RESPOSTA AO RASCUNHO DA CARTA

D. Inez,
A carta está enfocando quase todos os problemas. Considerando que ela enfoca assuntos de diversas secretárias ou órgãos do município, a minha longa experiência com órgãos públicos recomenda que cada assunto deveria constituir um anexo a parte. Com isto o prefeito poderia despachar as reclamações simultaneamente para todos os setores envolvidos. Do modo que está, o expediente será enviado inicialmente para uma secretaria que estudará o assunto para responder ao prefeito e após isto, quem sabe, ela encaminhará a carta para outro órgão envolvido, se a carta não for arquivada lá.
Quanto à feira de artesanato da praça Gen. Osório, creio ser difícil a sua remoção pois ela já faz parte do roteiro turístico da cidade (que passa por lá pode constatar o grande número de turistas estrangeiros que por lá circula) e além disso há muita coisa de boa qualidade. É mais fácil reorganizá-la e discipliná-la.
Um problema que não foi tocado e acho de muita importância é o piso de nossas calçadas – pedras portuguesas. Essa infeliz tradição deveria ser reservada somente para as calçadas a beira-mar. São de difícil e constante manutenção e, segundo determinação da prefeitura, os condomínios são responsáveis pela sua manutenção na área que confronta o imóvel. Quando o piso começa a se esburacar, nenhum condomínio vai contratar um especialista para consertá-la. Geralmente é um empregado do condomínio que faz o serviço de maneira inadequada. As pedras, por serem irregulares, não se encaixam perfeitamente umas nas outras, deixando pequenos vãos. Esses pequenos vãos, que prendem os saltinhos dos sapatos das mulheres provocando quedas e danos aos sapatos, vão dando início à desagregação das pedras formando buracos que se alastram rapidamente (basta ver o estado da praça Gen. Osório). Os bloquetes vermelhos que foram colocados em Ipanema, por serem fabricados, permitem um melhor acabamento do piso. Observo que nas calçadas onde há os dois tipos, as mulheres que estão de sapato de salto alto preferem caminhar em cima dos bloquetes. As calçadas onde há as pedras portuguesas são muito mal niveladas, cheias de buracos e calombos. Constantemente a imprensa notícia quedas de pessoas idosas com graves fraturas de fêmur e bacia.
Isto é o que tinha a comentar.
Abs,
Sylvio Fernandes
Rua Barão da Torre, 313/301

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Perfeito. Texto irrepreensível. Na Rua Nascimento Silva, 115 em um terreno abandonado há mais de 15 anos com projeto de construção de uma sinagoga, acumula-se lixo, ratos e serve de albergue para mendingos. Além disso, os proprietários do terreno utilizam a calçada como estacionamento impedindo que pessoas com dificuldade de locomoção possam transitar livremente.

Abraços
Josier

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