SEBASTIANA


Evento discute superlotação de blocos no carnaval de rua do Rio

Diretores de blocos e autoridades vão se reunir com moradores.

Liga defende manter percurso original dos blocos mais tradicionais.

Tássia Thum
Do G1 RJ


Ciclo de debates discute melhorias para o carnaval


de rua do Rio (Foto: Tássia Thum/G1)Diretores de blocos carnavalescos do Rio se reuniram, na noite desta sexta-feira (7), com representantes dos órgãos de turismo de Salvador e Recife, para trocar ideias e discutir melhorias para o carnaval de rua, em 2012. Entre os principais assuntos a serem debatidos estão a superlotação de alguns blocos e o deslocamento deles para outros pontos da cidade.

O secretário municipal de Turismo e presidente da Riotur, Antonio Pedro Figueira de Mello, também participou do ciclo de debates, batizado de “Desenrolando a Serpentina”.

Uma das organizadoras do encontro, Rita Fernandes, presidente da Associação Independente dos Blocos de Carnaval de Rua da Zona Sul, Santa Teresa e Centro (Sebastiana), disse que no sábado (8) haverá uma nova reunião dos diretores dos blocos de rua com integrantes das associações de moradores de bairros que reclamam dos transtornos causados pela folia. O evento, promovido pela Globo Rio, acontece no Instituto de Arquitetos do Brasil.

“Acredito que este é um momento propício para as ideias surgirem, trocar experiências com quem já faz carnaval de rua há muito tempo, além de resgatarmos a tradição dos blocos de rua”, comentou Rita, que realiza a série de debates pelo quarto ano.


O Cordão da Bola Preta antecipou o carnaval e se
apresentou no evento (Foto: Tássia Thum/G1)O diretor da Sebastiana, Nei Barbosa, enfatizou que vai defender o percurso original dos blocos mais tradicionais do Rio, como o Simpatia é quase amor, Suvaco de Cristo e Barbas. Os cortejos acontecem em Ipanema, Jardim Botânico e Botafogo, todos na Zona Sul.

“Vamos acertar o cumprimento dos horários de saída e concentração dos blocos. Estamos abertos a melhorias, para evitar o caos”, frisou Barbosa.

Moradores x foliões
O secretário de Turismo do Rio, Antonio Pedro Figueira de Mello, disse que o importante é chegar a um consenso para garantir mais conforto ao folião e aos moradores das áreas por onde passam os blocos.

“O mais importante é adequar a quantidade de blocos, espalhando-os pela cidade, olhando a capacidade de carga de cada bairro. O nosso objetivo é superar e melhorar a festa a cada ano, com o intuito de promover a harmonia entre todos os envolvidos”, disse o secretário.

Intercâmbio carnavalesco
O presidente da Empresa de Turismo de Salvador (Saltur), Cláudio Tinoco, prometeu trazer ao encontro experiências do carnaval baiano, principalmente em relação à oferta de serviços públicos, como transporte, segurança, limpeza e saúde. Segundo Tinoco, a folia de rua em Salvador é composta por quase 300 entidades carnavalescas, entre blocos de afoxé, estrelas da axé music e camarotes nos principais circuitos.

“Vou colocar em pauta algumas questões de organização do espaço, inspeção dos trios elétricos, captação de patrocínio privado para o carnaval de rua e campanhas de conscientização para que se evite, por exemplo, o xixi na rua. Acho importantíssimo esse intercâmbio entre as três principais cidades de carnaval de rua do país”, concluiu Tinoco.

Após o debate, o Cordão da Bola Preta antecipou o clima de carnaval, tocando marchinhas tradicionais. A Orquestra Leviana também se apresentou no final da noite.

Serviço:
Debate: 'A cidade é nossa em fevereiro?'
Instituto dos Arquitetos do Brasil
Rua do Pinheiro, 10, Flamengo
Horário: no sábado (7), das 18h às 22h30; no domingo (8), das 14h às 22h30

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