YOGOBERRY


Franquias de iogurte se espalham pelo País

Em três anos, rede Yogoberry já conta com 30 unidades em quatro Estados e no DF, enquanto concorrentes surgem e tentam ganhar espaço
Alexandre Rodrigues

RIO Sensação do verão carioca, o sorvete cremoso feito de iogurte está ganhando o País por meio de franquias. Três anos depois de abrir a sua primeira sorveteria em Ipanema, na zona sul do Rio, os três primos de origem coreana que trouxeram a mania do frozen yogurt ao Brasil já contam mais de 30 lojas da rede Yogoberry. Além de se espalhar pelas esquinas do Rio, a rede tem sete lojas em São Paulo e já chegou a Brasília, Espírito Santo e Pernambuco. No rastro do sucesso, redes similares também estão crescendo.
O segredo da expansão da rede é a fácil adaptação da franquia a corredores de shoppings e pequenas lojas de rua. Com um investimento inicial de R$ 500 mil é possível abrir um espaço de pelo menos 30 metros quadrados para abrigar uma máquina cuja tecnologia americana não se difere da que produz sorvete instantâneo em lanchonetes fast-food. A diferença é que, em vez de chocolate, baunilha e gordura, a matéria-prima é um iogurte em pó italiano que vira um creme refrescante, azedinho e de baixa caloria. Caldas, coberturas e frutas escolhidas pelos clientes realçam o sabor.Tudo começou em 2006, quando a empresária Un Ae era comissária da Varig em Los Angeles.
Ela já era viciada no frozen yogurt, popular na Califórnia, quando perdeu o emprego. Logo viu que o caráter saudável da sobremesa tinha a ver com a praia de Ipanema. De volta ao Brasil, convidou a prima Jong Ae Hong, nutricionista, para ajudá-la a adaptar a ideia ao gosto local. Para fechar o time, buscou em São Paulo o primo Marcelo Bae, administrador de empresas que se tornou o cérebro financeiro do negócio, e convenceu um investidor estrangeiro a patrocinar a aventura.Com um investimento inicial de R$ 1 milhão, o grupo abriu, em 2007, a sua primeira loja em Ipanema, na esquina das ruas Visconde de Pirajá e Vinícius de Moraes. O local não foi mesmo um acaso.
Da decoração de luminárias coloridas e assentos de acrílico assinados por Phillippe Starck à adaptação dos acompanhamentos do sorvete, cada conceito das lojas veio de minuciosas pesquisas que consumiram mais de um ano
."Começamos em Ipanema por causa do público formador de opinião e multiplicador de tendências. Só não esperávamos sucesso tão rápido", diz Marcelo. A estratégia parece se refletir na demanda crescente por franquias.
Em média, cada loja vende 300 unidades por dia, um crescimento de 30% entre 2008 e 2009. Os primos faturaram R$ 2 milhões no ano passado com as duas lojas próprias e ainda ficam com 6% da receita dos franqueados. "Tivemos um período de maturação muito curto e já estamos no azul."O sucesso também estimulou o surgimento de concorrentes, cujas redes também crescem em ritmo exponencial. É o caso da Yoggi, fundada em 2008 no Rio, que chegou a São Paulo e capitais como Belo Horizonte e Goiânia. Para enfrentá-los, Bae tira em breve da manga um plano de mídia, inovações de sabores e uma versão diet."Sabíamos que teríamos concorrência logo, mas eles apareceram mais rápido do que imaginávamos. Tínhamos esse receio no início, mas o sucesso agora nos dá mais segurança", diz.

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