Ipanema denuncia volta da gangue da bicicleta
Moradores de Ipanema informaram a este blog que a gangue da bicicleta voltou a atuar no bairro. Além de ser um dos mais charmosos da cidade, o bairro de Ipanema tem moradores tão diligentes com a questão da segurança que criaram há algum tempo o Projeto de Segurança Ipanema, que tem um blog, no qual publicam os problemas do bairro. Integrantes do projeto me informaram que estão preocupados com a volta da gangue formada por adolescentes que passam de bicicleta atacando pedestres e fazendo arrastão pelas ruas do bairro com alta concentração de turistas.
A gangue da bicicleta começou a agir em Ipanema em 2004, tendo idosos como principal alvo. A polícia chegou a prender alguns dos integrantes, até que o problema ganhou contornos trágicos com a morte, em julho de 2004, da médica Rose Mary Haddad, atropelada na Avenida Vieira Souto por um carro enquanto fugia de ciclistas.
A preocupação dos moradores de Ipanema faz sentido. O GLOBO publicou ontem reportagem mostrando que há um clima de insegurança também na Zona Sul, uma das regiões mais bem policiadas do Rio. Segundo a reportagem publicada no jornal, três casos de violência ocorridos na semana passada deixaram assustados motoristas que passavam pela Lagoa e pelo Leblon — duas das áreas supostamente mais bem policiadas da cidade. Um dos episódios aconteceu por volta das 17h de quinta-feira, na altura da Fonte da Saudade, próximo ao acesso ao Túnel Rebouças. A empresária Anna Clara Hermann foi rendida por dois homens armados enquanto tentava estacionar o carro. Os bandidos, que estavam de moto, arrancaram um cordão do pescoço da vítima e ainda levaram sua bolsa, com cartões de crédito e dois celulares.
Como antecipou a jornalista Lu Lacerda em seu blog na internet, Anna registrou o assalto na 14a DP (Leblon). A empresária contou que ficou paralisada com a ação dos bandidos. Ela disse que o piloto da moto apontou a arma para a sua cabeça enquanto o carona desembarcou e, com outro revólver, quebrou o vidro do lado do passageiro. Outros motoristas ficaram imóveis diante da ação rápida dos criminosos.
— Eles (os ladrões) gritavam o tempo todo: “Quer morrer? Quer morrer?”. Entrei em pânico e fiquei paralisada, porque tive medo de eles atirarem. Já ouvi outros casos de pessoas que foram assaltadas e o bandidos atiraram, porque queriam resolver logo a situação — disse Anna, que se recupera em casa de do-
res musculares provocadas pela tensão do assalto.
A empresária contou o caso a amigos e soube de outras histórias de pessoas assaltadas por motociclistas armados:
— Considerava a Lagoa um lugar seguro, mas agora vejo que não é bem assim. Soube de outros assaltos praticados por motociclistas na Lagoa.
Um dia antes do ataque a Anna, motociclistas assaltaram outra pessoa na Rua Dias Ferreira, no Leblon. A vítima, um empresário do ramo da moda, também foi rendida com um revólver apontado para a cabeça.
Na sexta-feira passada, mais violência na Lagoa. Um casal foi abordado por outro casal, no estacionamento dos quiosques do Parque dos Patins. As vítimas, que pediram para não ser identificadas, disseram que o ataque ocorreu por volta das 20h. Segundo o motorista, o assalto só não foi concretizado porque ele
arrancou com o carro. Ele disse que os criminosos estavam armados com um pistola, mas não atiraram. “A Lagoa está abandonada. Não íamos lá há muito tempo”, escreveu uma das vítimas num e-mail a amigos.
Em nota, o comandante do 23 BPM (Leblon), coronel Frederico Caldas, disse que os assaltos a motoristas têm apresentado queda este mês. O coronel afirmou que esse “tipo de delito já foi identificado e todas as medidas para inibir essa prática foram tomadas”. Segundo ele, estão sendo realizadas diariamente, em parceria com a prefeitura, operações com o objetivo de identificar e prender assaltantes. “Além do policiamento normal, estão sendo utilizadas seis otos, mais duas viaturas fazendo ronda, policiamento a pé
e com bicicletas. Em consequência, em agosto houve redução expressiva desses delitos”, disse, sem citar estatísticas.
Hoje O GLOBO publica nova reportagem mostrando que de oito cabines da PM, cinco delas estavam vazias. Uma delas, na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa - um dos bairros mais nobres da cidade - virou depósito de ambulantes. A data do calendário deixado na cabine entrega o período em que ela deixou de ser ocupada. A desativação das cabines é uma decisão de cada batalhão da PM. Não há uma orientação política por parte do comando. A Secretaria de Segurança investiu na implantação até de cabines blindadas, em locais como a Avenida Atlântica na esquina com a Princesa Isabel e na Avenida Maracanã. Este blog já publicou um vídeo , em novembro de 2008, mostrando o abandono de uma cabine da PM na Praça General Osório, no coração de Ipanema.
