos. Jogo todo domingo em um clube e, de vez em quando, brinco um pouco na praia - diz Daniel Rios, 17 anos, estudante de comunicação.
Além da punição a quem ficar tirando onda de goleiro, o campeonato tem outras regras com penalidades - afinal, até mesmo a brincadeira tem que ser um pouco organizada, senão vira balbúrdia. Por exemplo, cada equipe pode fazer apenas duas faltas. A partir da terceira, é pênalti para o outro time. Isolou a bola para fora do campo? Penalidade.
Com tantas possibilidades de pênalti, o vascaíno Bernardo só espera não repetir a jornada de Alecsandro na última terça-feira, quando o atacante desperdiçou duas penalidades no jogo contra o Alianza pela Libertadores.
- Não, não! Tem que ter cabeça fria na hora da cobrança - receitou.
Em meio à brincadeira, sempre há a competição. Ou o importante é se divertir? Daniel e Bernardo entram com visões diferentes para o evento deste fim de semana.
- Montei um time com amigos dos tempos do colégio e espero ganhar! O segredo é ter bom condicionamento físico - aposta Daniel.
- A ideia é ir para se divertir. O argumento que usei para convencer meus amigos e irmãos a participarem foi simples: no mínimo vamos pegar uma praia em Ipanema - garante Bernardo.

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