GASTRONOMIA


Em plena Ipanema, no Rio de Janeiro, o wine bar La Botella, de Enrique Thiengo, evoca as tradicionais casas de vinho da Europa. E, por mais inusitado que pareça, tem dado certo. Lá se vão 12 anos desde a inauguração da casa. “Numa cidade onde a cultura de vinho apenas estava começando, inaugurar o La Botella em 2001 foi arriscado, mas valeu a pena nosso pioneirismo”, diz Enrique, que comemora o 12º aniversário com novo cardápio.

Sim, porque, nem só de vinho vive La Botella, afinal, a inspiração do dono foram os cafés, bistrôs e bares de tapas que vendem, além de vinhos, bebidas diversas, sanduíches e pratos com comidinhas simples e bem elaboradas, servidas em pequenas porções.

Entre os novos itens estão os sanduíches de pastrami com berinjela, queijo parmesão, alface e tomate (R$ 18,90), de presunto royale com alface, tomate seco e queijo gruyére (R$ 18,90) e de salmão defumado, com alface, cebolas, alcaparras e molho de raiz forte no pão preto (R$ 29).

Para breliscar, tem o brie gratinado servido com geleia de damascos e castanhas (R$ 30), raclete de viande de Grison, acompanhado de batatinhas portuguesas em conserva (R$ 30) e a polentinha surpresa, recheada com queijos gorgonzola e brie (R$ 28).
O wine bar, que dispõe de mais de 600 rótulos de vinhos do mundo inteiro e destilados, tem também a chacurterie, cantinho que reúne frios especiais, pastinhas feitas na casa e queijos que o freguês pode levar para casa. “Somos uma espécie de deli e bistrô, uma conveniência-chique. Queremos que as pessoas se sintam à vontade para comprar nossos produtos para viagem ou degustar lá mesmo”, afirma Enrique.
La Botella
Rua Paul Redfern,72 – Ipanema.
Tel.: (21) 2512-8614
De segunda a sexta-feira, das 10h às 22h. e aos sábados, das 10h às 19h

CONVOCAÇÃO !

CONVOCAÇÃO A TODOS OS MORADORES E CARIOCAS :

Produção do RJ-TV me ligou hoje, e farão REPORTAGEM DO DOMINGO AS 13:00 HRS NA PRAÇA..SOBRE A DESTRUIÇÃO DA PRAÇA !!! sobre a retirada das árvores, perícia e sobre a falta de transparência de todo este processo. A repórter me disse que pediu ao Governo do Estado para que mostrem à equipe do RJ-TV quais foram as árvores retiradas, como foi tudo feito e que os levassem também ao lugar onde elas estariam sendo “ replantadas” à espera do término da obra. O Governo ainda não tinha atendido à solicitação .
Por favor, precisamos de ter um grupo grande !!! VAMOS TODOS QUE AMAM IPANEMA..A PRAÇA NS PAZ..E O RIO DE JANEIRO..E SUA NATUREZA QUE ESTÁ SENDO DESTRUIDA PELA GANÂNCIA DE POLÍTICOS QUE NÃO ANDAM DE METRÔ !!!!!!!!!!!

Ignez

MAIS BURACOS

HENRIQUE DUMOMD COM VISCONDE

foto de Marilia

REUNIÃO




            A próxima reunião do Projeto de Segurança de Ipanema será, SEGUNDA FEIRA,  dia 18/03 às 18hs. no Colégio Notre Dame .

           
PAUTA

Ação no TJ-RJ –andamento,  estratégias futuras e perspectivas

Total de recursos disponíveis - Sylma


Audiência pública sobre a ocupação  das praias da Zona Sul – Ipanema

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NAS TELAS


Vendedores ambulantes da Praia de Ipanema nas telas

  • Do ‘Hare Burguer’ ao mate de galão, o diretor paulistano Joaquim de Castro produz curta-metragem documental sobre a atividade
CATHARINA WREDE (·

