LIVRO LANÇADO

Livro lançado no Rio retrata a evolução eleitoral brasileira


20 de setembro de 2012 • 10h37 • atualizado às 10h59


O cientista político Jairo Nicolau lançou o livro "Eleições no Brasil - Do Império aos dias atuais" na livraria da Travessa, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro



Foto: Mônica Garcia/Especial para Terra


O cientista político Jairo Nicolau lançou na noite da última quarta-feira, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro, o livro "Eleições no Brasil - Do Império aos dias atuais", que retrata a evolução do processo eleitoral no País ao longo de quase 200 anos. Segundo ele, a obra foge do lugar comum dos outros trabalhos escritos sobre pleitos eleitorais, já que detalha as regras que nortearam as eleições do império até hoje, e não se debruça em mostrar questões que geralmente são abordadas como os bastidores das campanhas, o perfil dos candidatos ou do eleitorado. Para Nicolau, as eleições brasileiras são as mais transparentes do mundo e a urna eletrônica foi uma das principais ferramentas para legitimar esse processo.


"Eu considero as nossas eleições como uma das melhores do mundo. Eu arriscaria dizer que hoje somos os melhores. Temos pequenos deslizes, pequenos problemas, que a legislação está sempre correndo atrás, mas na média nós temos mais que celebrar o nosso sistema de eleições. A urna eletrônica acabou praticamente com as fraudes de votação e apuração e a logística são exemplares", afirmou o autor. Segundo ele, o livro foi feito e pensado para atingir todos os cidadãos brasileiros e não somente os estudiosos ou acadêmicos, pois está ancorado em um trabalho mais abrangente e de fácil entendimento.



"O propósito é o grande público. Ele tem notas, pesquisa acadêmica, mas não é um livro que foi escrito para ser lido pelos colegas da academia. Ele tem uma pretensão de atingir um público maior. Essa é uma história que precisava ser contada. Com a minha formação de cientista político tentar comparar a experiência eleitoral no Brasil, não é só comparar o Brasil com outros países, mas comparar os diversos momentos da historia político-brasileira e tentar dar um sentido a esse processo todo", disse Nicolau.



Diminuição do coronelismo

Para o autor, que também é professor titular do departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), tanto o Nordeste como o Sul ou o Centro-Oeste fazem parte da mesma logística eleitoral que o Brasil vive. Porém, o fato de algumas cidades ficarem distantes dos centros urbanos podem ocasionar problemas do tempo do Brasil Colônia, onde algumas fraudes eleitorais ainda podem acontecer, como a corrupção em alguns pleitos eleitorais.



"Acho que no interior do Nordeste hoje o coronelismo é muito menor. O tempo está passando as normas estão se universalizando, o controle público está melhorando e a própria urna eletrônica ajudou nesse controle. Acho que a principal distinção no Brasil são as eleições nas cidades maiores, as cidades mais urbanas, com população maior, e o campo. Desde a colônia é difícil um controle nessas regiões mais afastadas dos centros urbanos", ressaltou.



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