Explosões para ampliação do metrô começam na quinta-feira em Ipanema, para ligar Linha 1 até a 4
Luiz Ernesto Magalhães (luiz.magalhaes@oglobo.com.br)
RIO - O governo do estado começa na quinta-feira a fazer detonações em rochas do Morro do Pavão-Pavãozinho, para levar a Linha 1 do metrô, da Praça General Osório, em Ipanema, até a Gávea, onde ela se conectará à Linha 4 (Barra-Zona Sul). Os trabalhos, que fazem parte do pacote de obras para os Jogos de 2016, envolvem a abertura de uma via de serviço, para que os operários construam uma expansão da Estação General Osório. As explosões acontecerão duas vezes ao dia, nos intervalos de circulação das composições.
Obras devem ficar prontas em dezembro de 2015
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, confirmou ontem que as seis novas estações (Jardim Oceânico, São Conrado, Gávea, Praça Antero de Quental, Jardim de Alah e Nossa Senhora da Paz) e a expansão da General Osório estarão prontas em dezembro de 2015, para entrar em testes e estar em funcionamento nas Olimpíadas.
O túnel de serviço será escavado no Morro do Pavão-Pavãozinho a partir de um canteiro de obras montado na esquina das ruas Professor Gastão Baiana e Barata Ribeiro, em Copacabana. O gerente de Obras da Riotrilhos, Marco Antônio Lima Rocha, explicou que as novas instalações serão construídas oito metros abaixo da estrutura hoje existente. Pelos novos trilhos passarão os trens que seguirem para a Barra ou retornarem de lá.
- É a melhor solução, já que as obras de expansão estão sendo feitas numa cidade já consolidada. Uma alternativa seria expandir os trilhos a partir da estação já existente. Mas, nesse caso, teríamos um custo elevado para desapropriar imóveis na Rua Barão da Torre (em Ipanema) - disse Marco.
O túnel de serviço terá 220 metros e, após o término das obras, servirá como saída de emergência da Linha 1. A expectativa é que as obras terminem até dezembro. Também com o uso de dinamite, na etapa seguinte, que levará dois anos, operários avançarão 500 metros na rocha para construir a nova estação da Praça General Osório.
- Acreditamos que os passageiros podem nem perceber a trepidação das explosões. As detonações provocarão uma trepidação inferior à que é possível perceber quando um trem do metrô passa por alguns pontos da cidade - acrescentou o gerente da Riotrilhos.
Obras da segunda etapa terão escavadeira gigante
A extensão da estação General Osório é fundamental para dar início a uma outra etapa da ampliação. Para isso, a Secretaria estadual de Transportes está concluindo as especificações técnicas para comprar uma escavadeira gigante, a Tunnel Boring Machine (TBM), conhecida também como Shield.
O equipamento, que no Brasil é usado na expansão do metrô de São Paulo, será responsável por escavar o túnel até a Gávea. As escavações no trecho entre as estações do Jardim Oceânico e da Gávea começaram a ser feitas no ano passado.
- O equipamento será fabricado sob medida, para atender às condições de solo do Rio. Boa parte dessas escavações será feita dentro d'água, no lençol freático - explicou Marco Rocha.
O secretário Júlio Lopes acrescentou que, no primeiro trimestre de 2013, quando a montagem da escavadeira gigante tiver sido concluída, a estrutura das demais estações já deverá estar pronta.
- O que esse equipamento fará é abrir caminho para interligar as novas estações - disse o secretário de Transportes.
Polêmica sobre traçado ainda não acabou
As obras em Ipanema são retomadas sem que a polêmica sobre o traçado da Linha 4, que envolve moradores da Zona Sul e da Barra da Tijuca, tenha chegado ao fim. Um grupo defende uma rota alternativa ao traçado previsto para o trecho Barra-Ipanema. Ao chegar à estação da Gávea, em vez de seguir pela Linha 1, a Linha 4 seria expandida até o Centro, passando por Jardim Botânico, Humaitá e Laranjeiras.
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, voltou a defender o traçado que será executado. Mas disse que, após as escavações, o Shield será posicionado na Gávea de forma a permitir que, depois de 2016, novas escavações sejam feitas para a rede metroviária.
- A opção que escolhemos terá uma demanda de 240 mil passageiros por dia. Na rota alternativa, 120 mil usuários seriam transportados - argumentou o secretário.
