Ipanema num domingo à noite - Medo e Vergonha

Por volta das 19:30 deste domingo, esta foi a triste constatação da Rua Visconde de Pirajá:

1- Na esquina com Vinicius de Moraes, hippies usando a estreita calçada em frente à Padaria Martinica para fazer e vender suas bugigangas.

2- Mais à frente, na loja MNG, uma família montou um "quarto" para os 2 bebês do jovem casal, que mora na rua. Além deles, um velho bêbado e outro menor assustando e tentando obter dinheiro dos passantes.

3- Ainda antes da Farme, uma "reunião" em frente a um prédio, onde uns 8 elementos se reuniam para beber, comer e usar drogas.

4- Na esquina da Farme, 2 camelôs vendendo suas quinquilharias impediam a passagem das pessoas. Ainda na mesma esquina, incrivelmente após mais de 1 ano, os sinais de pedestres ainda não foram recolocados, mas os pinos de metal das bases ainda estão lá oferecendo riscos a quem anda.

5- O momento mais deplorável é no quarteirão entre Farme de Amoedo e Teixeira de Melo. Do lado direito, mais de 20 BARRACAS DE CAMÊLOS, sem nenhuma preocupação de serem incomodados. Do lado esquerdo, ladrões travestidos de flanelinhas extorquindo dinheiro dos motoristas e pedestres.

Para resumir, em apenas 2 quadras na Visconde de Pirajá, contou-se aproximadamente 30 pontos de venda de camelôs e mais de 30 moradores de rua! Estas duas quadras são, também, muito escuras. A iluminação está toda danificada há muito tempo. Medo, vergonha, revolta. É isso que sentimos quando andamos por Ipanema num domingo à noite.

Durante o tempo desta pesquisa, NENHUM carro de polícia, nenhum guarda municipal, nenhum agente de segurança. Todos de folga, numa escala que há tempos criticamos. Todos esperando para que novas tragédias aconteçam. Os responsáveis pela administração pública e os moradores que nada fazem para melhorar suas vizinhanças deveriam estar envergonhados hoje.