PRAIA DE IPANEMA


Delegacia móvel em Ipanema segue sem registro de ocorrências policiais

Mau tempo deixa movimento baixo, mas policiamento intensivo é mantido.
Efetivo policial foi elevado de 140 para 600 homens na orla.

Daniel Silveira Do G1 Rio

Mau tempo deixa praia de Ipanema vazia na manhã deste domingo (24) (Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)Mau tempo deixa praia de Ipanema vazia na manhã deste domingo (24) (Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)
O tempo nublado e a garoa fina afastou banhistas e deixou o movimento na orla de Ipanema pouco intenso na manhã deste domingo (24). Mas, foi mantido o efetivo de 600 PMs e guardas municipais que, desde esse sábado,  patrulham a praia para coibir os arrastões registrados nos dois últimos feriados. Entre ontem e hoje, segundo a Polícia Civil, nenhuma ocorrência policial foi registrada na delegacia móvel instalada no Arpoador.
Delegacia móvel é instalada no Arpoador para atender eventuais vítimas de furtos e roubos (Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)Delegacia móvel é instalada no Arpoador para
atender eventuais vítimas de furtos e roubos
(Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)
O ônibus que abriga a delegacia conta com a presença permanente de escrivãos e agentes da Polícia Civil para atendimentos de eventuais vítimas de criminalidade. A unidade é apta para funcionar como uma delegacia tradicional e mesmo o registro de perda de documentos, por exemplo, pode ser registrado nela. Desde a manhã desse sábado (23), nenhuma ocorrência foi registrada, segundo inspetor da subchefia operacional da unidade, Waldecyro Barros.

"É importante deixar claro que todo efetivo da Polícia Civil que está aqui é extraordinário, ou seja, ninguém foi deslocado de lugar algum para ficar aqui", garantiu Waldecyro. No sábado, a população reclamou que várias regiões ficaram desprotegidas para o aumento do efetivo na orla da Zona Sul. A PM nega a desproteção.
Mau tempo favorece policiamento
Moradora de Ipanema, a empresária Sirlene Sanches, 43, diz não ser possível avaliar se a intensificação do policiamento aumentou a segurança na região. "Com essa chuva, a praia está deserta, então não dá para saber se está mais seguro", disse. No entanto, ela critica o fato dos PMs e guardas municipais caminharem em grandes grupos pela orla e pela areia. "Eles tinham de ficar separados em duplas ou trios, para ter maior atuação", sugeriu.

A farmacêutica Emília Ottoni, 60, sugere uma ação de curto prazo para se tentar diminuir a criminalidade em Ipanema. "Tem de acabar com os pontos finais de ônibus por aqui. Eles têm de circular direto, para evitar aquela aglomeração toda", avaliou.

Já a professora Vânia Freire, 53, criticou a postura do governo do RJ frente à criminalidade. "A política é de exclusão. Estamos há anos aumentando policiamento, colocando grades nos prédios, sem resolver o problema. Não tem qualidade na educação, na saúde, não há acesso a lazer de qualidade. Que perspectivas têm esses menores (que promoveram os arrastões)? A solução tem de ser a longo prazo", ponderou.
As amigas Vânia, Emília e Sirlene criticam a segurança na Zona Sul (Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)As amigas Vânia, Emília e Sirlene criticam a segurança na Zona Sul (Foto: Daniel Silveira/G1 Rio)

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