Para as obras de ampliação da estação General Osório e o pagamento de 30% dos custos da fabricação do Shield, há cerca de R$ 330 milhões assegurados. Falta ainda definir de onde virão os recursos para prosseguir com as obras até a Gávea. A Fundação Getúlio Vargas, contratada pelo estado para os estudos de ampliação da Linha 1, ainda não fechou o orçamento. Mas a estimativa é que os gastos podem chegar a R$ 5 bilhões.
- Ainda estamos negociando empréstimos tanto com o BNDES quanto com a Agência Francesa de Desenvolvimento - disse Lopes.
O túnel de serviço será escavado no Morro do Pavão-Pavãozinho a partir de um canteiro de obras montado na esquina das ruas Professor Gastão Baiana e Barata Ribeiro, em Copacabana. O gerente de Obras da Riotrilhos, Marco Antônio Lima Rocha, explicou que as novas instalações serão construídas oito metros abaixo da estrutura hoje existente. Pelos novos trilhos passarão os trens que seguirem para a Barra ou retornarem de lá.
- É a melhor solução, já que as obras de expansão estão sendo feitas numa cidade já consolidada. Uma alternativa seria expandir os trilhos a partir da estação já existente. Mas, nesse caso, teríamos um custo elevado para desapropriar imóveis na Rua Barão da Torre (em Ipanema) - disse Marco.
O túnel de serviço terá 220 metros e, após o término das obras, servirá como saída de emergência da Linha 1. A expectativa é que as obras terminem até dezembro. Também com o uso de dinamite, na etapa seguinte, que levará dois anos, operários avançarão 500 metros na rocha para construir a nova estação da Praça General Osório.
- Acreditamos que os passageiros podem nem perceber a trepidação das explosões. As detonações provocarão uma trepidação inferior à que é possível perceber quando um trem do metrô passa por alguns pontos da cidade - acrescentou o gerente da Riotrilhos.
Obras da segunda etapa terão escavadeira gigante
A extensão da estação General Osório é fundamental para dar início a uma outra etapa da ampliação. Para isso, a Secretaria estadual de Transportes está concluindo as especificações técnicas para comprar uma escavadeira gigante, a Tunnel Boring Machine (TBM), conhecida também como Shield.
O equipamento, que no Brasil é usado na expansão do metrô de São Paulo, será responsável por escavar o túnel até a Gávea. As escavações no trecho entre as estações do Jardim Oceânico e da Gávea começaram a ser feitas no ano passado.
- O equipamento será fabricado sob medida, para atender às condições de solo do Rio. Boa parte dessas escavações será feita dentro d'água, no lençol freático - explicou Marco Rocha.
O secretário Júlio Lopes acrescentou que, no primeiro trimestre de 2013, quando a montagem da escavadeira gigante tiver sido concluída, a estrutura das demais estações já deverá estar pronta.
- O que esse equipamento fará é abrir caminho para interligar as novas estações - disse o secretário de Transportes.
Polêmica sobre traçado ainda não acabou
As obras em Ipanema são retomadas sem que a polêmica sobre o traçado da Linha 4, que envolve moradores da Zona Sul e da Barra da Tijuca, tenha chegado ao fim. Um grupo defende uma rota alternativa ao traçado previsto para o trecho Barra-Ipanema. Ao chegar à estação da Gávea, em vez de seguir pela Linha 1, a Linha 4 seria expandida até o Centro, passando por Jardim Botânico, Humaitá e Laranjeiras.
O secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, voltou a defender o traçado que será executado. Mas disse que, após as escavações, o Shield será posicionado na Gávea de forma a permitir que, depois de 2016, novas escavações sejam feitas para a rede metroviária.
- A opção que escolhemos terá uma demanda de 240 mil passageiros por dia. Na rota alternativa, 120 mil usuários seriam transportados - argumentou o secretário.
Para as obras de ampliação da estação General Osório e o pagamento de 30% dos custos da fabricação do Shield, há cerca de R$ 330 milhões assegurados. Falta ainda definir de onde virão os recursos para prosseguir com as obras até a Gávea. A Fundação Getúlio Vargas, contratada pelo estado para os estudos de ampliação da Linha 1, ainda não fechou o orçamento. Mas a estimativa é que os gastos podem chegar a R$ 5 bilhões.
- Ainda estamos negociando empréstimos tanto com o BNDES quanto com a Agência Francesa de Desenvolvimento - disse Lopes.
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