Quem foi à praia ontem, dia 24, recebeu seu presente de Natal adiantado.
A água estava morna, como é raro se ver nessa época, tradicionalmente de águas geladas. E transparente: era possível ver o fundo com clareza. O mar estava calmo como uma piscina.
Por algum motivo a praia estava vazia. Consequentemente, a areia estava limpa.
Um pai, surpreso com o que via, arriscou levar o seu filho de 4 anos para um mergulho nas pedras do Arpoador. Novas surpresas: com a maré baixa o mar dava pé até lá no fundo, perto das pedras. Com o menino no colo, ele descobre um minúsculo trecho de areia branca entre as rochas - uma mini praia, parecendo virgem, intocada. Segurando o menino pela mão ele sobre, evitando as algas e as conchas nas pedras, e fica de pé na areia, olhando o mar.
Na sua frente as pedras do Arpoador, a água azul cristalina do mar, e no fundo, lá em frente, o morro Dois Irmãos e a Pedra da Gávea.
Uma pequena praia de areia branca. Um mar azul transparente. Uma visão de ilhas tropicais em pleno Rio de Janeiro.
Ele volta devagar, com água pelo peito, o garoto no colo, e cruza com um turista mineiro que traz, pendurado na mão, um enorme siri, capturado na beira da praia. Para devolver ao mar, às águas fundas.
Abençoada seja essa cidade, é a única coisa que ele consegue pensar, abençoado seja esse pedaço de natureza que eu vou preservar para os meus filhos, custe o que custar.
Feliz Natal para todos.
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