ZUENIR VENTURA - PRAÇA DA PAZ

CARNAVAL 2012

DESORDEM NA AREIA

CARNAVAL 2012

Os vendilhões do templo de Momo - como querem acabar com o carnaval carioca

por Lúcio de Castro

Os invasores espanhóis, assim como outros colonizadores ao redor do mundo, mantiveram uma prática sórdida para conquistar os novos reinos: o massacre da cultura dos dominados, a humilhação e o desrespeito. A prática deixava eternizada a marca de bárbaros e espécie inferior entre os derrotados.

Cholula, no México, é o símbolo maior dessa prática. No topo da pirâmide asteca, construída ao Deus da Chuva, os espanhóis fizeram questão de erguer uma catedral, mostrando o desprezo que sentiam pela cultura nativa.

Nos tempos atuais, nossos governantes não são muito diferentes. Sérgio Cabral está desde já eternizado na história como o homem que destruiu nossa pirâmide para erguer a catedral que vai de encontro aos interesses dos novos conquistadores, agora revestidos com escudo da Fifa (além de outros conquistadores, claro, não fosse ele tão íntimo de empreiteiros). A pirâmide onde cultuávamos nossos deuses, onde o sagrado e o profano se misturavam na geral e na arquibancada num ritual que desconhecia ricos ou plebeus, dará lugar ao templo da cultura “superior, da ordem” e do que eles consideram moderno. Assim como os colonizadores de outrora, obedecendo a uma mesma lógica: eliminando os bárbaros incultos, desdentados e pobres, seus cantos e símbolos. O novo templo deverá ser asséptico, como mandam os preceitos vindos dos salões europeus.

Agora, com toda sinceridade, me diga: já não vimos esse filme ao longo dos tempos? Mais uma vez a história se repete como farsa. Trágica farsa. No topo de nossa pirâmide erguerão suas catedrais. Durante duas semanas, receberão subservientes os homens da Fifa, mostrando o quão obedientes são. E quando estes forem embora, farão a festa, entregando o templo, privatizado e “higienizado”.

Uma nova operação perversa de massacre da nossa cultura e suas mais caras pirâmides, com seus ritos, fé e devoção está em curso. No lugar de Sérgio Cabral, mas com ele também, o alcaide Eduardo Paes. Sorrateiramente, com pouco alarde, fez algo que ainda é inacreditavelmente pouco falado, mas que pretende mudar a história de um dos nossos outros monumentos e pirâmides: o carnaval carioca. Assim como o outro fez com o Maracanã, o alcaide começa a tentar destruir a festa que provavelmente vai mais fundo em nossa alma. Digo tentar porque, como já disse aqui outras vezes, desconhecem a história dessa gente de São Sebastião, que não se rende e saberá reinventar sua festa, longe dos gulosos tentáculos oficiais.

A operação foi simples e eis aqui o cerne da questão: entregou-se a festa popular, espontânea e nativa para uma gigante marca de cerveja. Gigante mundial. É provável que muitos desavisados ainda não tenham se dado conta do que aconteceu a partir daí, e sigam se perguntando como vai se dando tamanha descaracterização da festa. (Aqui falo obviamente em grosso modo, porque a resistência segue em locais, blocos e esquinas que se negam a entrar no novo templo, mantendo a chama que não se apaga).

A descaracterização e o óbvio gigantismo que se seguiu é fácil de ser explicada: comercializada a rua, vendido o templo de momo, era preciso “bombar”. Era preciso o óbvio: aumentar a escala humana, aumentando o consumo. A máquina de propaganda entra em ação, todas as mídias, uma imensa e eficaz estrutura de assessoria jorrando em tempo real imagens e textos em todos os meios, locais e mundiais (aqui fala alguém do meio, conhecedor da estrutura de divulgação que se montou, com alguns dos mais brilhantes profissionais de imagem e comunicação do mercado, pagos pela cervejaria).
De ano pra ano desde então, a escala passa a ser alucinante. Nem mesmo o “Cachorro Cansado” de minha infância, que a molecada da rua ia desfilando atrás só pra ir zombando do presidente, o Lobato Cabeçudo, chamando de “Cachorro Mortinho” pra dar conta do tamanho ínfimo daquele bloco de sujos escapa mais. Virou um bloco imenso, já que qualquer bloco virou um bloco imenso, pois para dar vazão a tanta gente, as hordas atraídas pela propaganda, qualquer coisa pulante pelas ruas vira uma multidão. E tome azeitada máquina de propaganda. Nem bem as primeiras batidas do repique soam, e as imagens já correm pelo mundo.

Cínicos, os mesmos vendilhões que entregaram o carnaval para a cervejaria falam no aumento do carnaval de rua do Rio, sem entender a razão...Mais cínicos ainda, chegam ao limite da sordidez ao dizer que “ainda falta educação ao povo”, repetindo o discurso daqueles lá de trás, que erguiam catedrais sobre as pirâmides alheias para mostrar a inferioridade e barbárie dos nativos. Como se fosse uma questão de educação resolver uma equação que não fecha jamais: comercializada e entregue a festa para a cervejaria, ela detém a exclusividade de venda em todos os pontos. E para dar escala ao investimento, espalha milhares de vendedores, não importando nem mesmo se são menores ou coisa que o valha. A outra ponta não fecha, salvo que um dia inventem a cerveja não diurética: com oferta aos borbotões, a cerveja do patrocinador oficial é consumida também aos borbotões por milhares. Que salvo a cidade transformada no maior depósito de banheiros da história da humanidade, obviamente não existirá conta que feche entre a quantidade de cerveja consumida e a vontade de mijar.

Como a escala é incentivada e forjada oficialmente, a solução é óbvia: dizer e propagar a ideia de que o povo não tem educação. Assim falou o governador, o prefeito, o bucha do prefeito, um almofadinha que cuida do carnaval em sua secretaria.

Talvez uma das melhores explicações para o inchaço recente dos blocos e do carnaval de rua carioca tenha vindo do secretário de turismo do Rio, Antônio Pedro Figueira de Mello, que segundo entrevista publicada no Globo de 24/2, “tem a missão de organizar o carnaval”. Pois depois de botarem a culpa na educação do povo para a perversa equação que não se fecha, aquela da imensa escala de oferta da patrocinadora oficial x bexigas humanas, o tal sujeito, num raciocínio tortuoso que nem Odorico Paraguaçu seria capaz, explica o tal inchaço recente: “Os blocos sofreram um inchaço, tivemos mais de quatro milhões nas ruas. Até o “Vem ni mim”, que era pequeno, reuniu 50 mil pessoas. O problema é que ninguém quer ir embora, mesmo depois da passagem dos blocos”.

É preciso reconhecer a genialidade dessa gente! Os camaradas vendem a galinha dos ovos de ouro. Entregam para a cervejaria (adoraria saber mais desse contrato, como isso se deu, a licitação, a concorrência e vou adorar acompanhar os doadores de campanha das próximas eleições...) o carnaval. A máquina entra em ação. A escala atinge proporções colossais. E aí o sujeito se sai com essa, justifica tudo com essa pérola da história do cinismo.

Na mesma entrevista, a resposta mais objetiva é para a pergunta “Alguma chance de o patrocínio da Ambev ser revisto”? Resposta: “Nenhuma chance, cerveja e carnaval tem tudo a ver”!

Mais um símbolo que os novos arquitetos de Cholula vão tentando matar. E para quem ainda defende a aberração que vai sendo cometida com o pobre argumento do turismo, vale sempre a lembrança de que nossa cultura, nossas tradições e rituais serão sempre mais importantes do que os negócios com cervejarias. Como disse o historiador Luiz Antônio Simas, sempre citado aqui e sempre necessário, “a ideia de se transformar o carnaval de rua em uma eterna micareta no balneário dos grandes eventos – e os conseqüentes dilemas que envolvem as relações entre o poder público e as agremiações carnavalescas – envolve o risco de matar o folião espontâneo, comandante de uma armada de piratas, colombinas, índios, faraós e árabes que vão se juntando sem trajeto definido, horário de partida ou de chegada”.

Mesmo a resistência que já surge aqui e ali tem se mostrado equivocada. E também muitas vezes elitista, desrespeitosa com nossa cultura. Mais do que isso, olhando apenas para o próprio umbigo, ou para a própria portaria do prédio, escolhe por olhar a árvore no lugar da floresta. Como alguns moradores da zona sul, que tem protestado contra os blocos, o xixi de gente mal educada, sempre com o arremate de que “o bairro não comporta isso”, fazendo lembrar relatos de cronistas de outrora, que relatavam que “as elites se entrincheiravam no carnaval, por achar o Zé Pereira neurastizante”.

