Com as bênçãos do Choque de Ordem
Fiscais cobram R$ 15 para liberar venda de camarão na Praia de Ipanema, dizem ambulantes
Fiscais cobram R$ 15 para liberar venda de camarão na Praia de Ipanema, dizem ambulantes
O Globo, com a colaboração do leitor Bruno Salles Barreto
RIO - Ressuscitaram o camarão. O crustáceo está de volta às praias cariocas - e de bandeja, como antigamente. Apesar de a prefeitura ter proibido a comercialização do quitute, em decreto que vigora desde 2009, vendedores ambulantes afirmam pagar R$ 15 por dia aos fiscais do Choque de Ordem na Zona Sul, que fazem vista grossa. Assim, tanto o camarão como o queijo coalho, banidos desde o verão de 2010, retornam, na surdina, às areias do Rio.
No último final de semana, o leitor Bruno Barreto conversou com um vendedor de queijo na Praia de Ipanema, que admitiu o suborno:
"Percebi uma grande movimentação de ambulantes com tabuleiros de alimentos proibidos neste fim de semana. Quando resolvi comprar um queijo coalho, perguntei ao vendedor se a prática havia sido autorizada. Ele me respondeu que não, mas que pagava R$ 15 aos fiscais do Choque de Ordem para circular em Ipanema. O queijo foi assado em uma churrasqueira - que também é proibida - e ele saiu tranquilo, oferecendo seu produto pela praia".
De acordo com o decreto que regulamentou o Choque de Ordem nas praias, é proibido comercializar alimentos em palito, como o camarão e o quejo coalho. A justificativa é que esses produtos estragam facilmente quando expostos ao calor e podem causar males à saúde dos consumidores. Se pego em flagrante, o comerciante teria a mercadoria apreendida. Não há pena prevista para quem compra o produto.
A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) prometeu apurar a denúncia de que fiscais estariam cobrando propina de ambulantes. Se os índicios forem comprovados, será aberto um processo administrativo. Uma vez identificado o desvio, o servidor pode até mesmo ser exonerado, de acordo com o órgão.
A secretaria informou que a fiscalização do Choque de Ordem na Praia de Ipanema é feita por 56 homens nos finais de semanas, entre agentes de controle urbano e guardas municipais.
Enquanto o camarão e o queijo coalho permanecem à margem do paladar de banhistas, dois bastiões das praias cariocas passaram ao largo das restrições impostas pelo Choque de Ordem: a água de coco e o mate de galão. Os itens foram retirados da lista de proibições após reclamações dos cariocas.
RIO - Ressuscitaram o camarão. O crustáceo está de volta às praias cariocas - e de bandeja, como antigamente. Apesar de a prefeitura ter proibido a comercialização do quitute, em decreto que vigora desde 2009, vendedores ambulantes afirmam pagar R$ 15 por dia aos fiscais do Choque de Ordem na Zona Sul, que fazem vista grossa. Assim, tanto o camarão como o queijo coalho, banidos desde o verão de 2010, retornam, na surdina, às areias do Rio.
No último final de semana, o leitor Bruno Barreto conversou com um vendedor de queijo na Praia de Ipanema, que admitiu o suborno:
"Percebi uma grande movimentação de ambulantes com tabuleiros de alimentos proibidos neste fim de semana. Quando resolvi comprar um queijo coalho, perguntei ao vendedor se a prática havia sido autorizada. Ele me respondeu que não, mas que pagava R$ 15 aos fiscais do Choque de Ordem para circular em Ipanema. O queijo foi assado em uma churrasqueira - que também é proibida - e ele saiu tranquilo, oferecendo seu produto pela praia".
De acordo com o decreto que regulamentou o Choque de Ordem nas praias, é proibido comercializar alimentos em palito, como o camarão e o quejo coalho. A justificativa é que esses produtos estragam facilmente quando expostos ao calor e podem causar males à saúde dos consumidores. Se pego em flagrante, o comerciante teria a mercadoria apreendida. Não há pena prevista para quem compra o produto.
A Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) prometeu apurar a denúncia de que fiscais estariam cobrando propina de ambulantes. Se os índicios forem comprovados, será aberto um processo administrativo. Uma vez identificado o desvio, o servidor pode até mesmo ser exonerado, de acordo com o órgão.
A secretaria informou que a fiscalização do Choque de Ordem na Praia de Ipanema é feita por 56 homens nos finais de semanas, entre agentes de controle urbano e guardas municipais.
Enquanto o camarão e o queijo coalho permanecem à margem do paladar de banhistas, dois bastiões das praias cariocas passaram ao largo das restrições impostas pelo Choque de Ordem: a água de coco e o mate de galão. Os itens foram retirados da lista de proibições após reclamações dos cariocas.
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