A nova onda do Posto 9 é a de crimes
Caio de Menezes, Jornal do Brasil
RIO - O pôr-do-sol do Posto 9 de Ipanema já não pode ser apreciado com a mesma paz. Todos os dias, nesse horário, são frequentes os ataques a transeuntes, como adiantou Hildegard Angel em sua coluna de sexta-feira, no Jornal do Brasil
Os assaltos são realizados na orla por um grupo de quatro a sete menores que, munidos de pedaços de pau, facas, cacos de vidro e até de um espeto enrolado em papel, aproveitam-se para agir nos momentos seguintes ao horário de saída dos agentes da Guarda Municipal da orla de Ipanema, às 18h. A reportagem foi ao local e presenciou a ação do grupo na hora esperada. Os rapazes foram prontamente identificados pelos comerciantes e trabalhadores da região como os responsáveis pelos ataques denunciados pela colunista.
A ação dos ladrões obedece um padrão. As vítimas são preferencialmente mulheres, estrangeiras e, se possível, idosas. Celulares, relógios, aparelhos de MP3, joias, máquinas fotográficas e câmeras de filmar estão entre os alvos mais visados.
Os comerciantes da areia da praia estão preocupados com a repetição dos acontecimentos, pois temem que isso possa assustar a clientela. Mesmo com medo, a estudante de comunicação Elisa Tepedino, de 19 anos, afirma que não altera sua rotina, apesar de saber dos casos de violência.
– Sei que existe esse grupo de pivetes assaltando as pessoas na orla, em qualquer hora do dia, mesmo com a praia cheia. Semana passada soube de três casos, e isso me assusta muito. Mas não vou deixar de viver e curtir o pôr-do-sol por causa da violência.
O porteiro de um prédio, que preferiu não se identificar por medo de represálias, contou que o Posto 9 está diferente de outras épocas, quando os casos não eram tão recorrentes. O mesmo funcionário teve um parente assaltado esta semana e presenciou a invasão da cabine da PM abandonada, na esquina da Avenida Vieira Souto com a Rua Vinícius de Moraes, por um morador de rua.
– Este era o melhor pedaço da Praia de Ipanema. Agora é o pior. Todos os dias esses pivetes assaltam alguém. Anteontem, eles colocaram uma faca na garganta de meu sobrinho e levaram seu relógio e celular. Outro dia, um morador de rua passou a noite na cabine abandonada da PM.
Novos métodos
Já o manobrista de um hotel na orla não se surpreende mais com a ação deste grupo de menores. O que, segundo ele, mudou de uns tempos para cá foi a forma como os assaltos têm sido cometidos.
– É todo o dia um assalto aqui por perto. Antes eles passavam de bicicleta e puxavam as coisas das pessoas. Hoje eles andam com pedaços de pau, facas e cacos de vidro. A violência é maior. Sem falar nos hóspedes do hotel, que quando deixam suas coisas na areia para mergulhar no mar tem seus pertences roubados.
Está degradante a situação de Ipanema atualmente. O poder público ao invés de melhorar a situaçao de quem sempre pagou seus impostos, luz e etc, põe casa nova e dá o direito de posse dos terrenos dos morros a moradores de favela.
ResponderExcluirCitando um fato ocorrido ontem, eu e minha namorada voltávamos de um restaurante, imaginando estarmos seguros pelos menos dos carros, derrepente, no meio da calçada escuto uma buzina. Era um motoqueiro e seu carona buzinando pra nós em cima da calçada pedindo passagem! Sem comentários, né?
Enfim, estamos inquestionavelmente jogados as baratas!