METRÔ

Metrô cancela teste na estação de Ipanema

Thiago Feres, Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO - Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estação do metrô General Osório, em Ipanema (Zona Sul), será inaugurada na próxima segunda-feira, às 15h. Nesta sexta-feira, porém, um dos seus últimos testes foi cancelado, devido a problemas de circulação de trens em outras estações.
– Já fizemos muitos outros testes, não teremos a inauguração prejudicada por conta disso – disse o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes.
De acordo com a empresa Metrô Rio, concessionária que administra o serviço, foram investidos R$ 419 milhões na construção, que vai atender cerca de 80 mil usuários diariamente, 20 mil deles são considerados passageiros novos no sistema.
A grande novidade da nova estação é a acessibilidade. Serão 12 elevadores, 17 escadas rolantes e outras seis esteiras rolantes.
– Na última semana, nós recebemos um grupo de deficientes que nos ajudaram a testar as dependências da estação – destacou o gerente da obra, o engenheiro Eduardo D'aguiar. – Os elevadores auxiliam os cadeirantes desde a entrada da estação até a plataforma. O objetivo da concessionária é instalar mais elevadores em outras estações. Largo do Machado e Catete, por exemplo, já estão com as estruturas construídas.
A estação General Osório possui três plataformas e passa a ser a terceira maior entre todas as existentes, perdendo apenas para Estácio e Carioca. Foram necessários mais 800 metros de trilhos para avançar da estação Cantagalo até a General Osório.
– Usamos mais de 300 toneladas de dinamite e uma média de mil funcionários desde abril de 2007 – lembra Eduardo D'Aguiar.
A inauguração, no entanto, não será completa. Apenas três das quatro entradas serão abertas ao público na próxima segunda-feira: as das ruas Jangadeiros e Sá Ferreira e a da Praça General Osório, onde o presidente Lula deverá fazer o discurso de inauguração. O acesso pela Rua Teixeira de Melo só será aberto a partir de abril de 2010.
Bilhete Único aprovado
O secretário Júlio Lopes informou nesta sexta-feira que aprovou o bilhete único intermunicipal no estado ao valor de R$ 4,40 com validade de duas horas.
– O passageiro poderá fazer apenas uma integração dentro do Rio se vier de uma condução intermunicipal – explicou.
Problema operacional causa transtornos e fecha estação
Dois problemas, um em cada linha do metrô, tumultuaram a manhã de muitos usuários do sistema. O primeiro deles ocorreu na garagem dos trens, ainda de madrugada, quando um equipamento de manutenção descarrilou e impediu que algumas composições entrassem em circulação.
O problema fez com que os trens não circulassem no trecho entre as estações Cardeal Arcoverde e Cantagalo.
No início da manhã, apenas 17 das 33 composições estavam operando, dez delas na linha 2, o que gerou longos intervalos.
– Esse acontecimento é raro, mas evidencia os problemas existentes no serviço – destacou o presidente do Sindicato dos Metroviários, Rubens Foligno.
Pouco depois, por volta das 8h40, um trem parou entre as estações Thomaz Coelho e Vicente de Carvalho. O carro foi rebocado e a estação da Pavuna precisou fechar as portas e suspender a venda de bilhetes por cerca de 30 minutos, o que gerou protestos.
– Da Pavuna até o Estácio, costuma demorar cerca de 40 minutos e a viagem durou 1h40 – disse um usuário que não se identificou.
De acordo com a Metrô Rio, os dois incidentes vão ser apurados.
O secretário Júlio Lopes classificou o problema como pontual.
– Esse problema ocorre em qualquer estação de metrô do mundo. Nosso problema só será totalmente solucionado com a chegada dos novos trens em dezembro do ano que vem – frisou.

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