TODOS RECLAMAM,MAS..........


Não pode


'Ilegal. Eu?': Cariocas fazem vista grossa ao crime de pirataria



RIO - Fim da tarde de terça-feira no Centro do Rio. De terno e gravata, um advogado deixa o Fórum e vai comprar um DVD do show de Roberto Carlos no Maracanã. Ele para na banca de um camelô e paga R$ 10. Apesar de admitir aos repórteres do GLOBO ter consciência de que está fazendo algo errado, o advogado não demonstra arrependimento. E apresenta uma desculpa na ponta da língua.



Você compra CDs e DVDs piratas?



- É um absurdo que um DVD como esse custe R$ 40 numa loja. Sei que há a questão da sonegação de impostos, mas a gente nem sabe se eles vão ser aplicados direito pelo governo. É, estou dando um desfalque no Rei - reconhece o profissional da lei. Hábito alimenta indústria ilegal
O que pode parecer uma atitude inocente na verdade alimenta uma grande indústria ilegal. Uma pesquisa realizada em 2008 pelo Ibope, a pedido da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos e da Associação Nacional pela Garantia dos Direitos Intelectuais (Angardi), estimou em R$ 272 milhões por ano o prejuízo na arrecadação de impostos decorrente do comércio ilegal, somente na cidade do Rio. No Brasil, o rombo chega a R$ 18,6 bilhões anuais.
No Rio, a pesquisa do Ibope mostrou que 13% das pessoas compram produtos piratas sempre. Aqueles que têm esse hábito às vezes ou raramente são 60% dos entrevistados. O levantamento mostrou ainda que 81% dos cariocas consultados concordaram ao serem perguntados se, ao comprar produtos piratas, estão colaborando com a sonegação de impostos. A sondagem revelou uma contradição: 63% disseram, no entanto, que não se sentem mal ao comprarem uma falsificação.

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