RUAS COM GRIFE

Conheça as áreas em que o metro quadrado supera em até 50% o valor médio do mesmo bairro

O Globo

Muitas árvores, menor vaivém de carros e gente. Nas redondezas, comércio e opções de lazer fartas. Esse é o cenário de pequenos oásis localizados no eixo Ipanema/Leblon, onde o valor dos imóveis supera em até 50% o preço das unidades nas demais ruas desses mesmos bairros. Nessa conta, pesam ainda a proximidade com a orla, as metragens generosas e a segurança. É o que revela pesquisa inédita feita pelo Secovi Rio, como mostra reportagem de Flávia Monteiro publicada no Globo deste domingo.
Em Ipanema, entraram no rol das ruas "com grife", a Barão da Torre, Redentor, Joana Angélica e Aníbal de Mendonça, além, é claro, da Avenida Vieira Souto. Nesses locais, o metro quadrado custa R$ 14.766, valor 51% acima dos R$ 9.778 registrados no restante do bairro. A pesquisa não levou em conta coberturas, flats e imóveis novos.
No Leblon, por sua vez, as ruas João Lira, General Artigas, Venâncio Flores, General Urquiza, José Linhares, Carlos Góis, Rita Ludolf e a Avenida Delfim Moreira saem na frente com o metro quadrado a R$ 14.213, ou seja, 27% superior ao das demais ruas (R$ 11.216).
Na avaliação do corretor de imóveis de luxo Paulo Cezar Ximenes, a distância da praia é determinante, mas existem particularidades. Casos em que a terceira e a quarta quadras são mais valorizadas por terem um vaivém menos intenso, de pedestres e de veículos.
- O trecho inicial da Barão da Torre, por exemplo, vale cerca de 30% mais do que o fim da rua, por conta do acesso à favela. Mesmo com a UPP, ainda há uma desvalorização. Isso é irremediável - aponta Ximenes.
Para o vice-presidente do Secovi Rio, Leonardo Schneider, a escassez de novos empreendimentos ocasionada por quase nenhuma oferta de terrenos também contribui para elevar os preços. Mas não é só isso:
- O entorno faz toda a diferença. A Joana Angélica, por exemplo, fica entre a Lagoa e o mar. Localização mais privilegiada, impossível. E ainda está próxima do comércio. Quem compra um apartamento nas ruas apontadas pela pesquisa busca um imóvel para a vida inteira. Há ainda aqueles que não abrem mão de morar perto da praia, mas não gostam da exposição excessiva dos imóveis da orla.

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