CHOQUE DE ORDEM



Choque de ordem

Bethlem ameaça multar os infratores que causam acidentes e tumultos nas ciclovias

Publicada em 25/01/2009 às 23h53m

Rogério Daflon

RIO - A ciclovia de Ipanema, o alemão Jonas Hagen tirava fotos do banco de sua bicicleta, sem reparar o transtorno à sua volta. Perguntado por que ele não se preocupava com a possibilidade de causar um acidente, foi rapidamente para o calçadão e se mostrou veloz também na autocrítica:
- Errei. Moro em Munique e lá já tomei duas multas na ciclovia, por estar na contramão. Lá a aplicação da lei é mais rígida do que aqui.
O secretário de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, quer um Rio à moda de Munique nas ciclovias. Segundo ele, a Guarda Municipal tem feito intenso trabalho para orientar o comportamento das pessoas na pista:
- Espero que as pessoas tomem consciência. Mas, se o quadro atual não mudar, aplicaremos a lei.
E, pela lei de 1995, a Guarda Municipal pode, dependendo da infração, fazer a remoção e apreensão do veículo e multar no valor de até dez Unifs, o que equivale a R$ 266,87.
- Mas nunca uma muita foi aplicada nas ciclovias do Rio - diz José Lobo, da ONG Transporte Ativo .
A impunidade, assim, é a resposta para a desordem. No domingo, na ciclovia do Recreio, Patrícia Seabra levava seu filho num carrinho de bebê. Pela lei, além das bicicletas, nas ciclovias só são permitidas pessoas com patins e skate ou fazendo Cooper. No Rio, caminhadas são vetadas, à exceção da pista da Lagoa, compartilhada por ciclistas e andarilhos

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