METRÔ- ABALOS ASSUSTAM MORADORES


Metrô abala Ipanema

Moradores contratam engenheiro para checar impacto de detonações. Há prédios com fendas


POR Christina Nascimento
Francisco Edson Alves


Rio - Tremores e rachaduras em prédios vizinhos às obras da Linha 4 do metrô, no bairro de Ipanema, levaram síndicos a contratar engenheiros para avaliar o impacto das detonações em prédios. As explosões acontecem em rochas sob o Morro Pavão-Pavãozinho e preocupam, principalmente, quem vive nas ruas Alberto de Campos, Farme de Amoedo, Nascimento Silva e Visconde de Pirajá.

Mônica Morgado, síndica de edifício na R. Alberto de Campos, observa a rachadura na garagem


Foto: Uanderson Fernandes / Agência O Dia


As detonações acontecem duas vezes por dia, de manhã e à tarde. “Coincidentemente, o teto de gesso da portaria social começou a estufar e a trincar desde que as explosões começaram, há uns quatro meses. Estamos preocupados, por isso vamos contratar um engenheiro. Não sabemos se a fundação do imóvel também pode estar sendo abalada”, afirmou Mônica Morgado, síndica do Edifício Delmiro Gouveia, na R. Alberto de Campos, que tem 22 andares e 500 moradores. Há rachaduras na garagem também.
Márcia Vilella, síndica do vizinho Edifício Senador Paula, também pretende solicitar estudo de engenharia, a pedido de parte dos mil moradores dos 22 pavimentos. “Ainda não há sinais visíveis de problemas, mas estão todos muito apreensivos. Infelizmente, teremos que desembolsar entre R$ 2 mil e R$ 5 mil por um laudo particular”, ressalta Márcia.
Um dos canteiros de obras será instalado no terreno do 23º BPM (Leblon). Diversos imóveis que abrigavam algumas seções, como o refeitório, já foram demolidos.
A Riotrilhos e a CBTO Engenharia LTDA, empresa do grupo Odebrecht, responsáveis pelas obras, garantiram que hoje enviarão técnicos para vistoriar o Edifício Delmiro Gouvêa. A Riotrilhos divulgou o telefone 2135-2858 para receber queixas e esclarecer dúvidas sobre a empreitada.
Estado e consórcio garantem que edifícios não correm risco algum

Na mesma nota, o Grupo Odebrecht e a Casa Civil do estado informaram que um sismógrafo mede o nível de vibração de cada detonação e os impactos na superfície. “A norma americana, adotada no Brasil, determina que o nível de vibração fique em torno de 45mm/s e a média da obra está dentro desses padrões. Não há nenhum risco. Prédios vizinhos da Rua Gastão Baiana são monitorados por pinos de recalques”, diz o texto.

A assessoria da Casa Civil e do consórcio responsável garantiu que o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental desse trecho da obra seguem os itens da Instrução Técnica do Instituto Estadual do Ambiente.
Agentes já multam hoje

Os motoristas que vão trafegar pela Av. Presidente Vargas, no Centro, devem ficar atentos. A partir de hoje, agentes da prefeitura vão multar quem for flagrado no corredor exclusivo para ônibus, o BRS, delimitado por faixa azul. A irregularidade custará ao condutor três pontos na carteira e R$ 53,20.

Ajustes serão feitos para melhorar o fluxo, como reposicionar quatro pontos de ônibus em frente à Central.
Medições feitas ontem, segundo o secretário municipal de Transportes, Alexandre Sansão, indicam que o passageiro já fica menos dentro do ônibus. De manhã, no sentido Candelária, o tempo para percorrer os 3,5 km da via caiu de 13 minutos e 2 segundos para 10 minutos e 5 segundos. À tarde, no sentido Praça da Bandeira, a redução foi de seis minutos.
PMs de folga na segurança da SuperVia
A partir de abril, policiais militares de folga reforçarão a segurança nas estações da SuperVia. A informação foi dada pelo presidente da concessionária, Carlos José Cunha, após atos de vandalismo flagrados pela empresa.

Ontem de manhã, duas composições que seguiam para a Central tiveram problema no sistema de tração e não puderam concluir viagem. No ramal Belford Roxo os passageiros desembarcaram na estação Mercadão de Madureira e no ramal Saracuruna desembarcaram no Jardim Primavera. Nos dois ramais, houve atrasos de 25 minutos.

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