QUE PREFEITURA !

Garota de Ipanema: um parque que não é mais cheio de graça

Local apresenta problemas de conservação e vira reduto de moradores de rua

SIMONE AVELLAR
MARCO GRILLO


O Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, apresenta novamente sinais de abandono. O espaço de 2,58 hectares, inaugurado em 1978, foi revitalizado e reconquistou frequentadores a partir de uma reforma feita pelo Instituto-E, em 2009. Na época, a entidade privada gastou cerca de R$ 700 mil no desenvolvimento de um projeto paisagístico, que incluiu serviços de drenagem e pavimentação e obras nos canteiros.
No entanto, em outubro do ano passado, o instituto deixou de investir na manutenção do local. A medida foi tomada logo após a prefeitura permitir a construção de uma pista de bicicross, apesar de o parque ser uma Área de Proteção Ambiental. A diretora do Instituto-E, Nina Braga, afirmou, na ocasião, que “os atos de vandalismo, somados à falta de apoio do governo, tornaram difíceis sua conservação”.
Numa visita ao parque, O GLOBO-Zona Sul encontrou 12 moradores de rua. Alguns consumiam drogas, e a equipe de reportagem chegou a ser abordada por um deles. A iluminação precária e a vegetação malcuidada completam o cenário de abandono.
— Com a saída do instituto, o parque voltou a ser o que era. Está sem controle — afirma Maria Amélia Loureiro, presidente da Associação de Moradores de Ipanema.
Frequentador do espaço, Maurício Medeiros diz que os problemas surgiram ainda na época da parceria público-privada. Mas, segundo ele, agora teriam piorado.
Ao ser procurada para comentar o assunto, a Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos informou que fará os reparos necessários. A Fundação Parques e Jardins também prometeu vistoriar o parque. Já o Instituto-E preferiu não se manifestar.

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