De sol a sol. “Bom dia, Ipanema” reúne depoimentos de 15 profissionais da praia, como Marcelo, do mate de galão
Foto: Divulgação
De sol a sol. “Bom dia, Ipanema” reúne depoimentos de 15 profissionais da praia, como Marcelo, do mate de galão Divulgação
RIO — Os vendedores ambulantes labutam de sol a sol na praia de Ipanema desde que Leila Diniz causou furor ao aparecer grávida de biquíni em pleno Posto 9, nos anos 1960, mas o mérito de ter registrado a peregrinação escaldante dos profissionais da faixa de areia — e suas sofisticadas estratégias de venda — é de um paulistano. Mais precisamente de Joaquim de Castro. Sócio da produtora Na Laje Filmes, o diretor documentou, no ainda inédito curta-metragem “Bom dia, Ipanema”, a história e a rotina de 15 trabalhadores que ganham o pão onde a maioria dos cariocas se alimenta de Biscoito Globo.
— O que me chamou a atenção, fora a extroversão dos vendedores, foram duas características interessantes: o marketing próprio, a forma que eles encontraram de se destacar naquela praia tão concorrida; e o caráter empreendedor — explica Joaquim, 31 anos de praia no currículo. — Acho muito fácil sair de casa e pensar: vou vender açaí, mate, mas eles são verdadeiros guerreiros que vivem debaixo do sol vendendo alegria. Queria ver, se os personagens da Disney estivessem sob aquele sol, se estariam acenando o bracinho.
Frequentador assíduo do Posto 9 e arredores de 2006 a 2012 — período em que cursou a Escola de Cinema Darcy Ribeiro concomitantemente com a faculdade de psicologia na PUC-Rio —, Joaquim se viu desestimulado com a breve carreira de ator que pensou seguir quando veio morar no Rio. Foi refletindo num fim de tarde em Ipanema, mate de galão em punho, que o diretor decidiu produzir o filme e as entrevistas.
Não foi fácil. Por incrível que pareça, o curta de 15 minutos precisou de um ano para ser feito. Acostumado com a velocidade frenética da Av. Paulista, Joaquim precisou se curvar ao raciocínio lógico carioca: vendedor ambulante só sai de casa para trabalhar quando dá praia. E só dá praia quando faz sol.
— O filme foi rodado em doses homeopáticas, não adiantava forçar a barra. Esse foi o maior desafio. Mas todos eles foram muito disponíveis — sublinha.
Por “todos eles” entendem-se 15 profissionais dos mais sortidos quitutes praianos. Desde o rapaz do intergaláctico “Hare Burguer”, Rafael (“que não tem nada de alucinado ou maluquete, é um garoto super esperto”, garante Joaquim) até o modesto Mário, criador da “melhor mousse do Rio de Janeiro”, segundo o próprio slogan, passando pelo Marcelo, do onipresente mate de galão.
Com lançamento previsto para meados de abril, “Bom dia, Ipanema” — que ainda está sendo finalizado — vai percorrer o circuito de festivais brasileiros e internacionais, como garante o diretor. É por isso que, por enquanto, YouTube nem pensar.
— Alguns festivais exigem que o filme não vá para a internet antes de concorrer.
O documentário é o segundo filme de Joaquim. O paulistano estreou na direção em “Cuidado ao atravessar a rua” (2009), curta de ficção cuja história gira em torno de um jovem que descobre que seu pai biológico — que ele nunca conheceu — vai tocar como DJ em uma festa na praia (ela de novo).
De volta a São Paulo por conta da produtora e da pós-graduação em psicologia na USP com ênfase em sexualidade — tema em que Joaquim se diz muito interessado —, ele ainda não sabe quando retoma seu lugar ao sol em Ipanema.
— Mas é claro que quero voltar. Louco é quem diz que não gostaria de morar no Rio.




PRAÇA DA PAZ





Rio, 15/03/2013

Seguem os últimos movimentos relativos à ação judicial sociedade x Governo do Estado e Concessionária Rio Barra a respeito das obras para a construção de metrô N. Sra. da Paz.

