METRÔ


'Mal necessário', dizem moradores sobre obra da Linha 4 do metrô no RJ

Associação de moradores prevê transtornos no trânsito do Leblon.
Presidente quer volta de microônibus circular para auxiliar moradores.

Do G1 Rio
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A presidente da Associação de Moradores do Leblon (AmaLeblon), Evelyn Rosenzweig, afirmou que as interdições nas ruas do bairro para as obras da Linha 4 do metrô são “um mal necessário”. Ela solicitou à concessionária um microônibus que circule pela área para auxiliar o transporte dos moradores. O bloqueio das ruas começa neste sábado (17).
Em uma etapa posterior das interdições, os moradores não poderão acessar as ruas do Leblon de carro. O coletivo funcionava no bairro no período de verão de anos anteriores por meio de patrocínio. No último ano não houve parceiro para bancar o transporte. A associação quer que a concessionária arque com os custos para que o microônibus volte a circular no período das obras.
“Esse microônibus circulava somente pelo bairro. 47% dos moradores do Leblon trabalha no próprio bairro. Isso evitaria que essas pessoas saíssem de carro para um lugar tão próximo”, afirma Evelyn.
Uma faixa da Avenida Ataulfo de Paiva será interditada em dois trechos da via, entre a Rua Venâncio Flores e Avenida Bartomeu Mitre, e entre as avenidas Afrânio de Melo Franco e Borges de Medeiros, a partir de sábado (17). Já a partir do dia 24, a interdição será total na Avenida Ataulfo de Paiva. Para melhorar o fluxo de veículos, algumas vias terão a mão invertida e outras ruas serão exclusivas para o tráfego de carros, de acordo com a Prefeitura do Rio.
“O impacto no trânsito será uma questão de tempo. Os moradores vão levar um tempo para se acostumar. Mesmo divulgando, na hora alguém pode errar de rua. Não é simples pedir para os moradores não andarem de carro, mas é um mal necessário. Acho que a gente tem que se resignar, procurar colaborar com nossa própria vida. Mas que tenha metrô no Leblon”, disse a presidente da AmaLeblon.
O transtorno deve durar 18 meses, tempo previsto para o término das obras. A AmaLeblon prevê um impacto no comércio do bairro nesse período. “Nós temos um shopping no bairro que atende muita gente de fora. O consumidor tende a procurar lugares mais tranquilos”, disse Evelyn.
Entenda as alterações no trânsito do Leblon
Na primeira fase das mudanças, a partir do dia 17, os motoristas que vierem da Avenida Ataulfo de Paiva vão poder virar à esquerda, na Rua General Artigas, que terá a mão invertida. Depois, o tráfego segue pela Rua Humberto de Campos até a Avenida Borges de Medeiros. Em seguida, os veículos podem entrar à direita e voltar para a Avenida Ataulfo de Paiva, no sentido Ipanema.
Mudanças no trânsito da Zona Sul do Rio por conta das obras da Linha 4 do Metrô - dia 17 (Foto: Editoria de Arte/G1)
Já na segunda fase de interdições, a partir de 24 de novembro, todas as faixas da Avenida Ataulfo de Paiva serão interditadas nos trechos entre a Rua Venâncio Flores e Avenida Bartomeu Mitre, e entre as avenidas Afrânio de Melo Franco e Borges de Medeiros.
O trânsito de todos os ônibus e também de carros será desviado pela Avenida Visconde de Albuquerque, seguindo pela Avenida Delfim Moreira. Parte dos ônibus vai entrar pela Avenida Epitácio Pessoa e parte pela Avenida Henrique Dumont, que também terá a mão invertida. Depois, os veículos seguem o trajeto normal.
Os carros que vierem da Avenida Niemeyer não poderão seguir pela Avenida Visconde de Albuquerque. Os veículos deverão seguir pela Avenida Delfim Moreira e entrar na Avenida Bartolomeu Mitre. Para permitir todos os desvios, a Prefeitura vai fazer obras nos canteiros.
Mudanças no trânsito da Zona Sul a partir do dia 24 de novembro (Foto: Editoria de Arte/G1)
Área de lazer e pontos de ônibus
Nos domingos e feriados, a área de lazer continua na pista junto à praia. Na pista junto aos prédios, a mão será invertida até o fim de Ipanema.
Nos pontos de ônibus, que serão implantados na Avenida Delfim Moreira, será feito um desvio na ciclovia para criar espaço para os passageiros. A ciclovia será desviada para o calçadão e passará por trás dos pontos de ônibus. Segundo o secretário municipal de Transportes, Carlos Roberto Osório, a Prefeitura está trabalhando para minimizar ao máximo os impactos no trânsito e na vida dos moradores, principalmente do Leblon, na Zona Sul.
"É importante lembrar que se trata de uma obra longa e com grande impacto. Por isso, pedimos à população para que priorizem o transporte público. Vamos proteger a circulação de ônibus e seremos rigorosos ao coibir os estacionamentos irregulares e as operações de carga e descargan para garantir a fluidez do trânsito  principlamente em Ipanema e no Leblon", disse Osório.
O secretário destacou ainda que a partir da segunda fase da obra, que se inicia no dia 24 de novembro, haverá uma única e grande alteração no comércio da região: a feira livre que acontece todas as segundas-feiras na Rua Henrique Dumont será transferida a partir do dia 26 de novembro para a Avenida Epitácio Pessoa, no trecho junto ao Jardim de Alah.
. (Foto: Editoria de Arte/G1). (Foto: Editoria de Arte/G1)

Um comentário:

  1. O Governo demorou para iniciar as obras, apesar de já saber há três anos que as Olimpíadas 2016 serão no Rio. Agora está com pressa, quer correr e atropelar a preservação ambiental, enquanto que existe projeto alternativo que preserva a Praça N. Sra. da Paz intacta e ainda mantém a estação de metrô em seu subsolo (a ser escavado exclusivamente pelo equipamento "Tatuzão", que já será usado em outras partes da obra). Este projeto alternativo deveria ter sido analisado pelo governo, mas agora alega falta de tempo para estudar outras propostas e acaba castigando o povo carioca, o povo que ele governa. Ainda há tempo, sim, para ser adaptar o projeto da Praça em Ipanema. Temos mais de três anos pela frente até 2016. O Maracanã, que é uma obra muito mais difícil do que uma estação de metrô, começou a ser reformado há apenas dois anos e falta pouco para ficar pronto.

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