Utilização Racional da Via dos ônibus
Apreensivo pela substituição do eficiente secretário municipal de
Transportes, Alexandre Sansão, fui surpreendido pela excelente entrevista,
publicada em “O Globo”, do novo secretário, Carlos Roberto Osório, que vinha
atuando eficientemente em outro setor. Não me cabe especular as razões
da troca, nem perguntar o por que, mas, o fato do novo titular haver convidado o
seu antecessor para ser o seu subsecretário, em reconhecimento ao seu eficiente
desempenho, já demonstrava a sua humildade, sinceridade de propósitos e
sentimento de justiça.
Ao ler os seus planos e as suas primeiras ações, atuando pessoalmente na
repressão, prevejo-lhe um futuro vitorioso na nova função.
A continuação da obra de seu antecessor em disciplinar os ônibus,
cuja exploração terceirizada do serviço, implica em existir o lucro financeiro, contrariando o
que se faz no Primeiro Mundo, onde o lucro a ser obtido é social. Em que o
desejado é a produção de uma população bem transportada, com um preço de
passagem compatível com o seu poder aquisitivo, tive a agradável surpresa de
saber de sua meta em diminuir, drasticamente, o número de ônibus circulando, ás
vezes vazios, racionalizando o uso da via, para estes veículos. É, por assim
dizer, o que preconizo, de maneira enfática, sugerindo a implantação do sistema
URV (Utilização Racional da Via) para os veículos de passeio.
Creio que é uma luz no final do túnel. Se a reformulação do uso dos
ônibus, a serem substituídos pelo BRT, irá retirar 2.900 ônibus, cerca de um
terço da frota, por que não retirar de 50 a 80% de carros de passeio, nas horas de pique, e, com isto, graças ao
pedágio inteligente que é criado, subsidiar o transporte público, diminuindo o
ônus, para o passageiro, do custo da passagem?
O desgaste político, que o uso deste sistema irá causar, no princípio, por
implicar numa mudança de hábitos, será recuperado, em curto tempo, pela ordem
nas ruas, o aumento da mobilidade urbana e a diminuição da poluição causada
pelos congestionamentos de carros Além do que, o atual prefeito não será mais
candidato, após os atuais quatro anos de mandato.
Com o propósito de cooperação, que já faço com a CET Rio, solicitei audiência
ao novo secretário, a fim de me colocar à sua disposição e lhe presentear com
dois livros, a meu ver, muito importantes para sua gestão, ambos fruto de minha
experiência de mais de quarenta anos “de janela” e que já presenteei a
presidente da CET Rio: “Trânsito como eu o entendo” e “O Trânsito Brasileiro e o
seu novo Código. Análise e sugestões”.
No mais é lhe desejar sucesso e aguardar o contacto pessoal, respeitadas as
suas atuais prioridades, para consegui-lo.
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