Dia 25/03 o juiz da 3a. Vara de Fazenda Pública nos deu uma liminar onde garante o direito da população à perícia judicial para definir se o método proposto por nós ( subterrâneo), preservando desta forma o patrimônio ambiental, histórico, cultural, social, pilar da sustentabilidade de nosso bairro e seu pulmão , seria viável ou não. A liminar não se refere à paralisação ou não das obras. Entramos com recurso pedindo que  juiz se manifeste a este respeito.

Dia 4/03 – Foi julgado o agravo regimental proposto pela nossa advogada Dra. Regina Carquejo pedindo o restabelecimento integral da primeira liminar que pedia a paralisação das obras assim como a perícia judicial. Nós entramos com este agravo por verificarmos que como o governo tinha conseguido autorização para a continuação das obras, ele aproveitando este gancho resolve ignorar completamente que a perícia também está mantida, e começa a destruição da praça, cortando as árvores e, impedido desta forma que uma decisão judicial ( perícia) se realize.O órgão Especial do TJ-RJ por unanimidade recusou o nosso agravo e manteve a decisão anterior de autorização para a continuação das obras, assim como a manutenção da perícia.

A juíza da 14ª Vara ainda não se pronunciou a respeito do nosso pedido de redução dos custos da perícia ( R$ 158.000,00 )  e seu parcelamento.

A decisão do grupo, de acordo com a proposta de nossa advogada, é de continuar fazendo uso de todos os recursos disponíveis para nós.
É claro que é muito triste ver a nossa praça sendo destruída e sem necessidade, pois se a obra fosse feita de acordo com as nossas sugestões não haveria necessidade de se tirar uma só folha de árvore. É pelo nosso patrimônio tombado, ambiental, social, histórico, cultural, pilar da sustentabilidade e pulmão do nosso bairro, que estamos lutando ferozmente.
Um abraço,
Ignez

VAZAMENTO



Motoristas devem ter cuidado com buracos em Ipanema, Zona Sul do Rio

Vazamento de água abriu buracos na Rua Redentor.
No cruzamento com a Rua Aníbal de Mendonça há outra cratera na rua.


Um vazamento de água provocou um buraco em Ipanema, na Zona Sul do Rio. O problema acontece na Rua Redentor, na altura da Rua Garcia D’Ávila.
Em outro ponto, no cruzamento com a Rua Aníbal de Mendonça, existe outro buraco, que está cercado por uma tela de proteção. Motoristas que passam pelo local devem dirigir com cuidado, pois parte da via está interditada.
tópicos:

LAGOA


Lagoa Rodrigo de Freitas sofre mortandade de peixes

  • Chuvas que atingiram a cidade nos últimos dias seriam a causa

DIEGO BARRETO (EMAIL

Funcionários da Comlurb e da Rio Águas retiram os peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas
Foto: Marcelo Carnaval / O Globo
Funcionários da Comlurb e da Rio Águas retiram os peixes mortos da Lagoa Rodrigo de Freitas Marcelo Carnaval / O Globo
RIO - As forte chuva que atingiu o Rio na madrugada de segunda-feira provocaram a mortandade de peixes na Lagoa Rodrigo de Freitas. Nesta terça-feira equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAC), da Rio Águas e da Comlurb passaram o dia no local recolhendo os animais mortos.
De acordo com a SMAC as chuvas intensas dos últimos dias levaram uma grande quantidade de matéria orgânica para a Lagoa. Essa matéria, em decomposição, absorve o oxigênio dissolvido que mantém a vida aquática afetando os peixes. As espécies de peixes encontradas na Lagoa nesta terça-feira foram Majubinhas, Savelhas e Acarás, que são consideradas mais frágeis.
O recolhimento dos peixes mortos está sendo feito por 12 garis com o apoio de três catamarãs.


