Rio -  Banhistas e comerciantes se depararam com alta concentração de lixo nas praias da Zona Sul, na quarta-feira de cinzas. Da praia do Leme ao Leblon, as caçambas estavam lotadas de dejetos e, até as 11h30, o lixo se concentrava no entorno das lixeiras, assustando os banhistas, o que deixava alguns comerciantes irritados com a morosidade da limpeza.
Caminhão da Comlurb só foi avistado a partir de 11h45 de ontem, em Copacabana, quando retomou coleta | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Caminhão da Comlurb só foi avistado a partir de 11h45 de ontem, em Copacabana, quando retomou coleta | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Segundo André dos Santos, da Barraca do André, no Arpoador, a limpeza da praia deveria ser feita mais cedo, antes dos banhistas chegarem à areia. “Está muito calor e o lixo desde cedo neste sol começa a apresentar um cheiro muito ruim. Já são 11h30 e nada de limpeza. Perde o banhista e perde o comércio local”, diz.
Em Copacabana, o croata Jeihn Krutering foi um dos que optaram por retornar com a família à piscina do hotel Sheraton, na altura do posto 6. O motivo foi manter os doisfilhos, de seis anos, longes da sujeira: “Pedi um peixe e muitas moscas começaram a aparecer. As abelhas que estavam nas sacolas de lixo, também estavam pousando nos copos de refrigerante”. Ontem, a coleta da Comlurb foi retomada às 11h45.
Coleta reuniu 760 toneladas
Segundo o presidente da Comlurb Vinícius Roriz, 1.070 garis se encarregam pela limpeza do Rio. Até a manhã de ontem, 760 toneladas de lixo foram recolhidas na cidade, sendo 350 toneladas do sambódromo e 410 toneladas das praias e blocos.
Ainda de acordo com a Comlurb, foi registrado um aumento de 10% no volume de lixo retirado da Apoteose em relação ao ano passado. Nas ruas e nas praias, a situação ficou pior; o aumento chegou a 28%.