Então sugerem que se transfiram o carnaval de rua para outro lugar. Sugestões esdrúxulas vão surgindo, como levar todos os blocos para um lugar só, espécie de sambódromo dos blocos, algo como Riocentro, etc. O que, como disse Simas, transformaria em definitivo nosso carnaval em micareta. Não que o pobre prefeitinho provavelmente não se encante com a ideia. Até Preta Gil (!) entrou no calendário da festa, patrocinada, com trio que, imagine, nada lembra nosso carnaval. O primeiro ano do aberrante bloco trouxe embrião do que queriam: um cordão, tal qual na Bahia, com abadas para Vips (!). O grito em São Sebastião contra ecoou tão forte que arquivaram a ideia. Ainda tentarão novamente.

Alguns moradores do Leblon tem sido os mais pródigos em protestos. Claro que não traduzem o espírito de todos no bairro, local histórico de Ruy Castro, João Ubaldo, Apolonio de Carvalho (quer alma mais elevada?) e sim, de Monsueto (precisa dizer mais?) e outras tantas almas de rua, que não apoiariam ideias segregadoras. Um pulinho no magnífico desfile do bloco do Império da Cruzada, único da área que resta fiel as tradições e sem apoios maiores (não apoiariam a gente da Cruzada São Sebastião, né?!) e veriam que o problema não são os blocos, e sim o que fizeram vendendo a festa. Ainda é tempo de verem que o importante é lutar contra essa mercantilização que agigantou e quebrou nossas tradições, e não contra a festa. Para não repetir os erros do passado, quando muitos moradores do Leblon apoiaram o crime bárbaro que se cometeu contra os moradores da favela da Praia do Pinto, (que deu origem a essa mesma Cruzada). Um dos grandes crimes do Brasil no século XX, cometido em nome da urbanização, um Pinheirinho com muito mais gravidade, aplaudido por muitos que provavelmente hoje preferem defender apenas “o nosso bairro” no lugar de defender a tradição e cultura de toda cidade, tradição essa que tentam assassinar, gerando o monstro.

O jogo ficou pe$ado. Já não há mais espaço para ingenuidade, reclamar da portaria, ser bobinho de retuitar a barbaridade do prefeito que humilha sua gente chamando de mal educada sem olhar para o todo. E o todo vai muito além do carnaval de rua do qual estamos falando. O negócio é lucrativo demais para essa gente ter deixado fora de suas garras tanto tempo. Será que alguém não estranhou aquele discurso súbito pela moralidade no desfile das escolas de samba ao fim do carnaval? Prefeito e governador vociferando contra os bicheiros (agora mais enfraquecidos ainda), dizendo que “era preciso profissionalizar”?

Uma rápida leitura dos fatos como um todo vai aclarar:
No dia 21 de fevereiro, o prefeito Eduardo Paes defendeu com veemência e incrível dose de agressividade a profissionalização do carnaval, dando como exemplos opostos São Clemente x Beija-Flor: “Reparem a São Clemente. É um exemplo de como os recursos à disposição das escolas de samba permitem um grande carnaval. Precisa de gestão profissional, precisa de gente séria. Você está vendo esta escola? Entrou um cara, um superprodutor, o Calainho, que está fazendo um carnaval que está deixando a Beija-Flor com vergonha. Então, mostra que dá para fazer muita coisa com aquilo que é disponibilizado às escolas. A gestão profissional é a transparência de recursos que são aplicados de fato no desfile”.

No mesmo dia, o jornal O Dia publicava nota dando conta da relação entre Calainho/prefeito/carnaval:

“Bailes Caros: O patrocínio aos Bailes do Rio custou R$ 2,950 milhões ao carioca. O dinheiro foi pago pela RioTur à L21 Participações, do empresário Luiz Calainho. Os eventos, entre eles o Baile da Cidade e o Grande Baile Gay, são no Jockey Club. Para entrar, o contribuinte paga entre R$ 100 e R$ 500 reais.

Vale ligar as falas, compondo o campo de análise do cenário para entendermos o que vem por aí num carnaval que, anotem, começa nova era nos desfiles, saindo das mãos não gloriosas dos contraventores e pulando para os amigos dos reis Paes, Cabral, (daqui a pouco o Aécio pinta nesse bloco...). Tem dúvida? Feche o ciclo com a entrevista do dia 24 de fevereiro, no Globo, do mesmo Calainho: “O desfile do Rio tem condição de se transformar numa franquia internacional, como é o Cirque du Soleil”.

Jamais iria achar bom que bicheiros, entre eles homens como Capitão Guimarães, que consta da lista de torturadores do “Brasil Nunca Mais” sejam os donos dessa festa. Mas é preciso atenção a essa transferência que se encaminha, o que irão fazer de nossa cultura. Não apenas isso, lembrando o imenso potencial do carnaval como lavanderia de dinheiro para políticos, empresários-laranjas, picaretas em geral, como já foi para bicheiros.

O movimento está em curso. Sorrateiro, com discurso que procura humilhar a cultura que fez “dessa quizomba nossa constituição”. Para enfim transformar, quem diria, (só rindo para não chorar de raiva e incredulidade como alguém pode falar uma coisa assim!), nosso carnaval em “uma franquia internacional, como é o Cirque du Soleil”.

Por sorte, somos de São Sebastião, que sempre olha por nós. Somos uma gente do lugar que se negou a acatar a ordem dos que queriam transformar o Rio na Paris dos trópicos. Por isso seguimos e chegamos até aqui. Se quiserem, batam nosso tambor negro no réveillon, porque nós começamos isso sem apoio oficial, sem “profissionalização”. Se quiser, peça uma brecha na nossa festa no Maraca, nós que inventamos o jogo do jeito que ele ficou. Nós descemos o Estácio, a Praça Onze e a Rio Branco com nossa quizomba certamente não para entregar a um grupo de almofadinhas que sonha com os cifrões ao transformar o carnaval de rua em micareta e os desfiles em franquia do Cirque du Soleil.

Não irão erguer suas podres catedrais em nossas pirâmides. Não passarão.

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CARTA ENVIADA

Rio, 05 de março de 2012


Ao Exmo. Sr. Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro – Sr. Eduardo Paes


Prezado Sr. Prefeito,


Apesar da ampla divulgação positiva sobre o carnaval em Ipanema de 2012, a avaliação de seus moradores, infelizmente, é totalmente diversa.

Logo após o carnaval de 2011 enviamos ao Sr. com cópia para o Secretário Municipal de Turismo – Antonio Pedro Figueira de Mello - o relato da experiência dos moradores do bairro a respeito do dito evento, e algumas sugestões como nossa colaboração para a melhoria da organização e a diminuição dos impactos que esta festa causa ao bairro e seus moradores. Naturalmente, esta contribuição foi totalmente ignorada pelos organizadores. O carnaval de 2012 em Ipanema não só repetiu todos os problemas dos anos anteriores como – depredação do patrimônio público e privado, (invasão de prédio residencial, quebra de vidros na portaria e vandalismo no metrô), venda ilegal de bebidas alcoólicas por e para menores, o que é crime, venda de bebida alcoólica de forma generalizada criando uma multidão bêbada pelas ruas, gerando mais lixo, xixi e barulho. Tomamos a liberdade de lhe mandar o link de um vídeo (veja no final), feito por voluntários do Projeto de Segurança de Ipanema, que retrata o que realmente foi este carnaval. É óbvio, que esta situação não pode se repetir. Sugerimos de novo, preliminarmente, algumas medidas não tão complicadas de serem tomadas, mas que mudariam completamente este quadro:



1) Não dar autorização para que os ambulantes vendam bebidas alcoólicas. São produtos de venda controlada, e a infração à legislação que a rege é crime. Desta forma, seriam atacados dois problemas de uma só vez: a venda por e para menores, e a diminuição do teor de álcool na multidão de foliões.

2) Só permitir um bloco por dia em Ipanema, sob revisão critica e severa dos (blocos) autorizados a desfilar no bairro.

3) Imediatamente após a passagem do bloco, liberar as ruas e dispersar todo tipo de ambulante. Coibir rigorosamente a música alta, neste bairro residencial, após as 22h.

São medidas bem simples, e com elas se resolveriam 80% dos problemas que tanto incomodam os moradores. Acabaria com o trabalho infantil e com o número devastador de crianças e adolescentes bêbados por nossas ruas. Ao mesmo tempo, como a pessoa para beber precisaria sair do bloco, se diminuiria o impacto do álcool na multidão, que alcoolizada fica totalmente fora de controle. Menos alcoolizada, ela faria menos xixi nas ruas, seria mais ordeira e menos barulhenta.