GENTE PODRE












DESTRUIÇÃO


Rio

Árvores vão abaixo na Nossa Senhora da Paz e assustam passantes

"Nós moradores queríamos a preservação da praça, o que não está ocorrendo", lamenta Sonia Castrioto

Jornal do BrasilCaio Lima*
A derrubada de árvores na Praça Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, por conta das obras da Linha 4 do metrô, continua tirando o sossego e até assustando moradores, trabalhadores e pessoas que passam pelo local. Nesta segunda-feira (11), pelo menos três árvores foram abaixo.
“Estava saindo da Casa e Vídeo (que fica em frente à praça, na Avenida Visconde Pirajá) e tomei um susto com a árvore sendo cortada do nada. É um absurdo porque estão tirando muito mais árvore do que foi dito na apresentação do projeto. O que nós moradores do bairro queríamos é a preservação da praça, o que não está ocorrendo. Não há necessidade de uma estação imensa”, afirmou a design de objetos e moradora do bairro, Sonia Castrioto.

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A derrubada de árvores nesta segunda-feira (11), por conta das obras da Linha 4 do metrô, assustou pessoas que transitavam pelo local Fotos: Vítor Silva / Jornal do Brasil
De acordo com a agente de turismo Wania Carvalho, que trabalha em um dos prédios ao redor da Nossa Senhora da Paz, “é derrubada uma árvore por dia, em média”.
“Se não é diariamente, eles cortam quatro em um dia e ficam uns quatro ou cinco dias sem cortar. Mas isso é consequência. O problema é que não precisava de metrô aqui, mas já que é para fazer, que fosse bem feito, com preservação. Tenho história e fotos na praça desde a infância e, quando a olhei pela primeira vez após o início das obras, fiquei chocada”, criticou Wania.
Segundo a design, moradores de Ipanema, componentes do grupo Projeto de Segurança Ipanema, estão arrecadando dinheiro para contratar um perito para saber se as retiradas das árvores são, de fato, necessárias.
“Não podem cortar nada sem o aval do perito da obra. Mas o perito está do lado deles. Por isso estamos nos unindo para contratar um de fora da concessionária. Com uma sacola plástica, foram arrecadados R$ 10 mil em apenas um dia”, disse ela.
Liminar na Justiça
Ainda de acordo com Wania, existiria uma liminar na Justiça que impede a derrubada de árvores no local. O Jornal do Brasil tentou entrar em contato com a advogada que representa os interesses do grupo Projeto de Segurança Ipanema para saber mais detalhes do assunto, mas as chamadas não foram atendidas.
Outra que se assustou com a derrubada das árvores foi a dona de casa Maria da Conceição, que caminhava para buscar o filho na escola, durante a ação dos operários.
“Realmente assustador. Você passa pela calçada e, de repente, galhos e troncos vão abaixo. Na hora do corte, tinha uma fita isolando uma parte da calçada, prejudicando quem passava pelo local. Outro fator negativo dessa obra é o bafo quente na praça sem as árvores, o que não é bom para as crianças” afirmou a dona de casa.
Segundo outro morador, o jornalista Gilberto Menezes Côrtes, a desvastação chegou ao ponto de acabar com a sombra na calçada da praça, no trecho entre a Joana Angélica e o portão central da rua Barão da Torre. "Tudo porque as dezenas de Figueiras da Índia que dão sombra em volta da praça estão sendo atacadas por uma praga que pode dizimá-las. É uma espécie de musgo que vai asfixiando os brotos das árvores, provocando a queda dos galhos podres. O estrago maior é justamente no trecho devastado do interior da praça. Quem circula ao redor da praça deve fazê-lo com cuidado: muitos galhos mortos estão caindo com o peso da água das chuvas recentes sobre o bolo de troncos podres e musgo", recomenda.

PRAÇA DA PAZ


Este é um retrato de como está nossa querida praça N S da Paz, um canteiro de obras , sem verde, de doer o coração

foto de Wania C.

PRAÇA DA PAZ !


VÁRIAS ÁRVORES ESTÃO SENDO ASSASSINADAS AGORA NA PÇA DA PAZ NA RUA BARÃO DA TORRE 348 Á 350! 11/03/2013 9:55
beto fotógrafo

MORTE NA PRAIA


urista suíço morre na Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio

Anton Küng, de 68 anos, passou mal quando estava na parte rasa do mar.
De acordo com banhistas, não havia salva-vidas no local.

