RESCALDO

Rescaldo

No rastro dos blocos, alegrias e reclamações

Laura Antunes e Luiz Ernesto Magalhães

RIO - Mesmo com a visível melhoria na infraestrutura - aumento de 400% no número de banheiros químicos, repressão ao comércio ambulante e rigor maior no controle do trânsito -, a passagem de 465 blocos (em 645 desfiles) pela cidade ainda deixou um rastro de reclamações de moradores dos bairros onde houve a maior concentração de foliões, como Ipanema, Leblon, Laranjeiras, Gávea e Santa Teresa. O gigantismo dos blocos - calcula-se que tenham arrastado três milhões de foliões contra os 2,5 milhões previstos - fez com que a prefeitura já anuncie uma redução no número deles em 2011. Mas, para os moradores dos bairros afetados, não é o suficiente.

É preciso melhorar, por exemplo, a circulação viária. Mesmo com a presença de operadores da Cet-Rio, a paralisação do trânsito em Ipanema e Leblon se refletiu em outros pontos da cidade, pois os dois bairros ligam a Zona Sul à Barra da Tijuca. Laranjeiras e Santa Teresa praticamente tiveram o trânsito interrompido. A própria Sebastiana (liga dos blocos de Santa Teresa e da Zona Sul) anuncia a realização, em abril, de um seminário para discutir a organização do carnaval com as autoridades.
- O sucesso dos blocos faz com que os foliões cresçam em progressão geométrica. Temos que discutir com as autoridades como enfrentar a situação - afirma Rita Fernandes, presidente da Sebastiana.

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