NOVA SECRETARIA

Nova secretaria entra em ação e promete asfaltar 700 km de ruas

Flávio Dilascio , Jornal do Brasil

RIO DE JANEIRO -

No dia em que o secretário Carlos Roberto Osório anunciou sua primeira medida à frente da Secretaria Municipal de Conservação – em funcionamento há três dias – o JB foi às ruas para mostrar que a nova pasta terá muito trabalho pela frente. Animado com a nova proposta de trabalho, o prefeito Eduardo Paes aproveitou para prometer o asfaltamento de 700 quilômetros das esburacadas ruas da cidade.

Além das metas de recuperação das vias – prioridade para Osório, que atuará como um gerente das demais secretarias, cobrando resultados – o Rio enfrenta outros problemas, como falta de manutenção em praças, parques e mirantes, depredação de patrimônio público, deficiência de iluminação, falta de poda e segurança precária.

Via de grande movimento, a Rua Humaitá vive situação emergencial. Na altura do número 50, na esquina com a Rua Viúva Lacerda, moradores relatam que a prefeitura não poda as árvores há pelo menos cinco anos. Segundo os mesmos, um pouco antes do Carnaval, a prefeitura anunciara em seu site que haveria a tão sonhada poda, mas a ação ficou só na promessa.

– Isto é um perigo, pois os galhos estão entrando pelas janelas dos apartamentos. Tivemos de cortar uns galhos que estavam entrando na caixa da Light do nosso prédio, pois não estávamos conseguindo sequer abri-la – relata síndica do prédio de número 50 da Rua Humaitá, Teresa Godinho.

Mirantes abandonados

Cartões postais da cidade, as pedras do Arpoador e Leme também carecem de conservação. No primeiro local, as pichações estão por todas as partes e as reclamações quanto à falta de segurança – com registro de assaltos, presença de moradores de rua e consumidores de entorpecentes – são frequentes.

No Leme, no reduto conhecido como Caminho dos Pescadores, os frequentadores enumeram os problemas.

– Frequento isso aqui desde 1960, pois sou apaixonado por pescaria. O que estraga o local são estas pichações ao longo da pedreira – comenta Jorge Tabagi, de 69 anos.

– A iluminação é ruim, pois os três refletores estão apagados. Isto tem contribuído para agravar este problema – revela Marcos Máximo, 53.

A poucos quilômetros dali, na Praia de Botafogo, moradores e transeuntes se queixam de falta de segurança nas passarelas subterrâneas que cortam a via principal.

– Passo aqui frequentemente, mas nunca passo tranquila, pois muitos me relatam histórias de assalto. Felizmente nunca aconteceu nada comigo – diz a enfermeira Liane Mareti.

– Ando por aqui umas quatro vezes por dia e já vi de tudo. Já vi até gente arrombando a grade que protege as lâmpadas, para tentar roubá-las – conta o aposentado Carlos Martins, 76.
No Flamengo, uma das queixas é contra uma aglomeração de mendigos na Rua Paulo VI, próximo ao Morro Azul. Segundo os moradores, o mal-cheiro no local é insuportável.
Na Praça São Salvador, em Laranjeiras, frequentadores reclamam de falta de manutenção do espaço.

– Alguns brinquedos quebraram e não foram substituídos – acrescenta o professor de Educação Física, Washington Gino, 52, que leva a filha, Bianca, 4, para brincar na praça, que também reúne a boemia do bairro.

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