Do G1 Rio


O turista suíço Anton Küng, de 68 anos, morreu na tarde deste sábado (9), na Praia de Ipanema, Zona Sul do Rio, como mostrou o RJTV. Küng passou mal quando estava na parte rasa do mar, na altura do Posto 9.
De acordo com banhistas, não havia salva-vidas no local e o socorro demorou cerca de meia hora para chegar.
Em nota, o Corpo de Bombeiros declarou que o estrangeiro foi imediatamente atendido por salva-vidas que estavam na praia. Em seguida, eles chamaram a ambulância, que chegou cerca de três minutos após ser acionada.

ILEGAL E DÁ ??


Ilegal. E daí? Ciclistas, corredores e skatistas disputam espaço na orla sem respeitar as regras

  • Organização desses espaços públicos, no entanto, é alvo de quatro leis e decretos, dois deles de 1995
  • Bagunça predomina no lazer de fim de semana

ISABELA BASTOS(


Pedestres, corredores, ciclistas e skatistas se misturam na área de lazer lotada de Avenida Vieira Souto, em Ipanema: mesmo quando há regras, elas não são obedecidas, e não existe punição para os infratores
Foto: Marcelo Carnaval / O Globo
Pedestres, corredores, ciclistas e skatistas se misturam na área de lazer lotada de Avenida Vieira Souto, em Ipanema: mesmo quando há regras, elas não são obedecidas, e não existe punição para os infratores Marcelo Carnaval / O Globo
RIO — Era para ser um passeio de sábado com amigos. Mas o dia acabou na mesa de operação do Hospital Miguel Couto. Pedalando uma bicicleta de aluguel pela ciclovia da Lagoa, a estudante Giovanna Santa Rita Zoccoli, de 16 anos, foi atropelada por outro ciclista em alta velocidade. Mais velho e de cabelos grisalhos, o homem não parou para socorrê-la. E a jovem, desmaiada (com traumatismo craniano, como ficaria constatado mais tarde), foi levada à emergência por PMs. O acidente lança luz sobre a desordem urbana, a falta de educação e um crescente problema de convivência entre usuários de ciclovias e áreas de lazer da Zona Sul.
O GLOBO percorreu a orla nos dois últimos fins de semana e viu de tudo um pouco: dezenas de ciclistas rodando fora das pistas preferenciais; motos na área de lazer; skatistas e patinadores fazendo manobras arriscadas em meio a idosos e mães com carrinhos de bebês; e pedestres andando na ciclovia, ocupada irregularmente também por catadores de latinhas e entregadores de gelo, bebidas e quentinhas. Embora a organização desses espaços públicos seja alvo de quatro leis e decretos, dois deles de 1995, no vaievém de bikes, skates e tênis apressados, uma regra parece bem clara: ninguém fica no seu quadrado, e a bagunça predomina no lazer de fim de semana. Poucos foram os agentes da Secretaria municipal de Ordem Pública avistados percorrendo a ciclovia e a área de lazer.
— Minha filha nasceu de novo em janeiro passado. Ela pedalava junto com dois primos e o irmão, todos com idades entre 10 e 16 anos. Em certo momento, deu meia-volta para buscar o menor, que tinha ficado para trás. Foi quando aconteceu o acidente. Se estivesse de capacete, talvez não tivesse machucado tanto a cabeça. Mas as pessoas não podem correr na ciclovia do jeito como estão — reclama a mãe de Giovanna, Paula Zoccoli.
“Não respeitam a área de lazer”
Para tentar dar uma dimensão ao problema do mau uso das áreas públicas, O GLOBO fez uma contagem informal do número de ciclistas, skatistas e patinadores em circulação nas áreas de lazer da orla. No Leblon, em dez minutos, foram contabilizados 13 ciclistas, 16 skatistas e um patinador passando, por volta das 10h30m, pela pista fechada aos carros. Tudo em meio a crianças brincando, pessoas fazendo exercícios e idosos passeando.