Com a dispersão ds ambulantes, as pessoas não teriam mais motivação de ficar nas ruas causando todos os tipos de transtorno.


Nos causa muito repúdio ver a marca de nossa cidade associada a trabalho infantil. venda irregular de bebidas alcoólicas para e por menores, e desordem pública generalizada e indescritível.


Atenciosamente,


Ignez Barretto e Rogério Esteves - coordenadores do Projeto de Segurança de Ipanema


Vídeo > http://www.youtube.com/watch?v=PkMXhh47R-0

CARTA ENVIADA

Rio, 05 de março de 2012


Ao Exmo. Sr. Presidente da Ambev - Sr. João Castro Neves


Apesar da ampla divulgação positiva sobre o carnaval em Ipanema de 2012, a avaliação de seus moradores, infelizmente, é totalmente diversa.

Logo após o carnaval de 2011 enviamos ao Sr. um documento falando da indignação dos moradores de Ipanema em relação à festa patrocinada pela empresa da qual o Sr. é o presidente. Tomamos a liberdade de lhe mandar o link de um vídeo (veja no final), feito por voluntários do Projeto de Segurança de Ipanema, que retrata o que realmente foi este carnaval. Estamos enviando também alguns anexos que seriam do seu interesse tomar conhecimento.

Sabemos que a Ambev não interfere na organização deste evento, mas achamos que deveríamos levar ao seu conhecimento como a população vivencia a série de incômodos à qual é submetida sob a bandeira desta empresa.



Nos causa muito repúdio e perplexidade ver a marca de uma empresa, que um dos orgulhos de nosso país, associada a trabalho infantil. venda irregular e ilegal de bebidas alcoólicas para e por menores, desordem pública generalizada e indescritível.


Atenciosamente,

Ignez Barretto e Rogério Esteves - coordenadores do Projeto de Segurança de Ipanema


Vídeo > http://www.youtube.com/watch?v=PkMXhh47R-0






--

AJUDEM !

APROVEITEM ENQUANTO ELA EXISTE !





COMEÇOU !

Piquete topográfico do Metrô, já na Praça Nossa Sra. da Paz, Ipanema.


foto de Ludmila

DESPOLUIÇÃO DE IPANEMA


Obras para despoluição da orla de Ipanema começam em até dez dias

Objetivo de programa do governo estadual é limpar seis praias em dois anos

MÁRCIO MENASCE


Sujeira em Ipanema: expectativa do governo é deixar praia própria para banho ao longo de 90% do ano
MÁRCIA FOLETTO
RIO - A Praia de Ipanema será o ponto de partida para um grande plano de despoluição de boa parte da orla carioca. De acordo com o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, o programa batizado de Sena Limpa vai promover uma série de ações para limpar, de uma vez por todas, também as praias de Leblon, Leme, São Conrado, Urca e da Bica, na Ilha do Governador. Os trabalhos começam em até dez dias, com as obras no Jardim de Alah. Segundo Minc, há duas saídas de esgoto no canal responsáveis por 90% da poluição em Ipanema.
— Vamos implantar duas novas bombas, para aumentar a capacidade de transferir o despejo das comunidades do Pavão-Pavãozinho e do Cantagalo para o emissário submarino de Ipanema. A saída de esgoto das duas comunidades joga até 16 milhões de coliformes fecais por decilitro (0,1 litro) no Jardim de Alah. Será construída também uma nova canalização que levará o esgoto da Cruzada São Sebastião ao emissário — explica Minc.
O programa Sena Limpa, cujo nome faz referência ao número de praias a serem despoluídas (seis), deve ser concluído em dezembro de 2014, mas a expectativa do governo estadual é terminar as obras em Ipanema em dezembro de 2012. O objetivo é deixar a praia própria para banho durante 90% do ano. Segundo o secretário, em 2011, as águas no bairro estiveram próprias em apenas metade do ano.
Praia do Leblon será a última a ser despoluída
O programa vai receber R$ 150 milhões em investimentos, dos quais R$ 70 milhões virão do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam). O restante será dividido entre Cedae e prefeitura. Além das obras estruturais, serão feitas ações na área de habitação, tratamento de esgoto, coleta de lixo e fiscalização de despejos.
— Esta é a primeira força tarefa a incluir Secretaria de Estado do Ambiente, Cedae, Comlurb, Instituto Estadual do Ambiente e Secretaria municipal de Habitação. Acabou o jogo de empurra entre os órgãos. Cada um vai cuidar de suas responsabilidades para alcançarmos nosso objetivo — garante Minc.
Segundo a previsão das autoridades, a Praia de Ipanema deve estar despoluída até dezembro deste ano; a do Leme, até junho de 2013; a da Urca, até outubro de 2013; a da Bica, até novembro de 2013; a de São Conrado, até dezembro de 2013; e a do Leblon, até dezembro de 2014. Um dos bairros mais nobres e turísticos da cidade, o Leblon será o último trecho a ter a "faxina" concluída porque, segundo Minc, trata-se de um ponto complexo. São oito saídas de esgoto no canal da Rua Visconde de Albuquerque.
— Estamos fazendo o projeto para resolver o problema do canal no Leblon. As obras devem começar no segundo semestre deste ano. Dos oito pontos críticos, cinco vêm da encosta da Rocinha e três da Gávea, que inclui a favela Parque da Cidade. Vamos canalizar esse esgoto também para o emissário de Ipanema — explica o secretário.
Para o professor adjunto do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Adacto Otoni, as obras nos canais do Jardim de Alah e da Rua Visconde de Albuquerque são positivas. Porém, diz ele, é preciso que, de fato, haja uma interação entre os órgãos públicos a fim de encontrar uma solução definitiva para a poluição.
— Além de resolver a questão do despejo de esgoto, é preciso atuar nas fontes da poluição, como a coleta de lixo. É importante a implantação de programas educacionais e de coleta seletiva nas favelas. A criação de ecopontos para receber o lixo, com fácil acesso para caminhões, pode ajudar a solucionar esse problema. Além disso, é fundamental a criação de programas de habitação para retirar os moradores do topo das encostas e replantar a floresta. Só assim será possível impedir que o lixo dessas comunidades chegue às praias — afirma Otoni.


GENTE PODRE !

MALDADE PURA PARA SATISFAZER O EGO !

GOVERNO SEM ESCRÚPULOS !

METRÔ - 1º MUNDO ?????

..Para enfrentar metrô superlotado, passageiros viajam em sentido contrário

Por Laura Antunes (laura@oglobo.com.br)

Agência O Globo – 12 horas atrás..


RIO - Já diz a máxima que não há nada tão ruim que não possa piorar. Submetidos à insana batalha diária por um lugar nas composições superlotadas, passageiros das linhas 1 e 2 do metrô cumprem agora uma segunda via crucis, na tentativa de diminuir o sofrimento de viajar imprensado. A saída para um número crescente de usuários tem sido fazer um trecho do percurso na contramão de seus destinos finais. Para entender: quem embarca, por exemplo, de manhã na Pavuna (estação terminal da Linha 2) desce logo numa das cinco estações seguintes, onde atravessa a plataforma e entra em outro trem e retorna à Pavuna. A explicação: nesse percurso, na contramão do rush, a composição está mais vazia e é possível até encontrar assentos vagos. Na chegada à Pavuna, esses passageiros não desembarcam e continuam sentados - ou pelo menos em pé nas laterais -, enquanto a multidão, que já aguardava na plataforma, superlota o vagão em segundos.

Grande parte dos passageiros que embarcam nas estações seguintes (entre Engenheiro Rubens Paiva e Irajá) também passou a viajar primeiramente até a Pavuna, embora o destino final seja Centro ou Zona Sul.

Esse vaivém aumentou o tempo de viagem entre 30 e 40 minutos, como calcula a acompanhante hospitalar Elizete de Lima Bezerra, que faz o périplo diariamente:

- Já foi mais fácil. Antes de as pessoas descobrirem essa solução, eu descia apenas duas estações depois da Pavuna e pegava o trem de volta, já sentada. Agora, a gente tem que ir até Irajá (cinco estações depois) para ter chance de encontrar assento ou viajar em pé sem risco de ter um problema de coluna ou, pior, ser molestada, num vagão lotado, por algum passageiro inconveniente, pois o vagão feminino não é respeitado.

