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Domingo calmo em Ipanema: prefeitura aumenta efetivo, mas manifestantes faltam a protesto

Noventa e cinco guardas e agentes da Seop agiram na Praia de Ipanema

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Guarda municipal e Polícia Militar fazem ronda na orla de Ipanema
Foto: Ana Branco / Agência O Globo
Guarda municipal e Polícia Militar fazem ronda na orla de IpanemaANA BRANCO / AGÊNCIA O GLOBO
RIO - A manifestação popular contra a repressão às rodas de altinho na Praia de Ipanema marcada para este domingo não aconteceu. Organizado via redes sociais desde quinta-feira, o encontro estava agendado para as 13h, em frente ao Posto 9, mas nenhum simpatizante do jogo esteve no local, nem rodas do esporte foram formadas. Ainda assim, a Secretaria Especial de Ordem Pública (Seop) e a GM montaram uma operação para impedir a prática do jogo entre 8h e 17h, quando o esporte é proibido na beira do mar.
Sessenta guardas municipais e 35 agentes da Seop foram mobilizados para o patrulhamento na orla, principalmente no trecho entre os postos 8 e 9. Policiais militares também foram vistos caminhando pela praia.
O motivo do reforço no patrulhamento foi um confronto entre guardas municipais e banhistas ocorrido na última terça-feira. O episódio ganhou imediata repercussão nas redes sociais. Muitos divulgaram vídeos mostrando o confronto. Após a confusão, um grupo de jogadores marcou pela internet um encontro para jogar em Ipanema na tarde de ontem. O efetivo chegou às 10h20m, com apoio de dez veículos da guarda e dois da secretaria, e se concentrou em frente à Rua Farme de Amoedo, chamando a atenção de quem passava.
O casal Marta Bezerra e José Luiz Bastos, moradores de Ipanema, aprovou a operação montada pela guarda.
— O turista está deixando de vir para Ipanema porque a praia está uma bagunça. Está pior que Copacabana, que sempre teve essa desordem. É uma turma que vem para fazer bagunça. O problema não é o altinho, é a droga. O consumo parece que é liberado. Então, eu acho positiva a presença dos guardas, porque quem vê este patrulhamento, que é ostensivo, fica com medo de consumir droga — disse Marta.
A aposentada Suely de Albuquerque caminhava pelo calçadão e se surpreendeu com a quantidade de veículos enfileirados:
— Chama a atenção, mas eles não assustam, não. Pelo menos, assim a gente sabe que vai ter segurança.


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