SIMPATIA

Samba do Simpatia é Quase Amor pinta Ipanema de amarelo e lilás

Bloco da Zona Sul desfila no sábado (11) e no domingo de carnaval (19).

Série do G1 relembra história e explica som dos principais blocos do Rio.


Do G1, no Rio de Janeiro

Comente agoraDesde o carnaval de 1985, o Simpatia é Quase Amor desfila pelas ruas de Ipanema. Criado de maneira despretensiosa pelos seus fundadores, saiu pela primeira vez com cerca de 300 pessoas que se aglomeraram em torno de uma kombi para curtir o samba.

O nome do bloco foi retirado do livro "Rua dos Artistas e Arredores", de autoria do hoje patrono da agremiação, Aldir Blanc. O personagem Esmeraldo Simpatia é Quase Amor é um malandro da região da Muda, na Tijuca, na Zona Norte.

Hoje, o bloco com nome de personagem fanfarrão arrasta uma multidão pela orla de Ipanema. No último desfile, foram cerca de 70 mil foliões. A avenida cheia é resultado de uma preparação que começa bem antes, na tradicional escolha da camiseta do bloco – este ano assinada pelo artista gráfico Guto Lins. “Em agosto, setembro, a gente começa a se reunir para saber qual artista que vai desenhar a camiseta. Assim a gente abre o carnaval”, diz Tomaz Miranda, diretor do Simpatia.

Quando você bota uma bateria de escola de samba dentro do bloco não funciona. É a mesma coisa que botar a bateria de bloco dentro da escola de samba"Mestre Penha, mestre de bateria do Simpatia é Quase AmorO Simpatia traz alguns elementos similares aos das escolas de samba. Além de mestre-sala e porta-bandeira e rainha da bateria, o bloco também faz a escolha do samba do ano. A disputa é acirrada e a bateria tem apenas uma semana para ensaiar com o samba escolhido até o primeiro desfile, que acontece no sábado antes do carnaval.

O experiente Mestre Penha, há mais de 20 anos à frente da bateria do Simpatia, é o responsável por deixar tudo preparado para o desfile. “Nosso pessoal é uma família, a gente gosta de tocar. A gente faz isso de coração”, ressalta Mestre Penha.

O mestre precisou montar uma oficina para organizar a bateria e garante que, agora, os ritmistas são mais preparados para tocar no bloco. "Porque quando você bota uma bateria de escola de samba dentro do bloco não funciona. É a mesma coisa que botar a bateria de bloco dentro da escola de samba", defende Penha.

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