UNIDADE DE ORDEM PÚBLICA

Novos guardas

UOP: Leblon terá reforço contra desordem em um mês; região da Uruguaiana continuará sem fiscalização adicional


Emanuel Alencar (emanuel.alencar@oglobo.com.br)

RIO - Enquanto moradores do Leblon serão beneficiados com uma Unidade de Ordem Pública (UOP) já no próximo mês, comerciantes do Largo da Carioca e da Uruguaiana, no Centro, terão que esperar pelo menos seis meses para que haja reforço no efetivo da Guarda Municipal na área. Ao fazer um balanço dos primeiros cinco dias de operação da UOP do Centro - que atua entre a Praça Quinze e a Avenida Rio Branco -, o secretário municipal da Ordem Pública, Alex Costa, disse na sexta-feira que "não há hipótese" de se ampliar, até o fim do ano, a atuação dos guardas. Entretanto, garantiu as unidades do Leblon, de Ipanema e de Copacabana ainda em 2011.

O secretário confirmou que a UOP do Leblon será instalada em outubro na Praça Nossa Senhora Auxiliadora, em frente ao Hospital Miguel Couto. O efetivo será de 250 guardas municipais. Em novembro será a vez de Ipanema ganhar 250 agentes - a sede ficará no mesmo local da unidade do Leblon. Já Copacabana ganhará em dezembro sua UOP, que deverá ter cerca de 300 guardas patrulhando as ruas 24 horas por dia. A sede ficará na antiga cabine da Guarda Municipal da Rua Bambina, em Botafogo.

Alex Costa classificou de positivo o balanço dos primeiros dias de atuação dos 420 guardas da UOP do Centro. Ele admitiu estar havendo migração de ambulantes para a região da Uruguaiana, mas ressaltou que a ampliação do perímetro de tolerância zero para aquela região só pode ocorrer com planejamento e ação conjunta com a PM e outros órgãos de segurança pública.

Migração de camelôs está sendo monitorada


O secretário municipal da Ordem Pública, Alex Costa, explicou na sexta-feira que a área da Unidade de Ordem Pública (UOP) do Centro - que inclui 70 ruas - foi escolhida por abranger instituições financeiras e empresas de grande porte.

- Tínhamos que começar por algum trecho. Sabemos que existe a migração dos camelôs (das áreas cobertas pela UOP para as ruas que ainda não estão sob a responsabilidade da unidade), e estamos monitorando esses movimentos. Neste momento, porém, não dá para falar em ampliação da UOP do Centro. Não vai acontecer este ano - disse.

Choque de ordem na Tijuca deve sofrer mudanças


O modelo de choque de ordem na Tijuca - que recebeu a primeira UOP - também deve mudar, acrescentou Alex Costa. A prefeitura estuda ampliar a área de atuação dos guardas municipais no bairro. Existe ainda a possibilidade de deslocamento dos agentes da Tijuca para outras regiões. A unidade do bairro tem 180 guardas municipais, que patrulham uma área abrangendo a Praça Saens Peña, a Praça Varnhagem, a Avenida Maracanã, as ruas Barão de Mesquita, Conde de Bonfim, Maxwell e outras vias próximas.

- Atuamos com planejamento. Não é chute. Não jogamos um monte de guardas no meio da rua e ponto final. É um processo lento e gradual, de mudança de comportamento - afirmou o secretário.

Duas ruas tinham 27 carros estacionados ilegalmente


Na sexta-feira, a primeira com atuação da UOP do Centro, O GLOBO flagrou 27 carros parados irregularmente na Rua Buenos Aires - entre a Avenida Rio Branco e a Primeiro de Março - e na Rua da Alfândega.

.No momento em que os repórteres percorriam a Alfândega, por volta das 16h30m, uma equipe da Guarda Municipal chegou ao local. Alguns proprietários, ao verem a fiscalização, correram para retirar seus veículos. Muitos se disseram surpresos com as multas e tentaram negociar com o inspetor Gerson Neto. Em vão.

- Não estou aqui para perseguir ninguém, mas não tem mais essa de jeitinho brasileiro. Ou o cidadão está certo ou está errado - afirmou o inspetor, enquanto autuava 14 veículos. - Depois reclamam, dizendo que existe a indústria da multa. Estacionamento irregular é o maior desafio da UOP do Centro - observou.

Somente na sexta-feira foram aplicadas cem multas por estacionamento irregular e 17 veículos foram rebocados no Centro. O secretário da Ordem Pública disse esperar que, a exemplo do que ocorreu na Tijuca, o número de registros policiais no Centro caia 35% nos próximos meses.

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