Domésticas saem de casa 3 horas antes

Elizete, que mora em São João de Meriti, vai de ônibus até a Estação Pavuna. Seu destino final é um hospital em Ipanema, onde trabalha a partir das 8h. Para isso, precisa sair de casa às 5h:

- Eu poderia sair às 6h se não precisasse ir até Irajá e voltar. Mas é muito sacrifício viajar direto entre a Pavuna e Botafogo (onde é feita a baldeação até Ipanema) espremida e torta.

Não é novidade que a correria diária para conseguir lugar nas composições provoca empurrões e tombos entre os passageiros. Mulheres, crianças e idosos não são poupados. A usuária Magda Vieira da Silva, outra a embarcar diariamente na Pavuna e "quicar" em Irajá, conta que as mulheres não viajam mais de rasteirinhas por segurança - para evitar terem os calçados pisados e caírem na disputa por um assento. Ela e outras passageiras chegam a tirar as sandálias para correr melhor. Mesmo assim, Magda já levou tombos e atualmente tem um hematoma no braço, adquirido ao levar uma cotovelada de um homem quando entrava numa composição.

As amigas Narjara da Silva Santos e Maria Silvina Torres também fazem parte da multidão de passageiros que embarca e volta à Pavuna. Elas optaram, porém, por descer na Estação Engenheiro Rubens Paiva (a segunda da Linha 2) e não em Irajá, para perder menos tempo no percurso casa-trabalho. Moradoras de Belford Roxo, Narjara e Maria trabalham como domésticas, respectivamente, em Ipanema e Copacabana, onde precisam estar às 7h. Saem de casa três horas antes.

- Se eu não pegar o primeiro trem da manhã na Pavuna, que sai às 5h e é o único a chegar vazio à estação, o meu dia já começa ruim porque as composições seguintes já vêm cheias. São pessoas que entram nas estações próximas e vão até a Pavuna, para de lá sair em direção à Zona Sul. Mas ir até Irajá me faz perder muito tempo. Então, salto logo após a Pavuna. Quando chego ao trabalho, já estou cansada e estressada. Sei que, na volta para casa, vou passar por novo sufoco - conta Narjara, acrescentando que coleciona tombos na tentativa de garantir um lugar.

Esse movimento no contrafluxo feito pelos passageiros começou na Linha 2, mas já ocorre também na Linha 1, nas composições entre Ipanema e Praça Saens Peña, das 17h às 20h. O comerciário Rogério Mendes de Souza adotou a estratégia há seis meses, cansado de embarcar na Estação Cardeal Arcoverde em vagões superlotados, com destino à Afonso Pena:

- Os trens já chegavam lotados. Algumas vezes, eu nem conseguia entrar. Então, passei a pegar as composições no sentido Ipanema. Lá, eu não desembarco do vagão e espero que ele faça a viagem para a Tijuca. As pessoas entram e eu já estou sentado.

Para a professora universitária Emília Fernandes - que mora em Ipanema e usa o metrô três vezes por semana para dar aula em Del Castilho -, a superlotação do metrô é uma tragédia anunciada. Ela conta ter presenciado recentemente um tumulto na Estação Del Castilho: passageiros em fúria quebraram os vidros de duas portas porque uma composição não abrira para embarque. O trem, de acordo com Emília, seguiu viagem mesmo assim:

- Não vejo seguranças do metrô nesses momentos de tumulto. As pessoas avançam em direção às portas, derrubando quem estiver na frente. Muitos caem no chão, o que, brevemente, pode resultar até em passageiros pisoteados, tamanha é a confusão. Acho que é apenas uma questão de tempo (para haver uma tragédia), se o sistema não melhorar.

O diretor de Engenharia da concessionária Metrô Rio, Gilbert Flores, admite que esse contrafluxo de passageiros ocorre já há algum tempo. O movimento no sistema está hoje em torno de 650 mil passageiros por dia útil (cerca de 400 mil passam pela Linha 2), mas a empresa não tem estimativa de quantos fazem o vaivém. Segundo Flores, ao contrário da Estação Botafogo (onde todos os passageiros têm de deixar as composições), na Pavuna isso não ocorre porque os trens não precisam passar por uma área de manobra.

Sobre o desconforto e até o risco de acidentes com os passageiros, o diretor garante que, a partir de setembro, os usuários começarão a perceber melhorias no serviço, com a entrada em operação, em agosto, do primeiro novo trem na Linha 2 (para 1.800 pessoas). Outros dois entram em operação até setembro. Até março de 2013, serão 19 novos trens no total na Linha 2 - que conta hoje com 20 composições (de seis carros cada).

- Nosso usuário terá uma percepção de melhoria do serviço já em setembro, quando a oferta de lugares aumentará em 10%, com a vantagem de que os novos trens têm ligação entre os carros, melhorando a circulação das pessoas. Com isso, a concentração de passageiros junto às portas diminuirá. Os novos carros também são equipados com ar-condicionado capaz de suportar o calor a céu aberto - explica ele.

Promessa de frota com 47 trens

A Linha 1 tem hoje em circulação 12 trens (com cinco carros). Flores acrescenta que, com a chegada dos 19 trens, o sistema ficará dividido da seguinte forma: 19 trens na Linha 1 e 28 na Linha 2. Todos equipados com seis carros. O metrô passará a contar com uma frota total de 47 composições.

Mesmo quando o trem não está lotado, os passageiros da Linha 2 sofrem com as altas temperaturas do verão. Da Pavuna à Central, as composições correm a céu aberto. O calor que começa nas plataformas - a maioria não é subterrânea e não tem ar-condicionado - aumenta dentro dos vagões, onde os usuários se valem de leques improvisados com jornais e revistas, toalhas e lenços.

Abanando-se com a mão desde a Estação Maria da Graça, Luana Cristina da Silva demonstrava insatisfação por ter que chegar à empresa de telemarketing onde trabalha, em Botafogo, com a roupa empapada de suor:

- Todo dia é isso, é horrível, revoltante. Nós somos trabalhadores, pegamos o metrô todo dia. Os turistas usam a Linha 1 e viajam no ar-condicionado.

FIM DE UMA ERA- ´JÁ VAI TARDE !

..O fim de uma era na cultura 'club' carioca

Por Ronald Villardo (ronald.villardo@oglobo.com.br)

Agência O Globo – sáb, 3 de mar de 2012....




RIO - Há duas semanas o Facebook trouxe uma notícia que fez tremer as bases da cultura club carioca: Adriana Lima, produtora e dona do clube Dama de Ferro, em Ipanema, anunciava a decisão de "passar o ponto", depois de dez anos de funcionamento ininterrupto da pista de Ipanema. O texto também avisava que a última noite, ainda sem data, se chamará "Bye, bye, Dama" e que os interessados no negócio deveriam enviar um e-mail para a (ex?)empresária.A reação foi imediata. Dezenas de comentários lamentando a decisão de Adriana apareciam a cada minuto no post. Eram frequentadores, DJs, VJs, produtores e toda uma geração que teve na boate carioca o principal palco de acesso às novidades das pistas internacionais, leiam-se as tendências musicais do eletrônico underground que mais tarde são, invariavelmente, diluídas no disco do ícone pop mais cafona.

- Acho que contribuí bastante com a cultura da cidade, mas atualmente ando interessada em outras coisas. Para mim, já deu - diz Adriana.

Festa Moo começou lá

A contribuição foi ampla, geral e irrestrita. Como um dos principais palcos para o exercício da cultura dos clubes no Rio, o Dama foi palco de apresentações de artistas internacionais de relevância legitimada por críticos e publicações especializadas, foi "incubadora" de personagens que se tornaram produtivos no mundo noturno da cidade e, de quebra, abriu as portas para as primeiras versões de festas que viriam a ser emblemas cariocas, como Moo, Se joga! e Do Hauze, entre outras.

- O Dama é um lugar onde um DJ como o Carl Craig pode tocar para uma pista repleta de amigos, o clima escuro de inferninho parece amigável e em que dá para encontrar gente nova enquanto se diverte com todos os conhecidos ao redor - diz o DJ e produtor Eduardo Christoph, um dos criadores da Moo. - O começo da festa deu tão certo lá que a gente lotava a boate em plena quarta-feira.

A lembrança do set do DJ americano Carl Craig não pertence apenas à memória de Christoph. Quase todos os que estiveram naquela noite de março de 2007 apontam a apresentação como "histórica", não apenas por Craig ser um dos pioneiros do techno de Detroit mas porque o show foi, de fato, uma aula para DJs locais. Craig recriou sons ao vivo, desconstruindo ritmos e beats e hipnotizando os fãs de eletrônica.

