SONHAR É POSSÍVEL


SONHO DE ARQUITETO

Projeto de profissionais cariocas cria sistema de transporte aquático na Lagoa e torre para a Ilha de Cotunduba

Publicada em 06/08/2010 às 23h04m

Ludmilla de Lima

RIO - Se depender da criatividade de arquitetos brasileiros e internacionais, a paisagem do Rio e a vida dos cariocas será bem diferente a partir de 2014. A escolha da cidade como sede da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 vem estimulando uma profusão de projetos, alguns viáveis, outros nem tanto. No primeiro caso está, por exemplo, a proposta da dupla de arquitetos João Pedro Backheuser e Leonardo Lattavo, com escritórios na Zona Sul, que cria um sistema de transporte aquático na Lagoa Rodrigo de Freitas. O objetivo é encurtar o tempo de viagem entre os bairros de Ipanema, Leblon, Jardim Botânico, Humaitá e Gávea, além de oferecer uma nova opção de lazer num dos mais belos pontos da cidade.

Segundo a proposta, entregue à prefeitura e a empresas privadas, a circulação seria feita por barcos a motor (táxis aquáticos), com embarque e desembarque de passageiros em sete estações: na altura do Jardim de Alah, da Rua Maria Quitéria, do Parque do Cantagalo, do Túnel Rebouças, do Parque Lage, do Clube Piraquê e do Parque dos Patins.

O projeto inclui ainda a criação de um bar flutuante. A dupla que inventou o sistema espera que o município compre a ideia. A prefeitura, afirmam os arquitetos, ainda não respondeu se há interesse em executar o projeto.

Os criadores ainda não sabem dizer quanto custaria a sua implementação, nem que barcos poderiam ser utilizados. Esses e outros detalhes ainda dependem de estudos de viabilidade. Mas os arquitetos ressaltam o caráter sustentável do plano, cuja proposta é usar equipamentos não poluidores para o transporte.

Mais extravagante é a proposta do estúdio Rafaa Design, em Zurique, na Suíça, do arquiteto Rafael Schmidt. O projeto, que prevê uma torre, batizada de Solar City Tower, na Ilha de Cotunduba, próxima ao Leme, foi criado para participar de um concurso internacional de caráter apenas acadêmico, promovido pela empresa Arquitectum, especializada em competições de arquitetura, em 2008, em parceria com a Universidade Estácio de Sá. O projeto não ganhou o concurso, mas vem circulando na internet e causando polêmica.

Segundo Schmidt, a proposta é servir como ponto turístico, símbolo de boas-vindas para quem chega ao Rio pelo ar e pelo mar e ainda como geradora de energia para a vila olímpica e parte da cidade, seguindo a filosofia do "edifício-máquina". Isso seria feito por meio de painéis para a captação de energia solar. Haveria ainda uma cascata no lado externo, com água do mar, que geraria energia à noite. O local teria ainda anfiteatro, café, um terraço de observação e uma plataforma para saltos de bungee jump.

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