Cantagalo: lixeiras e conscientização não evitam despejos nas encostas
Lixo já ameaça moradores de ruas próximas; risco aumenta com as chuvas
RIO — Apesar da presença de garis e lixeiras, moradores do Morro do Cantagalo e Pavão-Pavãozinho continuam a despejar lixo na encosta da comunidade. Na foto tirada na última sexta-feira (20) pelo leitor Percy Thompson e enviada ao Eu-Repórter, é possível ver a imensa quantidade de detritos que correm ladeira abaixo, ameaçando moradores da Rua Barão da Torre, bem próxima ao local.
— O mau cheiro está muito forte. Há muitos restos de comida e, com o calor, como o que fez semana passada, a situação só piora. Estamos apreensivos com as chuvas fortes comuns às próximas estações. Com o excesso de água, esse lixo descerá em direção aos prédios que estão abaixo do morro — afirma Thompson, preocupado.
Procurada, a subprefeitura da Zona Sul afirmou que se pronunciaria através da Comlurb. A companhia afirma que a encosta foi limpa na última quarta-feira (19) e receberá nova limpeza ainda nesta semana. Como a área onde o lixo se acumula é íngreme, o serviço precisa ser feito por garis especialmente treinados, que utilizam equipamentos de alpinismo. Ainda de acordo com a Comlurb, a coleta geral de lixo na comunidade é feita duas vezes ao dia, seis dias por semana, por 14 garis.
Segundo a companhia, apesar da orientação feita em conjunto com a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) Social do morro, os moradores insistem em jogar lixo e entulho no local. Atualmente, o morro tem um posto de coleta compactadora com capacidade para oito toneladas e quatro caixas fixas para receber entulho. No início de setembro, ele recebeu também o “Cortejo das Vassouras”, ação de conscientização que teve a participação de organizações locais e entidades governamentais.
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