- Ele amou aquela noite e ficou hospedado lá em casa - conta Adriana, com a informalidade que marcou a trajetória do Dama.

O DJ americano Larry Tee, mentor do movimento Electroclash, que chacoalhou as pistas no início da década, também teve no Dama seu melhor pouso por estas bandas.

- Depois de o Larry tocar para a gente, começamos a receber um DJ gringo por semana - conta Adriana, que sempre tratou a boate como uma extensão da sua casa, ambientada, como o Dama, com paredes de cimento e habitada por móveis de ferro.

São peças assinadas pela versão escultora da empresária, especializada na torção e no tratamento de metais que usa para criar as obras de arte, às quais ela voltará a se dedicar depois que o último convidado tiver deixado a festa de encerramento.

- Vou tirar o "dama" e ficar apenas com o "de ferro" - diverte-se ela.

Aliás, Adriana anda se divertindo muito mesmo.

- Não tem esse clima de tristeza, arrependimento, nenhum desses sentimentos ruins. É apenas uma fase nova para mim - resume.

O fim do Dama de Ferro deverá marcar o início de uma nova fase para toda a noite carioca. Qual será a próxima atração?

FIM DO MUNDO

BOA PARA BANHO !


Inea analisa água de chuveirinhos da orla e alega que não há contaminação

Foram recolhidas amostras de oito quiosques do Flamengo ao Leblon.

Pelos resultados, a água foi classificada como própria para o uso recreativo

ISABELA BASTOS



Meninas tomam banho em um chuveirinho na Praia de Ipanema

FELIPE HANOWER / O GLOBO

RIO - Uma nova análise da qualidade da água dos chuveirinhos dos quiosques das praias da Zona Sul, realizada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), esquentou a polêmica nas areias. Ela mostra que o banho nesses pontos da orla não representa riscos à saúde. O Inea recolheu, no dia 23 de fevereiro, amostras em chuveirinhos de oito quiosques do Flamengo ao Leblon. Pelos resultados, a água foi classificada como própria para o uso recreativo. No início do mês, uma análise encomendada pelo GLOBO a um laboratório particular apontara indícios de contaminação por esgoto em parte das amostras em dez quiosques.
O Inea analisou a água de duas barracas no Flamengo, uma no Leme, duas em Copacabana, duas em Ipanema e uma no Leblon. As amostras foram testadas para presença de coliformes termotolerantes (grupo que reúne bactérias de origem fecal e ambiental) e, especificamente, para incidência de bactérias do tipo Escherichia coli e do grupo enterococos, ambas de origem estritamente fecal e que podem causar doenças gastrointestinais. Segundo o Inea, todas as amostras apresentaram concentrações abaixo do máximo permitido para o chamado uso recreativo (para limpeza do corpo e sem consumo direto, via oral).
A discrepância nas análises tem como origem a metodologia usada nos dois casos. A pesquisa do Inea tomou por base duas resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelecem, entre outras medidas, os padrões de qualidade para as águas de uso recreativo. Nos dois casos, a água dos quiosques foi aprovada.
De acordo com uma das resoluções — a Conama 274/2000 —, das oito amostras recolhidas pelo Inea, o chuveirinho que registrou índice mais alto de coliformes termotolerantes (130 NMPs) teve sua água classificada como de excelente qualidade para uso recreativo.
Análise de laboratório mostrou que há riscos
Nos testes feitos pelo Inea para a presença de bactérias do tipo Escherichia coli, a água de todos os chuveiros também foi aprovada.
Ainda de acordo com o Inea, se fosse levada em conta a resolução Conama 357/2005 — que classifica os corpos hídricos e estabelece diretrizes ambientais para seu uso —, ainda assim os chuveirinhos estariam aprovados.
— O que a análise do Inea mostra é que tomar banho nas duchinhas da orla não representa risco à população. O uso desses chuveirinhos é recreativo, para se refrescar e se limpar. A água ali não é para beber. Alguns deles têm até mesmo água salobra. A quantidade de coliformes encontrada é menor do que a registrada no mar — diz o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.
Na pesquisa anterior, feita pelo laboratório Baktron, a pedido do GLOBO, a análise tomou por base a portaria 518/2004 do Ministério da Saúde, que, entre outros itens, estabelece os padrões de qualidade da água potável, para consumo humano. Por esse método, bem mais restritivo, para serem consideradas próprias para o uso, as amostras teriam que registrar a ausência total de coliformes termotolerantes e da Escherichia coli, por exemplo. Das dez amostras coletadas pelo laboratório, sete apresentaram indícios da presença de coliformes termotolerantes e três registraram a presença de Escherichia coli.
A microbiologista Fernanda Drumond, diretora do laboratório e responsável pelas análises, sustenta que os parâmetros de balneabilidade citados por Minc e estabelecidos pelo Conama devem ser aplicados a testes com água do mar. No caso de exames com água de abastecimento pós-tratamento ou de poços, valem, segundo ela, critérios de potabilidade.
— A lei determina isso, pois é água de consumo humano. Além disso, o governo não pode ignorar que essa água entra em contato com a boca e os olhos, principalmente de crianças.
De acordo com a gerente do Departamento de Qualidade da Água do Inea, Fátima Soares, que coordenou a pesquisa do órgão, a metodologia mais adequada para analisar a água dos chuveirinhos da orla é a que leva em conta as resoluções do Conama. É com base na resolução 274/2000 que o órgão estabelece o padrão de balneabilidade das praias do Rio.
— Consideramos a água do chuveirinho como de contato primário, que é aquele contato prolongado com a pele, mas sem consumo pela boca. Como acontece com a água do mar. Mas levamos em consideração ainda o fato de que a pessoa não fica no chuveiro o tempo que gasta no mar. Então usamos duas resoluções, uma mais restritiva e outra menos, ambas para águas de contato primário. E, nos dois casos, os chuveirinhos passaram no teste. As pessoas não correm riscos nessas duchas.
Para o oceanógrafo e professor David Zee, do Departamento de Oceanografia da Uerj, o critério mais adequado para análise dos chuveirinhos é o que rege o uso recreativo das águas:
— Água de chuveirinho é para banho. Não é para engolir, assim como a do mar também não. A resolução Conama tolera alguma incidência de coliformes termotolerantes com base nesse pressuposto de que não se vai engolir. No caso de crianças, assim como se orienta a não engolir a água do mar, deve-se fazê-lo nos chuveiros também. Vale o bom senso.
Há décadas explorados sem controle por barraqueiros, os chuveirinhos instalados na areia das praias do Rio entraram na mira do Comitê Gestor da Orla. A prefeitura pretende estabelecer uma rotina de análise da qualidade da água dessas duchas, a exemplo do que o Instituto Estadual do Ambiente já faz com a água do mar. Além disso, quer proibir o uso de bombas elétricas ou movidas a combustível para puxar água do subsolo e abastecer os chuveiros. O vice-prefeito, secretário municipal de Meio Ambiente e presidente do Comitê Gestor da Orla, Carlos Alberto Muniz, disse que, até o verão de 2013, os quiosqueiros serão convocados a trocar os velhos chuveiros por modelos mais modernos, movidos a energia solar ou por bombeamento manual.
— Existe uma zona cinzenta nessa área que queremos iluminar. Estamos preocupados com os chuveirinhos e vamos disciplinar seu uso. Hoje, isso ocorre de forma inadequada. Muitas bombas são movidas a gasolina ou querosene e produzem ruído, além de gases do efeito estufa. Não há um licenciamento para as duchas. No passado, houve uma tentativa de organização, sem sucesso — diz Muniz.
A ideia, diz ele, é classificar a qualidade da água das duchas como própria ou imprópria, garantindo o seu controle sanitário.
— Já fazemos análises esporádicas da água, e a ideia é que isso se torne rotina. Já fazemos rotineiramente o monitoramento da água da Lagoa. Vamos estender essa rotina às duchas.


PRAIA LIMPA


Praias da Zona Sul e Ilha vão ser despoluídas


Promessa do estado é de que, até 2014, São Conrado, Ipanema, Leme, Urca e Leblon estejam limpas. Áreas passam boa parte do ano sem condições de banho


Rio - Impróprias para o banho praticamente o ano inteiro, as praias de São Conrado, Leblon, Ipanema, Leme, Urca e da Bica, na Ilha do Governador, serão despoluídas até 2014, quando o Brasil receberá atletas e turistas para a Copa do Mundo de Futebol.
Segundo o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, serão investidos R$ 150 milhões pelo Programa Sena Limpa, do governo estadual em parceria com a Prefeitura do Rio. Do total, R$ 70 milhões sairão do Fundo Estadual de Conservação Ambiental.