A gangue da bicicleta começou a agir em Ipanema em 2004, tendo idosos como principal alvo. A polícia chegou a prender alguns dos integrantes, até que o problema ganhou contornos trágicos com a morte, em julho de 2004, da médica Rose Mary Haddad, atropelada na Avenida Vieira Souto por um carro enquanto fugia de ciclistas.
A preocupação dos moradores de Ipanema faz sentido. O GLOBO publicou ontem reportagem mostrando que há um clima de insegurança também na Zona Sul, uma das regiões mais bem policiadas do Rio. Segundo a reportagem publicada no jornal, três casos de violência ocorridos na semana passada deixaram assustados motoristas que passavam pela Lagoa e pelo Leblon — duas das áreas supostamente mais bem policiadas da cidade. Um dos episódios aconteceu por volta das 17h de quinta-feira, na altura da Fonte da Saudade, próximo ao acesso ao Túnel Rebouças. A empresária Anna Clara Hermann foi rendida por dois homens armados enquanto tentava estacionar o carro. Os bandidos, que estavam de moto, arrancaram um cordão do pescoço da vítima e ainda levaram sua bolsa, com cartões de crédito e dois celulares.
Como antecipou a jornalista Lu Lacerda em seu blog na internet, Anna registrou o assalto na 14a DP (Leblon). A empresária contou que ficou paralisada com a ação dos bandidos. Ela disse que o piloto da moto apontou a arma para a sua cabeça enquanto o carona desembarcou e, com outro revólver, quebrou o vidro do lado do passageiro. Outros motoristas ficaram imóveis diante da ação rápida dos criminosos.
— Eles (os ladrões) gritavam o tempo todo: “Quer morrer? Quer morrer?”. Entrei em pânico e fiquei paralisada, porque tive medo de eles atirarem. Já ouvi outros casos de pessoas que foram assaltadas e o bandidos atiraram, porque queriam resolver logo a situação — disse Anna, que se recupera em casa de do-
res musculares provocadas pela tensão do assalto.
A empresária contou o caso a amigos e soube de outras histórias de pessoas assaltadas por motociclistas armados:
— Considerava a Lagoa um lugar seguro, mas agora vejo que não é bem assim. Soube de outros assaltos praticados por motociclistas na Lagoa.
Um dia antes do ataque a Anna, motociclistas assaltaram outra pessoa na Rua Dias Ferreira, no Leblon. A vítima, um empresário do ramo da moda, também foi rendida com um revólver apontado para a cabeça.
Na sexta-feira passada, mais violência na Lagoa. Um casal foi abordado por outro casal, no estacionamento dos quiosques do Parque dos Patins. As vítimas, que pediram para não ser identificadas, disseram que o ataque ocorreu por volta das 20h. Segundo o motorista, o assalto só não foi concretizado porque ele
arrancou com o carro. Ele disse que os criminosos estavam armados com um pistola, mas não atiraram. “A Lagoa está abandonada. Não íamos lá há muito tempo”, escreveu uma das vítimas num e-mail a amigos.
Em nota, o comandante do 23 BPM (Leblon), coronel Frederico Caldas, disse que os assaltos a motoristas têm apresentado queda este mês. O coronel afirmou que esse “tipo de delito já foi identificado e todas as medidas para inibir essa prática foram tomadas”. Segundo ele, estão sendo realizadas diariamente, em parceria com a prefeitura, operações com o objetivo de identificar e prender assaltantes. “Além do policiamento normal, estão sendo utilizadas seis otos, mais duas viaturas fazendo ronda, policiamento a pé
e com bicicletas. Em consequência, em agosto houve redução expressiva desses delitos”, disse, sem citar estatísticas.
Hoje O GLOBO publica nova reportagem mostrando que de oito cabines da PM, cinco delas estavam vazias. Uma delas, na Avenida Epitácio Pessoa, na Lagoa - um dos bairros mais nobres da cidade - virou depósito de ambulantes. A data do calendário deixado na cabine entrega o período em que ela deixou de ser ocupada. A desativação das cabines é uma decisão de cada batalhão da PM. Não há uma orientação política por parte do comando. A Secretaria de Segurança investiu na implantação até de cabines blindadas, em locais como a Avenida Atlântica na esquina com a Princesa Isabel e na Avenida Maracanã. Este blog já publicou um vídeo , em novembro de 2008, mostrando o abandono de uma cabine da PM na Praça General Osório, no coração de Ipanema.
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