VERÃO 2010



Verão

Proibição de venda de coco na areia das praias gera polêmica

O Globo

RIO - A água da fruta pode ser doce, mas a decisão da prefeitura de proibir a venda de coco verde nas areias das praias do Rio está deixando um gosto amargo na boca dos cariocas. Na manhã de ontem, banhistas que aproveitaram o feriado de sol na orla da Zona Sul não pouparam críticas em relação à medida, que está em fase de regulamentação e deve começar a valer assim que forem instaladas as novas barracas da orla, a partir de 1 de dezembro. Somente os quiosques terão licença para vender o produto, que poderá ser consumido na areia.

Quem está acostumado ao conforto de ser servido pelos barraqueiros diz que não terá coragem de ir ao calçadão, debaixo do sol escaldante, comprar coco:

- Não deveria sair essa proibição. Acho uma arbitrariedade. Se tiver que ir ao quiosque, eu não vou - disse a aposentada Wilma Brito, na Praia de Ipanema.

A proibição é uma iniciativa do Comitê Gestor da Orla, coordenado pela Secretaria de Meio Ambiente, que apresenta duas justificativas para a decisão: preservar a saúde dos consumidores e evitar o acúmulo de lixo nas praias. De acordo com a Comlurb, as cascas de coco respondem a 60% do volume diário de lixo recolhido nas areias. Na alta temporada, são retiradas de 60 a 70 toneladas das praias nos dias de semana; nos sábados e domingos, de cem a 180 toneladas.

Segundo a prefeitura, em vez de vender o fruto ao natural, as barracas poderão vender água de coco em caixinha ou garrafa. Os quiosqueiros também serão orientados a servir o produto em copos plásticos.

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