A Praia de Ipanema será a primeira a ficar limpa, para o próximo verão Foto: Rudy Trindade / Frame /


A primeira a ser liberada para o banho já no próximo verão será a praia de Ipanema. “Até dezembro, vamos retirar 90% da poluição que chega ao Canal do Jardim de Alah, da Cruzada São Sebastião (Leblon)”,diz Minc.
A última a ficar própria para mergulhos será a do Leblon, que recebe esgotos da Rocinha. A presidente do Inea, Marilene Ramos, disse que as praias da Urca e da Bica estiveram impróprias para banho durante 95% dos dias de 2011. O esgoto será desviado para o emissário de Ipanema e lançado a 3 quilômetros em alto mar.
Nesta quinta-feira, o Rio viveu o dia mais quente do ano, segundo o Climatempo, com 39,3 graus, na Vila Militar. A mínima foi 21,2 graus no Alto da Boa Vista. Nesta sexta-feira o tempo será com sol forte, sem chuva e temperatura máxima de 40 graus. Fim de semana será com sol e pancadas de chuva à tarde.

IPANEMA AFUNDANDO !

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..Tubulação de esgoto se rompe e afunda
rua de Ipanema, na zona sul do Rio

Parte da rua Visconde de Pirajá precisou ser interditada

.Do R7 01/03/2012 às 18h03


...Uma tubulação de esgoto se rompeu na tarde desta quinta-feira (1º) na rua Visconde de Pirajá, próximo a rua Gomes Carneiro, em Ipanema, zona sul do Rio de Janeiro. De acordo com o Centro de Operações, o incidente causou afundamento da pista.

De acordo com o Cedae, trata-se de uma tubulação antiga e o rompimento provavelmente se deu pela grande movimentação de veículos na região. Técnicos foram enviados para o local e ainda segundo o Cedae, os trabalhos devem terminar ainda na tarde desta quinta-feira.

Devido ao incidente, duas faixas da rua Visconde de Pirajá precisou ser interditada.


DE NOVO !!!

ÚLTIMAS NOTÍCIAS(17:31)Autocrítica de ‘O Globo’ em 1º de março de 2012

Afundamento de pista da Rua Visconde de Pirajá fecha duas faixas

Houve um vazamento na rede esgoto, e técnicos da Cedae já foram para o local
O GLOBO

RIO - Um afundamento de uma pista da Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, na Zona Sul, ocorrido por volta das 16h30m desta quinta-feira, causou a interdição de duas faixas da via, perto da esquina com a Rua Gomes Carneiro. Houve um vazamento na rede esgoto, e técnicos da Cedae já foram para o local. Segundo a concessionária, será necessário escavar o asfalto para solucionar o problema. Uma retroescavadeira já foi enviada pela empresa. O problema só deve ser solucionado durante a madrugada. No momento, o trânsito está lento no local.
Ipanema já havia passado pelo mesmo problema em dezembro, na Rua Gomes Carneiro - rua próxima ao local com afundamento na tarde desta quinta-feira. A via havia passado pelo mesmo transtorno uma semana antes. A Cedae informou que o afundamento foi causado pela mesma tubulação de esgoto que havia rompido exatamente sete dias antes. Operários da companhia chegaram a isolar a área para o reparo da rede coletora. Metade da pista da rua chegou a ficar bloqueada, e os motoristas enfrentaram lentidão.
Em janeiro, houve um outro afundamento de pista na Zona Sul, o que provocou problemas no trânsito. O problema ocorreu na esquina da Rua Mario Ribeiro com Avenida Bartolomeu Mitre, no Leblon. Uma faixa de rolamento da via chegou a ficar interditada. Funcionários da prefeitura taparam o buraco na mesma tarde de forma provisória, mas ainda houve retenções após a ação. Os operários resolveram o afundamento durante a madrugada. Na ocasião, de acordo com a assessoria de imprensa da Cedae, um vazamento de água da tubulação da empresa causou o afundamento do asfalto. Um táxi chegou a cair no buraco quando o solo se abriu. A Cedae havia informado que iria ressarcir qualquer dano causado ao veículo.

PRAIA DE IPANEMA


Ipanema e Leblon, praias da região mais cara do Rio, passam metade de 2011 impróprias para banho~

Apenas quatro praias do Rio não ficaram impróprias no ano passado, todas na zona oeste

.Isabele Rangel, do R7 22/01/2012 às 05h36
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...Wilton Junior/Agência Estado/20.01.2012.

Ipanema passou metade de 2011 imprópria para banho; praia não era recomendada na sexta-feira (20), feriado de São Sebastião (foto).
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...As praias de Ipanema e do Leblon passaram a metade de 2011 impróprias para banho, segundo levantamento feito pelo R7 no histórico dos boletins semanais do Inea (Instituto Estadual do Ambiente). Apesar de ser a região mais valorizada da capital e das duas badaladas praias da zona sul do Rio estarem sempre lotadas, a água do mar deixa a desejar.

O instituto fez 143 medições ao longo do ano passado. Em cerca de 20% dos casos, a praia do Leblon, bairro que tem o metro quadrado mais caro do Brasil, no valor de aproximadamente R$ 14 mil, não apresentou nenhuma restrição ao banhista. Por outro lado, esteve imprópria em 54% das medições. Já em 25% das vezes, o mar estava liberado, mas com restrições por causa de trechos com poluição.

Só 30% das amostras colhidas em Ipanema estavam em total conformidade com os níveis estipulados pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). Em 43% das medições, a água apresentava quantidade de coliformes fecais, bactérias presentes nas fezes, superior ao limite do aceitável, tornando o banho de mar perigoso para saúde. Em 26% das amostras analisadas, o banho era recomendado com ressalvas.

Além da intensa ocupação do solo, para a gerente de Qualidade da Água do Inea, Fátima Soares, a própria geografia do Rio colabora para que as praias não apresentem bons níveis de balneabilidade.

- A cidade está entre o mar e a montanha, com vias naturais de escoamento de água. Quando chove, essa proximidade da montanha com o mar, com toda essa estrutura de drenagem e sistemas coletores de esgoto ficam sobrecarregados. Com isso, você tem o extravasamento para as praias.

Os trechos de orla entre o Pepino e São Conrado, a Urca e a praia de Botafogo não ficaram próprios em nenhuma das medições de 2011. Já a praia do Flamengo só apareceu liberada para banho por duas vezes.

A praia de Copacabana, a mais famosa do Rio, não apresentou boas condições em 7% das medições feitas pelo Inea no ano passado. Em 23%, havia níveis de coliformes que levaram o instituto a indicar restrições ao banhista. O mar neste trecho da orla carioca apresentou níveis de poluição dentro do aceitável em 70% dos resultados.

Segundo Fátima, a medição é feita duas vezes por semana por dois funcionários do instituto. São colhidas amostras da água do mar em pontos determinados da orla do Rio. Essas amostras passam por uma análise em laboratório, que tem como parâmetros a resolução 274/2000 do Conama, que determina níveis de coliformes fecais que são aceitáveis em cada amostra..

PARQUE DOIS IRMÃOS

..Parque Dois Irmãos é redescoberto por moradores

Por Cibelle Brito (cibelle.brito@oglobo.com.br)

Agência O Globo –



Muitos moradores da Zona Sul não sabem, mas quem segue pelas rua Gabriel Mafarrej e Aperana, quase no final da movimentada Visconde Albuquerque, no Leblon, vê o cenário urbano mudar radicalmente para um local verde e repleto de pássaros. Para se ter uma ideia, somente no mês passado o presidente da Associação de Proprietários de Prédios do Leblon, Augusto Boisson, conheceu o Parque Natural Municipal do Penhasco Dois Irmãos, que acaba de ter seu deque reformado pela Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos.

- Tenho 50 anos de Leblon e não o conhecia. Fiquei extasiado e, agora, faço questão de divulgá-lo - diz.

Conservação e limpeza atraem visitantes

A coordenadora de proteção ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Isabela Lobato, responsável pelo parque, afirma que, assim como Boisson, muitos cariocas desconhecem lugares bonitos como o Penhasco Dois Irmãos.

- O carioca fica restrito à orla e esquece de explorar os parques da cidade. A frequência de visitantes é um sinal da melhoria da sensação de segurança proporcionada pela Guarda Municipal, pela limpeza e pela recente pacificação do Vidigal - argumenta Isabela.