Em Ipanema, às 11h20m do mesmo domingo de sol, foram vistos 17 skates, 11 bicicletas (sendo uma delas elétrica) e cinco patins na área de lazer. Em Copacabana, por volta do meio-dia, a contagem mostrou que o número de bicicletas passando na ciclovia em apenas cinco minutos (26) era menor do que o que circulava na área de lazer (27), prática proibida por lei. No bairro, por pouco a equipe não flagrou um menino de 2 anos sendo atropelado por um ciclista na área de lazer, na altura da Rua Siqueira Campos.
— É uma falta de educação. Não respeitam a área de lazer, que deveria ser apenas para caminhadas e para as crianças brincarem e aprenderem a andar de bicicleta. Quando o tempo está ameno, isso aqui fica muito cheio, e o risco aumenta — queixa-se a nutricionista Fabiana Rodrigues Pinto, que viu seu pequeno Pietro correr atrás de uma bola e quase ser atingido.
De acordo com o subsecretário municipal de Meio Ambiente, Altamirando Moraes, a presença de ciclistas na área de lazer é vedada por um decreto e uma lei municipal, ambos de 1995, que regulamentam as regras de ciclovias da cidade, e pelo Código de Posturas do Município, de 2008. Já o uso da ciclovia por patinadores e corredores é permitido, dependendo do trecho e desde que os últimos se mantenham alinhados à direita do sentido da pista, em passo de corrida e sem obstruir a passagem. Os skatistas, diz Altamirando, são tolerados na ciclovia por analogia com os patinadores. A bicicleta elétrica tem um decreto à parte, publicado pelo prefeito Eduardo Paes no ano passado, estabelecendo a velocidade máxima de 20km/h nas ciclovias.
Já na área de lazer, se a legislação diz que o ciclista é persona non grata (a exceção são as crianças de até 8 anos), skatistas e patinadores habitam uma zona de sombra, sem qualquer referência a eles. Segundo o subsecretário, a cidade precisa rever suas regras de uso de áreas de lazer e ciclovias, para atender ao crescimento da utilização desses equipamentos, sobretudo o skate, uma febre na orla e muito empregado em pequenos deslocamentos nos bairros.
— A sociedade está caminhando para novos usos de meios de transporte sustentáveis. A legislação vem a reboque dos costumes. No Rio, ela precisa ser aperfeiçoada porque já temos skates e bicicletas elétricas. No caso das bicicletas elétricas, o Código de Trânsito remete hoje para uma regulamentação municipal. Mas o Denatran está trabalhando numa regulamentação para o país todo. Enquanto isso, vale o bom senso. Skate fazendo zigue-zague não pode nem na ciclovia — diz Altamirando.
ONG defende ampliação de ciclovias
Os conflitos entre ciclistas, corredores, pedestres, skatistas e patinadores têm crescido na mesma velocidade do avanço das bikes na cidade: já são cerca de três milhões de magrelinhas, 30% delas rodando diariamente no Rio, segundo a ONG Transporte Ativo. A prefeitura diz que são feitas 700 mil viagens de bicicleta por dia em toda a cidade, seja a trabalho ou a lazer, 60 mil delas apenas em Copacabana.
— Se todo mundo resolvesse tirar a bicicleta de casa ao mesmo tempo, as ciclovias não dariam conta. Em algum momento, o poder público terá que ampliar a ciclovia na largura e pensar em novas rotas — diz José Lobo, presidente da ONG, lembrando que é preciso fixar as regras para skatistas e patinadores fora da ciclovia.
O secretário municipal de Ordem Pública, Alex Costa, alega que os guardas municipais são orientados a alertar ciclistas e pedestres sobre o uso correto das ciclovias e áreas de lazer. Mas ele ressalva que, em caso de abuso, os agentes não têm como punir os infratores, por não haver uma regulamentação específica que permita à autoridade pública exigir os documentos de ciclistas e pedestres.
A prefeitura, diz o subsecretário de Meio Ambiente, tem tentado correr atrás do prejuízo com o programa de educação Rio Capital da Bicicleta, que percorre o comércio e dá orientação sobre boas práticas nos espaços públicos.