Com cerca de 25 hectares, o espaço possui espécies remanescentes da Mata Atlântica, e um pequeno lago com vitórias-régias. São três mirantes com vista para a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Jardim Botânico, o Corcovado e as praias de Ipanema e do Leblon, com a de Copacabana ao fundo.

O parque foi escolhido pela companhia Air France para a construção do memorial em homenagem às vítimas da queda do avião que fazia o voo AF-447, em 2009. O monumento foi inaugurado numa missa celebrada em junho do ano passado.

- Os parentes das vítimas do acidente aéreo queriam um local próximo ao mar, na cidade do Rio. Os pássaros vistos no monumento são uma referência ao mar. O aspecto positivo é que a Air France se comprometeu a manter o espaço permanentemente preservado - conta Isabela.

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ATA -27 / 02 / 2012

PROJETO DE SEGURANÇA DE IPANEMA

MOVIMENTO APOLÍTICO, FORMADO POR VOLUNTARIOS MORADORES DO BAIRRO,
COM O PROPÓSITO DE CONTRIBUIR PARA O AUMENTO DA SATISFAÇÃO SOCIAL.

ATA DA REUNIÃO REALIZADA DIA 27 FEVEREIRO 2012

LOCAL: COLEGIO NOTRE DAME- RUA BARÃO DA TORRE—1800 HORAS
PRESENTES: CINCO VOLUNTARIOS, NENHUM REPRESENTANTE DO PODER PÚBLICO.
COORDENADOR: ROGERIO ESTEVES
ASSUNTOS TRATADOS:

• Estação metrô Nsra Paz : ainda nã foi conseguido o numerario para a exposição planejada.Até agora foram arrecadados R 1550.00 e vamos precisar d R 2500.00. Solicitamos que aqueles que desejarem podem deixar suas contribuições na poratria do edificio da Ignez, rua Prudent de Moraes 660/ cob.
• A solicitação de reunião com o Governador já foi pedida ainda sem resposta. Já temos cerca de vinte ipanemenses destacados que desejam comparecer.
• Deverá ser apreciado pelo Conselho de Patrimônio da Cidade do Rio de Janeiro o pedido do PSI para que não haja o destombamento da Praça Nsra Paz.
• O saldo do carnaval foi o pior possível, sujeira, mijões, bebidas vendidas por menores a despeito do nosso pleito junto ao MP, que afirma que prosseguirá na causa. Foi distribuído pela Ignez um video que mostra tudo.
• No domingo dia 26 o calçadão foi tomado por ambulantes vendedores de cerveja.Simplesmente ocuparam toda a orla, em frente à Guarda Municipal, que nada fez para coibir.
• Na terça e quarta de carnaval, um morador de rua ficou jogado na calçada em frente a Escola Marilia de Dirceu, com dores e passando muito mal. Idoso, muito fraco, magro. Ficou mais de 24 horas sem atendimento,inoperantes a Secretaria de Assistência Social do Municipio, tel 1746 da Prefeitura, SAMU 192, bombeiro 193, incrível não atendia as ligações.
Só foi atendido quando um síndico ligou direto para o quartel de Copacabana e aí ele foi transportado para o Miguel Couto.

ACESSE NOSSO BLOG: WWW.PSIPANEMA.BLOGSPOT.COM
NOSSO E MAIL: projetodeipanema@gmail.com
FACE BOOK: PSI IPANEMA
DEDIC- 14ª DP 23222886 / 23322880
DISQUE DENÚNCIA; 22531177
PRÓXIMA REUNIÃO: DIA 12 DE MARÇO DE 2012 ÀS 1800 HORAS
COLEGIO NOTRE DAME-PARTICIPE...
ATA REDIGIDA POR: ROGERIO ESTEVES

MAIS CARTAS-- PARA NÃO PERDER O HÁBITO !

MAIS CARTAS-- PARA NÃO PERDER O HÁBITO !

PARABÉNS RIO !!!!


O GLOBO leva música aos cariocas no aniversário da cidade

Homenagem ao Rio tem duo de violino, chorinho e até trio de flautas na orla da Zona Sul

O GLOBO

Aniversário da cidade do Rio de Janeiro: promoção do GLOBO leva músicos à orla da Zona Sul. Na foto, Trio Gustavo Schneider se apresenta no Leblon

MÁRCIA FOLETTO / AGÊNCIA O GLOBO

RIO - No dia em que o Rio completa 447 anos, a orla da Zona Sul amanheceu ao som de música na manhã desta quinta-feira. Quem passa pela praias de Ipanema, Copacabana e Leme se surpreende com os clássicos da Bossa Nova, MPB e chorinho desde as 7h30m. Um duo de violino acompanhado de um trio de flautas, pandeiro, violão e até um acordeão enchem os ouvidos dos cariocas com declarações de amor à Cidade Maravilhosa. Entre os músicos que participam do evento estão Jerzy Milewski e Almeida, Joel Ferreira Sax, Duo Coello e Teclado e Marcelo Caldi.


Componente do trio Remexendo, Maria Souza diz que este foi o presente ideal para a cidade do Rio de Janeiro e seus moradores.

— O chorinho é a primeira música genuína brasileira que nasceu no Rio. Nada melhor do que comemorar o aniversário da cidade e o amanhecer do dia com boa música — comemora.
Enquanto os músicos tocam, alguns pedestres param para observar e outros batem palmas. Há ainda os que estão se contagiando pelo clima e sentando-se nos quiosques para acompanhar as apresentações.

A austríaca Monika Leoni, de 35 anos, funcionária da ONU, está no Rio há uma semana com a amiga Bruna Letossois, de 33, que é profissional de Marketing. Elas corriam no calçadão de Ipanema nesta manhã de quinta-feira, quando pararam para escutar o trio Remexendo.

— Adorei! A paisagem é linda e a música é maravilhosa. É um presente perfeito para quem está aqui.

Mas a festa não ficará apenas nas areias do Rio. Um vídeo do evento será publicado no site do Globo e nas redes sociais, além de ser enviado por e-mail aos assinantes. No iPad, o público ganhará um splash screen (tela de abertura do aplicativo) com imagens do amanhecer do Rio.
Além disso, um infográfico no site do Globo mostra a cidade como foi retratada por artistas na época de sua fundação e como as mesmas paisagens estão hoje, com fotos de Custódio Coimbra. O leitor fará um teste para tentar relacionar esses momentos da história.

Os leitores também poderão fazer sua própria homenagem ao Rio. Eles poderão enviar para o eu-repórter fotos para ilustrar a frase "Esse é o Rio que eu amo", além de serem convidados a declararem seu amor à cidade pelo Twitter. O aniversário também vai marcar o início do tumblr da Rio editado pelos fotógrafos do Globo com imagens da cidade.

O 'bom dia musical' é realizado em parceria com a Dell’Arte Soluções Culturais, conhecida por trazer espetáculos internacionais de dança e música para turnês no Brasil. O evento marca ainda a inauguração do Dell’Arte PRESTO!, braço da empresa que vai realizar ações customizadas para empresas.


INFANTIL

Programação infantil - 2 a 8 de março

Jornal do BrasilLeonardo Luiz Ferreira


ALVOROÇO NO JARDIM - De Vivianne Santanna. Direção de Júlio Rosemberg. Com Ana Soares,Eduardo Teixeira, Isa Ribeiro, Kellen de Morais, Helena Giffoni, Maia de Montojoso, Orfeny Abreu, Rafael Mendes, Victor Temponne e Wilson Barcellos. Lucas, um rapaz simples mas com o coração apaixonado por uma bela moça chamada Iris,notará que as flores com que sempre presenteia a amada, já não existem mais.Perceberá que o brilho, a graça do lugar aonde ele tem suas tardes apaixonadas, estão se acabando. Lucas lutará pela sobrevivência do jardim da praça, para que o antigo e belo lugar, volte a encantar, a viver. E,mesmo sem saber, vai contar com a ajuda de uma legião de seres pequeninos que se prontificarão a acabar com o alvoroço para salvar o jardim! Teatro Municipal Gonzaguinha, Rua Benedito Hipólito, 125 – Praça Onze (2224-2628). Cap.: 100 lugares. Sáb e dom às 17h. R$10. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Livre. Até 11 de março.

TEATRO/EM CARTAZ

A BELA ADORMECIDA - Texto e direção de Luís Fernando Bruno. Com Erika Thomas, Flávia Alvim, Tatty Caldeira, Karen Keldani, Márcio Valva, Jean Pontes e Thiago Carvalho. Com uma linguagem contemporânea e divertida, o espetáculo traz ao público a história da princesa Aurora que ao completar 16 anos, sofre uma terrível maldição da bruxa Malévola ao espetar o dedo no fuso de uma roca, caindo em um sono eterno. Mas as três fadas madrinhas – Zaza, Zizi e Zezé – descobrem uma forma de quebrar o feitiço: um beijo doce de amor. Teatro Vannucci, Shopping da Gávea, Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea, 3º piso (2274-7246). Cap.: 400 pessoas. Sáb. e dom., às 16h. R$ 50. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Duração: 50 minutos. Até 29 de abril.

BRINCANDO DE ERA UMA VEZ - Texto de Neide Lira. Dramaturgia de Gustavo Barchilon e Juliana Pedroso. Direção de Gustavo Barchilon. Com Hannah Zeitoune, Gisele Prattes, Ramon Nascimento e elenco. Clara e se seu irmão Carlos vivem entediados com seu quarto de brinquedos, sempre em ordem e arrumado pela mãe que detesta bagunça. Até que se deparam com o palhaço Plim Plim que os leva para uma fantástica viagem pelo mundo da imaginação. Teatro Fashion Mall / Teatro 1, Shopping Fashion Mall, Estrada da Gávea, 899, 2º piso, São Conrado (2422-9800). Cap.: 450 pessoas. Sáb., às 17h e dom., às 16h. R$ 40. Crianças, estudantes e maiores de 60 anos. Livre: Duração: 1h05. Até 25 de março.

CHAGALL - Montagem da Ciadramáticadecomédia. Argumento de Doris Rollemberg. Texto de Eduardo Rieche. Direção de João Batista. Com João Velho, Cristina Lago, Cleiton Rasga, Eduardo Rieche, Sergio Kauffmann e Sonia Praça. A encenação conta história de Moshe Segal, um menino judeu que enfrentou a pobreza até se tornar o reconhecido artista Marc Chagall, conhecido como 'o pintor-poeta'. Centro Cultural Banco Brasil / Teatro 2, Rua Primeiro de Março, 66, Centro (3808-2020). Sáb. e dom., às 16h. R$ 6. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Livre. Duração: 60 minutos. Até 18 de março.

A CIGARRA E A FORMIGA - Texto de Rafael Guimalle. Direção de Beto Moreno. Com Ana Mariano, Maykon Robert e Will Gama. Bentinho é uma formiguinha que adora estudar. Já Tião, uma cigarra preguiçosa e que não valoriza os estudos. Juntos, eles ajudam a salvar a amiga Joaninha que está muito doente. O espetáculo aborda a importância do respeito ao próximo, do estudo e do aprendizado, além de mostrar aos pequenos que devem agir com correção e solidariedade. Teatro Cândido Mendes, Rua Joana Angélica, 63 , Ipanema (2267-7295). Cap.: 130 pessoas. Sáb. e dom. às 18h. R$ 40. Estudantes, maiores de 60 anos e doadores de um quilo de alimento não-perecível pagam meia. Livre. Duração: 60 minutos. Até 1 de abril.

A GALINHA PINTADINHA - Roteiro de Marcos Luporini e Juliano Prado. Direção de Ernesto Piccolo. Direção musical de Marcos Luporini. Coreografias: Marcia Rubin. Com Wagner Felipe da Mota Cavalcante, Sucesso no YouTube e com mais de 250 mil CDs e DVDs vendidos, o musical traz para o palco os clipes com cantigas infantis populares. No palco, além da própria Galinha Pintadinha e do Galo Carijó, estarão a Baratinha e sua banda de rock’n roll Os Naftalinas, o Sapo e seus companheiros de brejo, as Borboletinhas cozinheiras, além da famosa Dona Chica da canção “Atirei o pau no gato...”. Teatro das Artes, Shopping da Gávea, Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso, Gávea (2540-0498). Cap.: 457 pessoas. Sáb. e dom., às 15h e 17h. R$ 70. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Duração: 55 minutos. Livre. Até 1º de julho.

OS INCRÍVEIS E O LIVRO MÁGICO - Texto e direção de Grazielle Menezes. Com Gabriel Azambuja, Mariana Floriani, Cleiton Morais. As aventuras de Violeta e Flecha, o menino mais veloz do mundo. Por gostar muito de brincar e de correr, ele não se importa muito com os estudos e sempre tira notas vermelhas. Então seus pais, o Sr. e a Sra. Incrível, o coloca de castigo, e não sabendo como fazer para melhorar na escola, Flecha pede ajuda para Edna, que lhe dá de presente um livro mágico muito poderoso, deixando o Malvado Choker e a terrível Clementina Bocão interessados , pois assim, poderiam conquistar o mundo. Teatro Vannucci, Shopping da Gávea, Rua Marquês de São Vicente, 52, Gávea (2274-7246). Sex apenas na primeira semana de fevereiro, às 16h, sáb e dom, às 13h30. R$50. Crianças, estudantes e maiores de 60 anos. Livre. Duração: 1h. Até 25 de março.

MANUEL BANDEIRA – ESTRELA DA VIDA INTEIRA - Argumento e músicas originais de Ronaldo Mota e Cristiano Mota. Direção de Claudio Mendes. Direção Musical: David Tygel Com Ana Carbatti, Claudio Mendes, Isadora Medella, Pedro Rocha, Rodrigo Lima, Ronaldo Mota. Indicação: a partir de 8 anos. A montagem traz a história da vida do poeta Manuel Bandeira, grande mestre modernista, contada através de sua própria poesia e pontuadas por canções criadas especialmente para a peça, a partir de poemas como "Irene no céu", "O pardalzinho" e “A estrela”. OI Futuro Ipanema, Rua Visconde de Pirajá, 54, Ipanema (3201-3010). Cap.: 84 pessoas. Sáb. e dom., às 16h. R$ 10. Estudantes e maiores de 60 anos pagam meia. Livre. Duração: 50 minutos. Até 1º de abril.

O MENINO QUE VENDIA PALAVRAS - Baseado na obra de Ignácio de Loyola Brandão. Dramaturgia de Pedro Brício. Direção de Cristina Moura. Com Eduardo Moscovis, Pablo Sanábio, Leticia Colin, Renato Linhares, Luciana Froés e Raquel Rocha. Um menino que tem muito orgulho de seu pai, um homem culto, inteligente, que conhece as palavras como ninguém. Se os amigos do menino querem saber o significado de alguma palavra, é ao pai dele que sempre recorrem. A curiosidade das crianças é tão grande que o menino logo percebe: e se começasse a negociar o significado das palavras? Teatro dos Quatro, Shopping da Gávea, Rua Marquês de São Vicente, 52, 2º piso, Gávea (2274-9895). Cap.: 402 pessoas. Sáb. e dom., às 17h. R$ 50. Estudantes, maiores de 60 anos e quem doar um livro infantil pagam meia. Duração: 50 minutos. Até 29 de abril.


MORTE SUSPEITA

Filho de campeão do surfe tem morte suspeita aos 13 anos

O pai, Ricardo Bocão, é dono de títulos internacionais no esporte


Rio - A morte de um jovem atleta na tarde de terça-feira deixou o mundo do surfe de luto. Vitor Ramos, de 13 anos, filho caçula de Ricardo Bocão, um dos surfistas profissionais mais importantes da história do esporte no Brasil, foi encontrado desacordado no banheiro da casa da família, em Ipanema. O garoto foi socorrido, mas chegou morto ao Hospital Miguel Couto, na Gávea. A polícia abriu inquérito para apurar as causas da morte.
Os pais serão chamados, pela 14ª DP (Leblon), para depor. Segundo amigos que comentavam a morte em redes sociais da Internet, Vitor teria morrido em decorrência do rompimento de um aneurisma.
Amigos e surfistas prestaram homenagem a Vitor e deixaram mensagens de conforto à família. No Facebook, Ricardo Bocão agradeceu o apoio e contou que Vitor disputou campeonato em Marbella, na Costa Rica, mês passado. “Era um garoto doce, com uma luz diferente e que estava num momento muito feliz da sua vida. Estou rodeado de pessoas lindas, mas as lágrimas continuam caindo”, desabafou o pai.
O surfista Ricardo Bocão fundou o Rocinha Surfe Clube, escola do esporte que oferece treinamento gratuito a crianças da Rocinha e do Vidigal, em São Conrado. Bocão também é sócio do Woohoo, canal por assinatura especializado em surfe.

PRAIA DE IPANEMA - ONTEM